| 56 | Encontro - BokuAka |

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— Está... mesmo falando sério?

— Sempre falo sério com você.

— Você é bobo. – balancei a cabeça. – Não diga que quer casar comigo após poucos dias de namoro. Seus pais nem me conheceram como seu namorado ainda.

— Ah, mas eles te conhecem como meu melhor amigo, e tenho certeza que vão apoiar a gente.

— Hm... Se você diz, eu acredito.

Nesse momento, ele apenas me mostrou seu mais perfeito sorriso. Tão iluminado quanto o sol de verão, que aquecia meu coração. Bokuto Koutaro é perfeito demais, e vivo me perguntando como ele pôde se interessar por mim... Justamente por mim. Nossa escola é repleta das mais belas garotas, e garotos também. Por ser bissexual e o melhor jogador do time, ele com toda certeza tinha uma lista enorme de opções, mas me escolheu. Não sei se sou merecedor de todo esse amor que ele carrega, mas ao mesmo tempo me sinto feliz por ser quem recebe este sentimento.

— Agaashe. – chamou, tirando-me dos meus devaneios. – Você está avoado desde que saímos da sua casa. Já chegamos ao restaurante.

— Perdão, eu estava pensando em coisas e...

— Não pense. – pediu. – Não pense em mais nada que não seja nós dois. Você não pode levar sua mente para longe de mim, entendeu?

— Entendi... Me desculpe.

— Pare de pedir desculpas, bobo. – ele segurou minha mão, beijando-a com carinho. – Você não fez nada de errado, apenas se distraiu.

— Exatamente por isso peço desculpas. É nosso dia e estou pensando besteiras.

— Você sempre pensa demais, só não põe pra fora. – o olhei confuso. – Estou sempre te observando, consigo saber quando sua mente não está no mesmo lugar que seu corpo.

— Às vezes não consigo evitar.

— Eu sei. – sorriu. – Mas hoje irei manter sua mente onde estamos.

Pelo resto do almoço, Bokuto não deixou que eu me distraísse por um único segundo. Buscou por assuntos que me obrigassem a falar, então não tive a opção de ficar quieto. Acredito que falei mais em um dia do que no ano inteiro, mas não me importo. É tão fofa a forma como ele sempre tenta me manter nos eixos, que não me importo de falar ou ouvir por horas e horas. Foi assim no almoço, passeio pelo parque e shopping. Ficamos quietos durante o cinema para não sermos expulsos, mas ele tinha muito o que falar depois que saímos. Muito mesmo.

— Foi incrível! – ele esticou seus braços para o alto. – Você viu como ele pulou e fez pow! Depois fez um zaw! E então um katchau?!

— Eu vi, amor. – soltei um riso. – Foi realmente incrível.

— Amor?

— Sim?

— ME CHAMOU DE AMOR?

— Eu chamei. Não posso?

— Você não tinha me chamado assim ainda. – sorriu grandemente, abraçando meu corpo com força. – Adorei! Faz de novo, faz de novo!

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