9- Passar bem, Rose

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Jungkook se lembra perfeitamente do som do martelo batendo contra a madeira e de um dos policiais tirarem rapidamente sua algema, usou todas suas economias, que eram poucas, para enterrar a mãe. Tinha apenas 14 anos.

Jimin dormia profundamente enquanto o moreno encontrava-se encostado na varanda onde dançou com o mesmo na noite passada. Mas dessa vez, percebendo que o outono fez seu trabalho naquela manhã fria, acalmar seu coração que parecia pesado.

Conquistou tudo o que queria, não se preocupar se tinha dinheiro para viver descentemente, uma empresa no ramo que sempre gostou, os carros e roupas que sempre sonhou quando andava abandonado pelas ruas de Busan. Mas sentia que faltava algo, não estava completo. Ainda era sozinho.

Os únicos momentos em que sorria ou se preocupava com alguém era quando estava com o loiro. Talvez esteja aprendendo a amar novamente, se importar de novo com coisas que não pareciam importantes. Demonstrar o que sentia parecia estar sendo mais fácil de fazer novamente. Se sentia um belo de um bobão.

Sorri enquanto olha para as próprias mãos. Um dia, se encontravam cheias de sangue e machucadas. Agora, pareciam sentir faltar da mão pequena e quente apertando as suas. Volta para a cama lentamente tentando não acordar Jimin, que dormia virado para si. Não sentia mais sono, então resolveu apenas se ocupar olhando os traços mais detalhados do rosto do outro.

Só não esperava que ele acordaria no mesmo momento. Jungkook sem perceber, cumpriu mais uma promessa. Estar ali quando Jimin acordasse. O loiro não conseguiu contar o sorriso quando observou o rosto de Jeon amassado pelo travesseiro.

Park sentia medo de que a pessoa que mais o machucou aparecesse e fizesse com que todos os momentos felizes que estava vivendo virasse apenas memorias, ou que juntasse seus capangas para machucar Jungkook depois que soubesse que foi ameaçado. Por outro lado, Jeon tinha medo de que tivesse que sujar suas mãos e mente de sangue novamente, mais ainda, medo de ver o loiro machucado assim como sua mãe ficou.

Promessas silenciosas foram feitas, protegeriam um ao outro. Jungkook só não havia percebido antes que estava fazendo carinho na lateral do rosto de Jimin que sorria leve pelo contato. Se afastou assim que os pensamentos foram embora.

-Bom dia Kookie. - Jimin diz vendo o moreno levantar a cabeça do travesseiro o olhando confuso.

-Kookie?

-É meu apelido para você. Algum problema?

-Não. Só não sou acostumado com apelidos. Me senti velho falando isso.

-Trinta anos não é novinho, meu querido. - Jimin diz rindo.

-Eu vou até me levantar depois dessa.

-Não. Fica, por favor.

Jungkook se deita novamente vendo o olhar de Jimin agora distante.

-Talvez eu goste de um cara mais velho em específico.

Jungkook se surpreende pelo comentário repentino, mas sorri vendo Jimin ficar corado.

-Pelo visto, não sou só eu que falo o que eu penso.

-Eu preciso falar mais uma coisa.

-Estou ouvindo.

-Me desculpa por ontem. Talvez você nem assine mais o contrato com o Fergorini por minha causa. Não queria te trazer problemas.

-Não me trouxe problemas de forma alguma. Não seria um contrato extremamente vantajoso e eu nunca aceitaria me juntar a alguém que tratou quem estava comigo mal.

-Então essa viagem foi à toa?

-De forma alguma, tinha você nela. Eu vou tomar um banho.

-Tudo bem.

Aceita uma bebida? | jikookWhere stories live. Discover now