𝑴𝒚 𝒍𝒊𝒕𝒕𝒍𝒆 𝒃𝒂𝒕

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Eu paro sem reação e a olho preocupada.
-Por que não falou antes??

-Eu não te achei quando cheguei aqui.
Ela diz sem jeito.

Eu a olho indignada.
-E você achou que era uma ótima ideia começar a beber?!

Ela dá de ombros.
-Ai tá desculpa.

Eu pego a minha bolsa o mais rápido possível e saio correndo dali.

Eu passo correndo pela sala bagunçada e saio pela porta da frente.
Eu pego a as chaves do meu carro e entro nele, começando a ir em direção a minha casa.

"Droga eu não devia ter ido!"

Em questão de alguns minutos eu cheguei na minha casa.
Desesperadamente saí do carro e entrei na minha casa em direção ao telefone.

Disquei o número e esperei por uma resposta.

-Atende atende atende.
Eu falo esperando uma resposta.
-Vai pai, atende!

-Olá?
A voz grossa de um homem soa do outro lado da linha.

-Pai! Oi!
Eu suspiro aliviada.
-Você ligou né?

-Oi, filha?
Ele fala meio confuso.
-Tá ofegante? O que a aconteceu? Por que não me atendeu ontem?

Eu sinto uma onda de desespero no meu corpo.
-Eu... é... você não ligou pra Brithany?

-Liguei. Ela disse que você tava ocupada.
Ele fala meio desconfiado.

-É! Eu tava estudando...
Eu falo tentando soar calma.
-Sabe como é, né? A faculdade é bem... complicada.

-Uhum.
Ele parece ainda desconfiado.
-Tem certeza que é só isso?

-Tenho.
Eu sinto um alívio maior.

-Não tá se metendo com nenhum daqueles rockeirinhos metidos a rockstar, né?
A voz dele parece mais séria.

-Q-que? Como assim pai?
Eu dou uma risadinha nervosa.
-Da onde você tirou essa ideia? Eu nunca faria isso.

-Nunca? Você tá falando que não faria denovo, né?
Ele fala aparentemente menos desconfiado.

-É claro. Eu aprendi a lição.
Eu falo meio desanimada.

-Ótimo, filha.
Ele fala de forma mais leve.
-Papai te ama.

-Pai... eu não tenho mais cinco anos.
Eu dou uma risadinha.

-Eu não me importo, eu vou sempre ser seu pai e sempre vou te amar, filha.
Ele aguarda esperando uma resposta.

-Tudo bem... eu também te amo pai.
Eu não posso evitar de me sentir meio culpada.

-Tchau, morceguinha. Bons estudos.
Ele diz e desliga o telefone.

Quando eu escuto aquelas palavras eu sinto meu mundo desabar.

Ele é uma pessoa tão doce, mas se eu falar a verdade eu nunca mais vou conseguir ter uma boa relação com ele.

"Morceguinha..."

Ele me deu esse apelido quando eu era criança.

De acordo com ele é porque eu tava sempre preto e ouvindo músicas "assustadoras".
E também porque quando eu tinha 3 anos eu me joguei do sofá tentando voar e acabei quebrando o meu braço um dia antes do meu aniversário de 4 anos.

Eu respiro fundo e me sento no chão da minha cozinha, totalmente decepcionada comigo mesma.

Eu não devia mentir pra ele.
Mas se eu falar a verdade ele nunca mais vai depositar um pingo de confiança em mim.

Eu enterro meu rosto nos meus joelhos e fico encolhida ali.

Eu não quero ser uma filha ruim, mas eu também não quero ser infeliz.
Ele mudou muito desde a minha adolescência, mas ele continua sendo super protetor.

Ele só quer me proteger. Mas se ele sonhar que eu estou "envolvida" com isso, ele vai ficar maluco.
Eu não quero voltar pra casa...

Eu não posso evitar de deixar as lágrimas nos meus olhos escorrerem pelo meu rosto e molharem os meus joelhos.

Eu conto?
Isso é uma péssima ideia... mas eu não posso viver com a culpa de mentir pro meu pai.

Continua...!

Liza não tendo um capítulo de paz.🥰

Fun fact: a história de quebrar o braço não foi nada inventado, é uma história que aconteceu COMIGO, quando eu tinha 3 anos de idade.
(passei a noite do meu aniversário no hospital engessando o braço🥹)

Já já volto com mais.

Desculpa pelos erros gráficos!
Beijinhos<3

𝑹𝒆𝒅-𝑯𝒂𝒊𝒓𝒆𝒅 ☆ 𝑨𝒙𝒍 𝑹𝒐𝒔𝒆Where stories live. Discover now