「 𝟒𝟕 」𝐎 𝐏𝐎𝐃𝐄𝐑 𝐃𝐎𝐒 𝐁𝐎𝐀𝐓𝐎𝐒

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Levaram longos três meses, para que todos os homens de Cregan Stark se locomoverem marchando até a Ponta da Garra Rachada, mas, por ordens da Princesa Alyssa Targaryen, o Lorde Nortenho enviou os seus soldados pelos navios Velaryon para a famosa baía.

Afinal, por si só, era uma grandiosa vitória que os Verdes permitissem que um exército passasse por suas terras sem serem atacados diretamente. Apesar de alguns saqueamentos, todos os homens do Norte alcançaram seu destino sem fortes impedimentos.

Tal atitude intrigou a princesa, que temeu deixar os soldados do Norte em terra fixa, e enviou alguns comandos para seu aliado, Cregan Stark,

Os navios Velaryon poderiam se mover com velocidade e fluidez para a ilha de Pedra do Dragão, caso um novo 'ataque' ocorresse. Mas, caso Alyssa desejasse atacar, eles se moveriam novamente para Ponta da Garra Rachada, e logo, estariam próximos de Porto Real.

Uma via perfeita entre atacar e proteger. Tal estratégia fluiu de Aemond Targaryen, que foi intitulado de Mão da Princesa dado às atividades regulares que o tal realizava em nome de Alyssa Targaryen.

Agora, intitulada como Princesa de Pedra do Dragão, Herdeira do Trono de Ferro, e graças a mensagem de sua mãe alegando que ela decidia suas ações em seu nome durante sua ausência, a Targaryen se tornara a Regente da Rainha.

— Ordene que o exército de Alec volte para o Jardim de Cima, que ele libere o fluxo de comida para Porto Real e esteja de guarda caso precise mover as suas tropas para uma batalha — ordenou Alyssa, erguendo suas mãos pela longa mesa.

Em silêncio, Walda, a Líder dos Números, assentiu com seu pescoço e com seus dedos firmes em uma pena, trilhou as palavras da princesa pelo papel.

Todos ali sabiam que tais ações eram consequências da culpa iminente que a princesa sentia em seu coração.

— E quanto ao exército do Norte, Vossa Alteza? — Holder, o Líder dos Espiões, questionou — Ouvi boatos de que os nortenhos não possuem costume sobre alto mar. Pode complicar o estado físico deles passar muito tempo lá. O Lorde Stark pode se incomodar.

— No momento, é a melhor escolha que temos. Os largar pelas Terras da Coroa, que são dominadas por Aegon, é um perigo constante — Alyssa alegou, soltando um suspiro cansado — Cregan terá que lidar com isso.

Do outro lado da mesa, Aemond lançou um olhar para a princesa. Ele cruzou seus braços e encarou seus olhos fervorosamente.

Pelo tempo que a conhecia, ela parecia estar tão tensa. Algo comum durante uma guerra, mas o príncipe conhecia Alyssa bem o suficiente para saber que ela não demonstraria sua insegurança para que todos pudessem ver.

O Targaryen mordeu o canto de sua boca, em dúvida, recebendo um olhar mortal de Alyssa para que ele se mantivesse calado. Ela também o conhecia para notar o sentimentalismo e preocupação que ele sentia enquanto a encarava.

— Não entendo o porquê desta guerra ainda fluir, Alyssa — disse a Velha Lysia, revirando seus olhos castanhos — Há homens na fronteira das da Campina, no Ocidente, em Pedra do Dragão e na Baía da Água negra. Mesmo assim, eles permanecem intocados.

— Nem tudo é como esperamos, Lysia — murmurou Aemond, tentando defender a princesa — Eles ainda possuem cartas na manga...

O príncipe se conteve, ele estava prestes a falar algo que definitivamente, poderia ferir os sentimentos da Targaryen. O povo, a influência, a maior arma política de Aegon.

Desde os últimos eventos, mencionar os cidadãos do continente, principalmente os de Porto Real...

— A Rainha Rhaenyra, seu marido e filhos — Aemond mudou o rumo de suas palavras, dispersando os seus últimos pensamentos — Não podemos atacar e ameaçar que eles os firam.

PRINCESS OF CHAOSOnde histórias criam vida. Descubra agora