capítulo 7: descontração

Começar do início
                                    

Na sala de cinema semiescura, sentei ao lado de Jason. Muitas pessoas estavam ali, incluindo jovens. Eu estava animada enquanto encarava o telão.

Fazia um tempinho que eu não frequentava o cinema e eu estava gostando bastante daquilo.

Jason já tinha comprado pipoca e compartilhávamos um balde enorme. Também tínhamos comprado refrigerante.

No início do filme, enfiei minha mão no balde no mesmo instante que Jason também fez isso.

O toque de nossas mãos me causou um pequeno choque e meu coração acelerou.

Ouvi a risadinha de Jason ao meu lado no momento que enfiei um pouco de pipoca na boca e tentei disfarçar minha reação.

Ele tinha um olhar divertido assim que decidi olhar para ele.

Jason provavelmente percebeu minha atitude e corei.

— Sua mão é macia, pão de mel. Macia como pêssego. — disse, voltando os olhos para o telão.

Quase derreti com suas palavras.

Enquanto eu não conseguia disfarçar meu sorriso bobo pelo elogio recente, lancei outro olhar para o garoto ao meu lado.

Ele tinha os olhos presos no telão enquanto comia um pouco da pipoca.

Antes que ele percebesse minha apreciação, voltei meus olhos para o filme e até consegui me concentrar.

O enredo basicamente narrava a vida de um serial killer obcecado por um mesmo perfil de mulheres. Desaparecimentos constantes ocorriam na cidade fictícia e ninguém parecia desconfiar do protagonista bonzinho e atraente. Em algum momento, o homem tentou assassinar a detetive responsável pelo caso e esse foi a cena mais tensa do filme.

— Ela parece legal. — elogiei em um sussurro.

Jason concordou

— Sim, mas precisa ser mais esperta ou vai acabar morta. — disse.

— Verdade.

No decorrer do filme, Jason fazia um comentário ou outro. Claro que em voz baixa, para não incomodar ninguém. O mais surpreendente era o fato de ele sussurrar bem perto do meu ouvido, de modo que eu me arrepiava inteira.

Ele não pareceu notar meu estado e agradeci por isso.

Mesmo me sentindo abalada, eu consegui me divertir.

Muito.

Jason era uma ótima companhia.

Após o filme, saímos daquela sala e seguimos para uma máquina com diversos ursos de pelúcia após passarmos pela escada rolante.

Desafiei Jason a conquistar um deles e ele sorriu convencido.

— Sério, pão de mel? Sem problemas. — e então ele me surpreendeu ao conquistar a pelúcia. E ele fez isso com grande facilidade.

Ele era bom naquilo e sorri, agarrada ao meu novo presente.

— Obrigada. Eu amei. — abracei o coala de pelúcia e Jason sorriu; os olhos presos em meu rosto.

Ele me deixava estranha sempre que me olhava daquela maneira. Não de um jeito ruim, é claro. Mas eu nunca me senti assim antes em torno de um garoto. Jason era diferente. Mesmo o conhecendo a bem pouco tempo, sentia uma grande conexão com ele.

E gostava disso.

Após darmos uma volta por ali, seguimos para a praça de alimentação. Jason fazia questão de pagar tudo, alegando que o convite partiu dele e ele poderia arcar com as despesas.

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