Verdades ocultas I

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- Ei garoto.

Bakugou ouviu alguém o chamar, uma voz conhecida, uma voz rouca e cansada.

- Abra os olhos garoto, não está cansado de dormir?

Quanto tempo se havia passado? Katsuki sentia-se flutuando no escuro, apenas vazio e mais vazio. Sentia -se leve como uma pena.

Por mais que permanecesse com os olhos fechados o tempo todo, sabia que já havia passado muito tempo, talvez algumas horas ou alguns dias.

- Quem?- Bakugou semicerrou os olhos para tentar ver algo, mas não havia ninguém, não havia nada.

Era fácil estar sozinho quando você é acostumado a estar sozinho, mas Katsuki sentia falta, saudades de alguém ou de algo, não sabia ao certo.

A escuridão banhava o rapaz, ele sentia o aperto de saudades no peito mas não se lembrava do que era. A sensação de ser esquecido estava começando a fluir por sua mente e o levando para o desespero quando sentiu uma forte dor na lateral do corpo.

Se sentiu febriu e cansado, Bakugou levou a mão até a dor às cegas e sentiu os dedos molharem.

- Mas o que? O que é is-Urgh

Bakugou levou os dedos molhados até o nariz e sentiu o forte cheiro de ferrugem. Sangue.

- Estou sangrando? Mas como?

Bakugou falava com si mesmo, mas se arrependia toda vez que deixava uma palavra escapar de seus lábios, o eco que sua voz fazia naquele vazio reverberava de volta dentro de sua cabeça. Ele se encolheu, abraçou as pernas com os braços e chorou.

- Por quanto tempo mais ele vai ficar dormindo? - perguntou Midoriya à uma velha senhora, ela era baixinha, com marcas da idade avançada estampada nos olhos e nas bochechas.

- Deixe que ele vá no tempo dele, pare de o apressar.

- Mas que droga, me dê uma estimativa de quando ele pode acordar.

- Eu não sei Izuku, cada um leva um tempo diferente, pelas condições que você me trouxe ele, pode levar 10 ou 20 anos, se não mais.

- Há a probabilidade dele não acordar?

-....- A velha senhora se demorou em sua resposta, quando por fim sussurrou- Sim, temo que sim.

- Certo...saia.

A pequena senhora se curvou em uma pequena reverência e saiu do quarto.

- Meu amor - Midoriya pegou na mão de Katsuki deitado na cama.- Por quanto tempo planeja me deixar preocupado?

Midoriya se sentou na cadeira ao lado da própria cama. Havia se passado 7 meses desde que tudo aquilo acontecera. Katsuki morreu.

Naquele dia Midoriya chorou por bastante tempo após as mãos de Katsuki desfalecerem no chão. Quando pensou que havia perdido tudo e não sabia o porquê o mundo lhe tirava o direito de amar, seu irmão mancou até eles.

Izuku ficou confuso, mas não queria levantar os olhos para ve-lo, só queria abraçar o corpo de seu amado.

- Eu sinto muito - Midoriya não queria as desculpas de seu irmão, queria a vida de Bakugou de volta.- Se eu não o tivesse trazido para cá isso não teria acontecido.

- Eu não quero desculpas, quero ele de volta.

- Entendo. Eu posso transforma-lo em um de nós, mas não sei se é o que ele quer.

- Você pode fazer isso?- perguntou monoma.

- Somente um vampiro puro sangue, nascido de pais nobres tem essa autoridade.

Vampiros e SérvosOnde histórias criam vida. Descubra agora