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— Oi, meu amor. — Falei sorrindo, assim que Liah (fictícia) abriu a porta de seu apartamento e minha garotinha correu em minha direção.
Pego [seu nome] em meu colo e percebo a mesma mais magra. Olho para o seu rosto e percebo algumas marcas roxas, outras vermelhas, iguais a outras que estavam em seus braços e pernas.
Tem dias que eu venho ver [seu nome] e me deparo com ela assim, toda machucada. Porém, sempre que eu vou tirar satisfação com Liah a mesma diz que foi na escola, brincando ou alguma outra desculpa.
Mas, eu sei. Ou melhor, eu desconfio do que está acontecendo. Esses machucados pelo corpo da minha filha não são normais, ainda mais acontecer assim, diariamente.
— Papai, eu ganhei um urso novo. — Minha filha falou animada.
— É? Pega lá pro papai ver. — Falei e a observei andar em direção ao corredor, mas percebi que a mesma estava mancando.
Me levantei — já que eu estava agachado — e olhei para Liah. A mulher estava fazendo algo na cozinha, e eu fui até lá.
— Oque aconteceu com a [seu nome]? — Perguntei sério, atraindo o seu olhar para mim.
— Não aconteceu nada, Pedri. Ela brinca na escola e é normal crianças se machucarem. — Deu de ombros.
— Eu sei muito bem o verdadeiro motivo desses machucados, Liah. E eu juro que se eu chegar aqui da próxima vez e ver a minha filha desse jeito, eu vou fazer de tudo para tirar você de perto dela para sempre. — Falo, afirmando e não parei de olhar em seus olhos em nenhum momento.
— Ela é minha filha também, Pedri! — Retrucou.
— Papai? — Ouço a voz da minha garotinha e mando um último olhar para Liah, antes de ir até o quarto de [seu nome].
