23 - A Grande Mentira de Alvo Dumbledore

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Se soubessem de tudo agora, isso arruinaria vocês.

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— Qual horcrux você acha que ele achou? — Harry perguntou, ofegante, enquanto seguiam correndo em direção ao escritório de Dumbledore.

— Não tenho ideia. — Ela falou. — Mas, se conseguirmos destruir até o fim da noite, está ótimo para mim.

Os dois derraparam no último degrau da escadaria quando Pirraça passou voando na direção oposta, atirando pedacinhos de giz em Harry, de um jeito meio rotineiro, e soltando grandes gargalhadas ao se desviar das azarações defensivas do garoto. Olívia gargalhou junto.

— Por que ele nunca atira giz em você? — Harry reclamou, limpando os ombros.

— Os gêmeos gostam mais de mim. — Olívia piscou para ele, fazendo-o revirar os olhos. — Tem algo a ver com o fato de eu ser mais bonita, claro.

Harry girou os olhos. Então ouviram um grito e um baque. A Profª Trelawney tinha tropeçado num degrau mais acima e estava rolando escadaria abaixo até parar esparramada no chão. a cabeça coberta com seus muitos xales, várias garrafas de xerez caídas a um lado, uma delas quebrada.

— A senhora está bem? — Olívia perguntou. Alguns de seus colares cintilantes tinham embaraçado em seus óculos. Ela soluçou alto, ajeitou os cabelos e se levantou apoiada no braço que Harry oferecia.

— O que aconteceu, professora?

— Ora... tropecei, é óbvio! Respondeu ela esganiçada. — Eu estava andando, refletindo sobre certos portentos das Trevas que por acaso vislumbrei... e, bem, obviamente, tropecei.

— E a senhora não previu isso?! — Exclamou Harry, incapaz de se conter.

Olívia baixou a cabeça, abafando uma risada.

— Não, não previ, como disse... — A professora parou e olhou-o desconfiada.

— Que bom que a senhora está bem agora. — Olívia disse, apressada para deixá-la para trás. — Com licença, mas temos mesmo que ir, o Profº Dumbledore está esperando por...

— Humpf! Profº Dumbledore! — A professora repetiu com irritação. — Bem que eu gostaria de dar uma palavrinha com o Profº Dumbledore ultimamente, mas não sou pessoa de impor a minha presença àqueles que não a apreciam. — A mulher disse, insatisfeita. — O professor Dumbledore disse que preferia receber menos visitas minhas. Se ele prefere ignorar os avisos dados pelas cartas...

O olhar dela ficou subitamente distante.

— Repetidamente, seja qual for o modo com que eu as ponha... — E, dramaticamente, Trelawney puxou uma carta de baixo dos xales. — ... A Torre atingida pelo raio. Calamidade. Catástrofe. Cada dia mais próxima...

Harry olhou para Olívia, que disse sem emitir som "Maluca".

Ela se abaixou, recolheu suas garrafas de xerez e atirou-as sem cerimônia dentro de um grande vaso azul e branco em um nicho próximo.

— Sinto falta de vocês dois nas minhas aulas.

Definitivamente não era recíproco.

— Nunca foram grande coisa como videntes... mas eram um Objeto de estudo maravilhoso...

Olívia levou o dedo indicador ao pulso e bateu repetidamente como num relógio. Harry deu de ombros, sem pensar num jeito de se livrar da mulher.

— ... as pessoas dizerem que não herdei o dom das minhas tataravós. Há anos os invejosos têm espalhado esses boatos. Sabem qual a minha resposta para essa gente? Será que Dumbledore teria me deixado ensinar nesta grande escola, confiado em mim todos esses anos, se eu não tivesse comprovado o meu valor?

OLÍVIA POTTER [6]Where stories live. Discover now