– aí meu Deus, outra criatura?_ reclamo ao ver Matthew entrar, o querido irmão gémeo da Tina, a única pessoa no planeta, não, na galáxia, melhor dizendo, no universo, que consegue ser mais irritante que o Lucas.

– eu tento, mas ela não facilita_ Lucas se defende.

– Aham, tenta_ eu debocho e ele revira os olhos_ amiga, eu vou vazar, eu consigo lidar com uma criatura infernal de cada vez, não duas_ me aproximo dela para abraçá-la.

– mas amiga, eu queria te perguntar, se você não está mais com o Helvin, com quem você vai para o BRAM amanhã?_ sussurra ao meu ouvido.

– eu dou um jeito_ sussurro de volta e nos afastamos_ nos falamos mais tarde_ sigo até a porta_ e para vocês criaturas, o meu mais indiferente bye bye_ aceno e fecho a porta atrás de mim.

Quando entro no elevador e ele está quase se fechando, uma mão a impede de fechar, fazendo eu olhar encantada para a bela e bem cuidada mão, mas não por muito tempo, já que a criatura infernal número 1 aparece, vulgo, Matt.

– antes que você reclame me escute_ ele fala assim que o elevador se fecha, e dois segundos depois ele para o elevador entre os andares.

– o que você quer? Pra que precisa travar o elevador?_ cruzo os braços.

– não pude deixar de ouvir que mais um dos seus namorados te deu com o pé na bunda..._ o interrompo.

– ele não me deu com o pé na bunda, eu terminei com ele, não que seja da sua conta, mas é só pra esclarecer_ falo óbvia.

– tanto faz, isso não é relevante, a questão é que o BRAM é amanhã a noite e nitidamente você não tem um par, e sortudamente, eu estou aqui, propondo te ajudar_ cruza os braços.

Solto uma risada, mas então percebo que ele não está zoando_ sério? E porque você estaria sendo tão "benevolente" comigo?_ faço aspas com os dedos.

– porque quero evitar exatamente o mesmo que você, encontro às cegas preparado pelas nossas mães, sabe como elas se importam com o facto de levarmos alguém para esses eventos, e prefiro mil vezes te aturar por uma noite, do que me comprometer a sair mais uma vez com alguma das escolhidas de minha mãe_ ele confessa, e mesmo revirando os olhos, e fazendo minha expressão de tédio, eu concordo com ele sobre preferir aturar por uma noite ele do que qualquer dos garotos que minha mãe julga serem perfeitos para mim.

– não_ dou de ombros_ te aturar é pior que sair com qualquer dos escolhidos de minha mãe_ falo óbvia.

– acha mesmo?_ me encara com a sobrancelha arqueada.

Eu olho para o rosto desse otário e me pergunto mentalmente, quando foi que ele cresceu e se tornou nesse puta pedaço de mau caminho, ele tem um piercing na sobrancelha direita, os lábios rosados e carnudos, olhos verdes tão chamativos que me perderia facilmente neles, esse olhar me faz ficar com a garganta seca, e porra, como aquele garoto magricela que era só um ano mais velho que eu, se tornou nesse armário, sexy e gostoso, e eu nem me apercebi?

Ao notar que eu o encarava, ele se aproximou de mim e me prendeu entre seu corpo e a parede_ impressão minha, ou você está me comendo com o olhar?_ pergunta bem próximo do meu rosto, diferente de um certo cara que tentou fazer isso e parecer sexy, mas estava com um cheiro horrível na boca e acabou com o clima, essa criatura infernal conseguiu muito bem, elevar seu nível de sensualidade e o hálito a menta me fez quase soltar um suspiro.

Só para não ficar feito boba, decido responder:_ é impressão sua, você teria que reencarnar para me fazer te comer com o olhar, te desejar ou no mínimo, te achar sexy_ dou de ombros com um sorriso de canto.

– oh, Valéria_ meu nome de sua boca soou tão sexy. (Ok, foco Val)_ eu não precisaria de muito mais do que só dois dedos, para fazer você implorar por mim_ ele sussurra em meu ouvido.

Tentando manter a sanidade, eu o afasto um pouco, mas não o suficiente para me ver completamente livre dele_ isso por acaso resulta com outras garotas? Elas caem no seu papinho de galã sedutor?_ zombo_ eu não vou cair nele, não sou desse tipo.

Ele não retruca, nem sequer abre a boca para dizer alguma palavra, ele simplesmente direciona sua mão esquerda para o meu rosto, fazendo eu não quebrar o contato visual estabelecido, depois sua mão esquerda desce lentamente por meu pescoço, passa pelo meio dos meus seios, meu abdômen, e então passa para minha perna esquerda, daí ele volta a subir vagarosamente, passando pelo interior de minha coxa esquerda, cada vez que ele subia sua mão, ficava mais difícil respirar, difícil de pensar, difícil de manter meus olhos abertos, e isso o deixou satisfeito, eu estava ficando molhada e tinha que parar isso antes que fosse tarde demais, então reuni toda a força de vontade que eu possuía e o travei, segurando sua mão.

– e-eu não vou cair na sua_ minha fala saí entrecortada.

Ele sorri e tomba a cabeça para o lado_ eu não senti firmeza em você_ seu olhar vai de meus olhos para meus lábios.

– quando foi que isso passou de uma proposta de par, para uma demostração de que você pode ser sexy?_ desvio o olhar e ele finalmente se afasta.

– você tem razão, me perdoe, isso passou de 0 a 100 bem rápido_ passou a mão no cabelo e destravou o elevador.

Com ele distante, eu pude respirar normalmente, notei que ele também só regulou sua respiração com nossa distância e por fim o elevador parou.

– nós poderemos ser pares, se você prometer que não fará isso acontecer novamente_ aponto de mim para ele.

– prometido, até porque é só uma noite, depois disso, voltaremos a nos odiar_ deu de ombros.

– agora sim, somos um par, criatura_ saio do elevador e ele volta a subir com o mesmo.

Destinados A AmarWhere stories live. Discover now