𝟕𝟏 | 𝐍𝐎 𝐀𝐋𝐋𝐈𝐀𝐍𝐙

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— Ô moleque, que porra é essa? — Meu pai fica pistola com a fala de seu caçula. — 'Tá falando que nem flamenguista.

— Olha a língua, Zezo — minha mãe, sentada ao meu lado, cagando pro jogo e mais interessada em ler aquela revista de fofoca, não podia deixar passar a oportunidade de repreender meu pai.

— Eu concordo com o Lucas — Gabriel avisa, sorrindo pro mais novo. — Flamengo vai virar, Seu Zezo. Sinto em informar.

— Vai virar é o...

— Zezo! — Minha mãe interrompe antes que meu pai diga o palavrão que estava na ponta de sua língua. — Modos. Seus netos estão presentes aqui.

Todos os três, pra falar a verdade, e não só Luna e Ravi.

Gabriel reservou um camarote por um motivo. Nossa família veio em peso pro Allianz Parque. Meus pais, meus irmãos, meu melhor amigo, meus sogros e minhas cunhadas. Sim. Sarah também está aqui junto de Henrique, mas ela precisou levá-lo ao berçário para trocar a fralda do porquinho.

— Vou ter que falar — Gustavo coloca a mãozona no vidro e olha pro campo com a maior cara de preocupado. — O banco de reservas do Flamengo 'tá superior em níveis absurdos, pai. Enquanto o do Palmeiras é... bom, temos o Breno Lopes, né?

Grande só porque nos garantiu a liberta de 2020, mas de resto.

— Concordo com o Scarpa — Ryan se manifesta. Ele e Dhiovanna estavam numa conversa bem produtiva sobre cabelo até quase agora. — Eu aposto na virada. Gol de Arrascaeta e BH. Quem mais 'tá comigo?

— Eu — Dhiovanna ergue a mão sem nem hesitar —, com toda a certeza.

— E eu — Seu Valdemir é o próximo. Lindalva só ri, sem dar importância. Gabriel assente, levantando o braço logo em seguida.

Enquanto os outros palmeirenses continuam quietinhos. Bom, nem todos. Lucas ergue brevemente a mão e isso é suficiente para meu pai lhe acertar um tapa na cabeça. Leve, mas muito engraçado.

— Moleque, que merda 'cê 'tá fazendo?

— Só estou sendo justo, coroa — Lucas alisa a cabeça acertada e faz uma careta de dor. — Para de ser clubista um pouco, vai? A gente não 'tá num momento muito bom.

— Porra de clubismo, nós estamos em casa. Seria uma vergonha a gente perder pro Flamengo em casa ainda por cima. Então, não viaja! Raphael Veiga ainda vai marcar o dele.

— Se o Veiga marcar, estará declarado guerra. — Seu Valdemir se pronuncia, cruzando os braços. — Não dá pra querer ser meu genro e ficar fazendo gol no meu time.

— 'Tô contigo, pai — concorda Gabriel, balançando bem a cabeça e apontando pro próprio pai.

— Ah, começou — Dhiovanna revira os olhos.

— Veiga não vai marcar nada — garanto a eles, sem saber porque estou dizendo isso. — Ele é pique sansão, cortou o cabelo, perdeu as forças.

— Infelizmente, vou ter que concordar — Gustavo pressiona os lábios. — Aquele penalti contra o Botafogo ainda se repete na minha cabeça toda noite antes de dormir.

— Sai zika, em nome de Jesus Cristo — meu pai ergue as mãos pro céu. — Precisamos do Raphael Veiga de sempre pra decidir o jogo contra os Trikas na quinta, caramba.

— Você ainda acredita nesse título, Seu Zezo? — Gabriel debocha e meu pai faz cara de bravo. — 'Tô brincando.

— Vou até pegar minha sobrinha — Dhio rapidamente se manifesta, roubando Luna dos braços de seu irmão. — Antes que vocês dois comecem a brigar.

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