— Ai! — resmungo e não tenho mais tempo de correr, então entro na primeira porta mais próxima

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— Ai! — resmungo e não tenho mais tempo de correr, então entro na primeira porta mais próxima. A porta da sala da piscina.

Decido esperar um pouco até que Brenda saia para então sair daqui para irmos ver a mansão. Minha mão ainda está pressionada na testa, no local onde bati quando percebo que a porta não fechou com o habitual baque atrás de mim. Ela está aberta, e isso significa que serei descoberta. Rapidamente, me viro para fechá-la e é nesse momento que percebo Éder parado ali, olhando-me com curiosidade. Suas mãos estão nos bolsos da calça social, o que acentua ainda mais sua forma atlética. Sinto a necessidade de desviar meus olhos, desviar minha atenção dele.

— O que está fazendo aqui? — pergunta. Seu tom de voz completamente oposto ao de segundos antes, enquanto falava com Brenda.

— Me escondendo — respondo sem pensar.

— Do quê?

— Sua noiva sufocante e chata. Sim, eu a ofendi, quer me demitir?

— Eu quis demiti-la desde o momento em que você foi contratada — responde como se não fosse nada demais e aproxima-se.

Tira minha mão da testa e toca com cuidado o local doloroso onde bati.

— Como conseguiu isso? — pergunta, mas então parece dar-se conta. Ele me observa de um jeito estranho, intenso e um sorriso surge em seu rosto.

— Eu bati em algum lugar — respondo rapidamente.

— Esse lugar seria a caixa do alarme de incêndio ao lado da porta da minha sala?

— Eu não ouvi sua briga. Estava passando por lá e vocês estavam gritando, então bati a cabeça — tento.

— Entendo. Vamos colocar um gelo aí, você vai ficar com um hematoma — diz e segura minha mão, pretendendo me levar a algum lugar para cuidar de mim, mas me desvencilho.

— Eu faço isso sozinha, obrigada — respondo firmemente.

— Tudo bem — ele concorda, mas, em vez de sair, eu permaneço no mesmo lugar, observando-o atentamente, enquanto tento entender. — Por que está me olhando assim? Como se estivesse com pena de mim?

— Você vai se casar com a Brenda, isso é algo para se ter pena — desconverso, mas ele não cai nessa. Continua me observando. — Acho que você afasta as pessoas. Sua noiva não sabia o que você gosta de comer nem que música gosta de ouvir. Você me disse todas essas coisas antes mesmo de sairmos juntos, mas por algum motivo não contou para ela. E não contou para seu amigo, porque ela tentou falar com ele, mas ele não sabia de nada. Eu acho que você é muito sozinho.

— E se eu disser que sou? O que você vai dizer?

— Bem feito.

Ele ri baixinho. Aproxima-se de novo e dou um passo atrás, já me certificando que não vou cair na piscina porque não vamos repetir aquilo.

— Então pode dizer bem feito, Sammy. Eu sou solitário, fique feliz.

— Eu não fico feliz por isso — explico. — Apenas satisfeita.

— Satisfazer você sempre foi minha prioridade.

— Se der em cima de mim vou acertar suas bolas — aviso quando ele está perto demais, o que o faz rir.

— Eu não vou, não quero arriscar meu pau, nunca se sabe se precisarei usá-lo para satisfazê-la de novo.

Algo parece girar no meu estômago e em outros órgãos. Abro a boca, mas não sou capaz de formular uma resposta. Por que meu corpo reage assim a ele? Preciso ser mais desapegada do que isso. Ele toca meu cabelo, acariciando suavemente minha cabeça e estou a ponto de pular eu mesma na piscina para me livrar dessa atração que ele exerce sobre mim apenas por estar perto o bastante. Onde está a mágoa que sinto por ele quando preciso dela?

— Sammy, — ele chama baixinho — me dá um abraço?

— O quê? — Sou pega tão de surpresa que minha pergunta soa quase estridente.

— Eu estava desabituado deles. Mas você quis me abraçar naquela noite e agora parece que meu corpo precisa de outro abraço para recarregar as energias e ficar bem.

— O quê? — Do que ele está falando agora?

Consigo voltar a mim e quebrar esse magnetismo, então preciso urgentemente sair daqui. Tento passar por ele, mas ele me impede, segurando minha mão.

— Me abraça, Sammy. Só por alguns segundos. Não vou flertar com você nem quebrar seus ossos, só estou pedindo um abraço — ele pede, com uma expressão suplicante.

— Éder, eu não...

— A culpa por eu precisar deles é sua! — ele acusa.

— Por que a culpa seria minha? — pergunto, irritada, soltando a minha mão da dele.

— Porque foi você que começou com aquela conversa de querer me abraçar para me consolar, e agora eu preciso de outro abraço.

— Você está irritado comigo porque eu tentei te consolar? Como você é ingrato!

— É só um abraço!

— De jeito nenhum! Você é louco!

— Se está se recusando é porque também sentiu alguma coisa enquanto esteve nos meus braços — acusa, convencido.

— Ah, sim, senti, repulsa. Está bom para você? Não vou abraçá-lo porque não quero me sentir daquele jeito de novo.

Outra mentira, tomara que essa não volte para puxar meus pés. Vou em direção a porta quando me dou conta:

— Essa é a primeira vez que vou sair desse lugar sem me molhar — comento baixinho, mais para mim mesma.

— Preciso corrigir isso — Éder diz vindo em minha direção e saio correndo.

— Não, Éder! — grito antes de conseguir passar pela porta e dar de cara com Brenda, que vinha da área social.

Ela me observa, observa atrás de mim onde imagino que Éder esteja e se vira, me chamando:

— Vamos logo, Sammy, não tenho o dia todo.

DEGUSTAÇÃO - UMA MENTIRA PARA O CEOWhere stories live. Discover now