ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ ᴅᴏɪs

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Passei dois dias trancada em meu quarto, não aceitei nenhuma comida que me trouxeram, eu estava sentindo muita fome e sede mas não cederia a eles,eu não confiava em nenhum deles,eu ficava na janela observando o lado de fora, tudo era tão escuro,o céu parecia sempre nublado e melancólico.

Chovia todos os dias, tudo parecia sem vida, bom em um lugar cheio de monstros o que eu esperava encontrar? Um belo bosque cheio de flores e animais silvestres?

A porta de abriu me fazendo ficar alerta, me alevantou pronta para rejeitar outra refeição quando vejo uma criatura famíliar.

Ao se aproxima reconheci,era aquela estranha mulher que me viu na entrada da vila, ela se aproximava com uma bandeja em uma mão e uma espécie de bengala feita de um galho grosso que parecia bem resistente, ela o usava como apoio e manquejou até uma mesa próxima onde deixou a bandeja com comida, comida humana,costelas de cordeiro,purê de batatas arroz e salada. E um copo de vinho.

— soube que tem dois dias que vossa alteza não comia, então pedi que preparassem algo com uma aparência mais apetitosa para vossa majestade.

— onde... — não sabia uma forma gentil de questionar onde ela conseguiu comida para humanos mas ela parecia ter lido meus pensamentos.

— não somos leigos quanto a sua cultura princesa,conhecemos seus gostos e costumes apenas optamos por não segui-los, não significa que não os conhecemos.

Olhei o prato e depois a olhei com desconfiança.

— e se estiver envenenada?

— se eu a quisesse morta teria lhe deixado para morrer na entrada da vila,prove a comida ouço o som de seu estômago daqui,sei que quer comer então coma, depois me diga por favor.

Coloquei a mão em minha barriga que estava roncando e acabei cedendo,se tivesse veneno eu morreria mas se não comece morreria do mesmo jeito então me sentei na cama e comi.

Depois da primeira colherada devorei toda aquela comida sem me importa em sujar as mãos ou o rosto,minha fome passou e aquilo foi um alívio,o vinho era o mais saboroso que já provei em minha vida,era maravilhoso.

Assim que terminei fui até o banheiro onde lavei meu rosto e fiz minha higiene bucal. Ao sair reparei que em minha cama agora tinha um vestido branco de um tecido muito leve mas desconhecido por mim, não parecia feito de nenhum material que os humanos usavam.

A mulher não estava por ali,imaginei que deveria vestir o vestido e ir encontrá-la já que meu vestido agora estava destruído,troquei de roupa e notei a leveza do tecido,ele também era macio,se ajustava perfeitamente ao meu corpo e possuía um babado que caia de meus ombros e os deixava expostos dando um charme para o vestido.

Sai do meu quarto e encontrei a senhora ali fora esperando, não havia mais nenhum guarda na volta, aqueles homens eram horripilantes, eles pareciam morcegos humanóides alguns com asas outros sem alguns pareciam mais com animais mas seu porte físico lembrava um humano.

A senhora me olhou com o que pareceu um sorriso e começou a caminhar lentamente pelo corredor.

— me siga, criança.

A segui sem muitos questionamentos mas não pude deixar de reparar que a pele da senhora parecia feita de madeira,seus longos dedos esqueléticos pareciam galhos, suas unhas eram cumpridas e amareladas, ela parecia uma árvore que criou vida,ela era mais baixa que eu,por ser corcunda.

Ela me levou até o salão e um soldado anúnciou nossa chegada,ouvi lá dentro uma voz alta e grossa ecoar.

— permita que elas entrem.

A Noiva Do ImperadorOn viuen les histories. Descobreix ara