capítulo 4: pão de mel

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Eu estava da mesma forma.

— O que foi isso? Nenhum discurso aborrecido para o garoto? É mesmo a Juliet que eu conheço? — eu a encarei pasma.

— Eu mesma. — disse sem graça.

— Surpreendente. — murmurei.

Longe de agir como uma garota fria, Juliet parecia diferente. E isso não era algo ruim. Eu gostei realmente desse seu novo comportamento.

Estava tão distraída, pensando na atitude da minha amiga, que levei um susto no momento que um cara enorme se aproximou de mim.

Com os olhos amplos, senti quando ele puxou meu braço com violência. O cara parecia bêbado e estava me assustando.

Nesse momento, Juliet decidiu intervir:

— Ficou maluco, garoto? Solte-a agora! É uma ordem.

Ao invés de se intimidar, o garoto riu com completo desprezo. Em seguida me encarou com um semblante lascivo e aquilo me deu embrulho no estômago.

Meu coração batia a mil enquanto eu tentava me soltar.

— Me solta!

— Olha só... Juliet Connelly por aqui.

— Solte-a ou eu...!

— Pensa em fazer o quê, vadia? — ainda apertando meu braço dolorosamente, ele se aproximou de Juliet e segurou seu braço com a outra mão.

O alarme de pânico soou em minha cabeça no momento que me dei conta de que ninguém ali parecia notar; provavelmente por conta do barulho e álcool no sistema.

— Posso levar as duas cachorras lá para cima e me divertir a noite toda. Sei que vão adorar gemer meu nome. — ele disse de forma nojenta.

Fiz uma careta.

— Nojento! — Juliet enfiou as unhas em seu braço.

Agradeci quando o cara me soltou, cuspindo uma série de maldições. Ele tinha afastado sua mão de Juliet também e imaginei que ela conseguiu machucá-lo.

Meu coração estava a mil.

— Cadela! — ergueu a mão para bater na minha amiga.

E então...

Ele não conseguiu fazer isso porque alguém segurou seu pulso com toda a força.

Com os olhos amplos, eu observei a mão e braço com tatuagens. Meus olhos espantados migraram para o rosto do nosso salvador e então...

Eu o reconheci.

Em meio a semiescuridão, eu vi o rosto de Jason Archer e ele parecia ameaçador enquanto encavara o outro.

— Que merda é essa aqui? — disse furioso. — Está incomodando as meninas, caralho?

Estremeci.

Ele parecia muito irritado e, ao mesmo tempo, tão...

Atraente.

Com minhas bochechas ardendo, eu afastei esses pensamentos estranhos da cabeça.

Céus! O que eu estava pensando?

Massageei o local dolorido que o garoto desagradável tinha apertado.

— Eu faço o que quiser nessa porra de festa, filho da puta! — o outro cuspiu.

Nesse instante, Jason reagiu e agarrou o colarinho do garoto.

Uma pequena multidão estava se formando ao redor daquela confusão. Parecia uma cena empolgante para eles.

— Eu só não parto a merda da sua cara agora porque não quero estragar a festa do Daniel, mas sei onde você mora, Brayden Owens e posso te fazer uma visitinha mais tarde. Que tal?

Minha GarotaWhere stories live. Discover now