Metonímia | a larry fanfic [hiatus]

Capítulo 10

I got a first degree in being my worst enemyI got a PhD in always running awayAnd if I'm being honest, it scares me to death

I'm trying to stop it, I'm trying my best

MUST BE LOVE | Niall Horan

— Okay, o que aconteceu? — Oli se aproximou de Louis com duas canecas de café na mão, entregando uma delas para Tomlinson.

— Também queria saber. — Louis deu de ombros.

Eles estavam sentados em uma das mesas do 369. Louis olhava alguns documentos enquanto Zayn, Isaac e Jordan não chegavam. Oli sempre estava de manhã no pub, organizando o estoque de bebidas, verificando alguns concertos que precisavam ser feitos e, como naquele dia, usando seu diploma de psicologia esquecido na gaveta para tentar entender o amigo.

— Louis... — Ele virou uma cadeira, se sentando apoiando os braços no encosto.

— Eu juro para você que não sei, Oli. — Louis deu de ombros. — Ontem passamos o dia juntos vendo série, estava tudo bem. Ou melhor, ele não estava bem, mas veio até mim. Conversou, do jeito sem palavras dele. Eu só... Não sei.

— Eu acho que você deve parar de pensar demais.

— Não consigo.

— Louis, é sério! Um relacionamento não precisa ser sobre borboletas no estômago, grandes planos e expectativas. Pelo contrário, os relacionamentos saudáveis acontecem quando a gente não pensa sobre. Eles literalmente acontecem. Você gosta dele há tempo demais, Lou. E cogito até mesmo dizer que você tem nessa cabecinha genial uma mistura de um Harry adolescente e um Harry adulto em que você fica constantemente procurando um no outro. E você não vai encontrá-lo. Pare de pensar tanto, de tentar interpretar sinais que só existem aqui. — Oli apontou para sua própria testa.

— Eu não sei se não consigo não pensar, Oli. — Louis deu de ombros, desviando o olhar do amigo por um segundo. — Sou um overthinker, crio expectativas, faço planos mesmo que racionalmente sei que não vão acontecer. Não espero chegar em casa e tê-lo correndo para meus braços, mas não consigo deixar de imaginar como seria se ele o fizesse. E, ao mesmo tempo, não quero assustá-lo. O tenho como amigo agora, porque esperar mais? E ainda assim, eu espero.

— Mas você não deve colocar essas expectativas no Harry, Lou. Especialmente porque você também não faz nada a respeito. Talvez, o melhor que você possa fazer agora é viver a sua vida, ser você mesmo, ser feliz. Na hora certa, vocês vão encontrar o caminho um do outro.

— Eu já fiz isso uma vez e você sabe que deu errado.

— Não, você não fez. Você criava expectativas sobre ele, você pensava que ela ia olhar para você de um dia pro outro. Você parou a sua vida por ele. Você nem sequer tentava ficar com outras pessoas, sempre pensando no que Harry ia pensar se você beijasse outra pessoa. E, mesmo assim, ele nunca pensou em você desse jeito. Não naquela época. — Louis sentiu os olhos encherem de lágrimas ao ouvir as palavras de Oli. A dor ainda estava ali, quase como um membro fantasma que não fazia falta, mas ainda existia. — Talvez, você deva parar de imaginar o que poderia ter sido, e pensar no que vai ser. Agora, é sobre você. Foque em você, foque na sua música e permita que ele esteja ao seu lado, mas sem querer priorizar ele. Não se constrói um relacionamento saudável se a gente não está bem com a gente mesmo.

— É estranho que estamos falando isso sobre a mesma pessoa. — Louis balançou a cabeça pensando no Harry adolescente, os cachinhos em movimento com o vento e o sorriso inocente em seu rosto.

— Se passaram dez anos, vocês não são a mesma pessoa. Eu tenho certeza que ele conheceu um novo Louis da mesma forma que você está conhecendo um novo Harry. E ele é um cara inteligente, não vai te deixar para trás dessa vez.