Capítulo 34

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 As horas do dia foram se avançando

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As horas do dia foram se avançando. Falta pouco para a hora de sair, e por algum motivo tudo está muito calmo. Depois que Lucca saiu da sala, ninguém mais ousou bater na porta, não recebi mais nenhum telefonema, nada, era apenas eu na minha sala, tentando me concentrar em documentos, mas ao mesmo tempo viajando em meus pensamentos.

— Trabalhar assim é a mesma coisa que nada. — Resmungo.

São tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo, que até esqueci de almoçar. Desde que parei de ver Daisy, não sinto mais fome, é estranho, porém meu corpo só deseja parar por um momento. Foram tantas decepções, uma atrás da outra, que absorver tudo é muito trabalhoso, é complicado.

Só queria que tudo fosse tão lindo quanto os livros que Dimitri ler.... Até para ele deu certo.... Conseguiu casar com a mulher que ama, mesmo mediante a tudo que aconteceu, e agora ele está radiante, nunca vi meu irmão tão feliz quanto agora.... Um livro de fato, que chegou nos felizes para sempre.

Acho que vê-la de branco... Seria o meu felizes para sempre. Com uma casa extremamente grande, um cachorro correndo com crianças pelo quintal... Seu sorriso todas as manhãs... Nunca pensei que fazer alguém feliz, fosse algo que me deixasse tão bem.

Mas não posso fazer isso, não no meio disso tudo o que está acontecendo, não no meio de tanta traição.

Sou tirado dos meus pensamentos quando entram minha sala sem ao menos bater na porta. A brutalidade que ela é aberta me chama atenção, e me faz olhar assustado para saber de quem se trata, porém quando vejo fico extremamente confuso, mas ao mesmo tempo, tenho noção do que está acontecendo.

Todos uniformizados, parados em frente a mim, apontando suas armas para o meu corpo. Os distintivos brilhavam sobre a luz da sala. No automático levanto as mãos, mas tudo se tornou algo muito difícil de entender, a minha fixa não está caindo ainda, não posso acreditar no que está acontecendo.

— Alan Sartori, está sendo preso pelas acusações de acessões e tentativa de assassinato, tem o direito de permanecer calado.

Minhas mãos são puxadas para trás do meu corpo, e sinto o metal gelado, prender elas, o que causou um arrepio pelo contato com a superfície gélida. Fui puxado com um pouco de brutalidade para fora de minha sala, visto que meus pés assim como meu corpo estão paralisados, tentando entender...

É só isso que faço esses últimos dias, tentar entender a bagunça que estou envolvido.

Os olhares supressos que são lançados pelos meus funcionários, tornam tudo pior. Tem dúvida e estampada em cada rosto. Estavam tentando entender o motivo dos policiais estarem me levando.

Não sabiam o que fazer, ou como agir nessa situação. Nem eu sabia, só estava sendo empurrado para o lado de fora. Quando atravessamos a porta do prédio, tinha inúmeras câmeras, e os brilhos que saiam delas me incomodavam, porém tentava me manter calmo. Tinha também no local, inúmeros repórteres bem posicionados, prontos e cheios de perguntas, apontando seus microfones enquanto passa entre essa multidão. Todos pareciam já saber previamente o que iria acontecer, como se tivessem ordens para estar naquele lugar, e naquela hora.

Um Acordo - Os SartoriWhere stories live. Discover now