capítulo 01

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Bárbara Passos, 2019 - Janeiro
Minas Gerais

Aqui em Minas custuma ser bem calmo, mas hoje especificamente está bem movimentado, mais precisamente na casa ao lado

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Aqui em Minas custuma ser bem calmo, mas hoje especificamente está bem movimentado, mais precisamente na casa ao lado. Já tem algumas horas que chegam malas e móveis diferentes na casa da dona Joana, não que eu esteja vigiando a casa da vizinha...

Vai fugindo pra onde? - Estava prestes a abrir a porta da caminhonete quando escuto uma voz rouca e falha atrás de mim. Viro meus tornozelos e vejo meu avô com uma das mãos na cara se "protegendo" do sol, a outra estava segurando um rastelo vermelho; Na cabeça tinha um chapéu de palha e um óculos de distância, uma calça jeans apertada, um cinto que a mantinha firme em sua cintura, uma bota de couro nos pés e, por fim, tinha luvas colocadas nas mãos.

Planejava ir até o mercado buscar o Pai - falo me afastando do automóvel e indo em sua direção.

Será mesmo? ou está apenas arrumando um prestesto para ir ver a moça de olhos claros? - fala dando uma pequena risada fraca. "a moça de olhos claros". Ele fala da Sophie, minha professora de geografia. Não é que não a achasse atraente, mas tem uma outra garota dos olhos escuros que me chama atenção.

Não, longe disso. - nego rapidamente - sabe bem que sou completamente apaixonada pela moça da casa dos Costas - Falo completamente rendida. Não é de hoje que me pego a observando de longe, por quê de perto eu me tremo, da um arrepio até onde não tem cabelo. Tainá costa que é a dona de meus pensamentos desde de a quinta série, ela sempre estudou comigo e eu sempre tive uma queda por ela, mas ela namora o Victor, que é meu irmão. Todo mundo sabe que eles só estão juntos por conta de toda essa besteira de popularidade, meu irmão é popular e Tainá também, juntando os dois = Casal.

E é bom que mantenha isso em segredo, sabe que ela é sua cunhada. - diz meu avô.

Faço careta com sua fala.

E tem como esquecer? - faço uma pergunta retórica, ele nega com a cabeça e me lança um sorriso quadrado, meio desajeitado.

Deveria se apresar se quiser vê-la ainda no ponto de ônibus - Sussurra como se estivesse contando um segredo
Importantíssimo (não que não fosse mesmo).

Nada falo, só aceno com a cabeça em resposta e olho uma última vez para casa ao lado assim que escuto um barulho estranho vindo de lá, não sei se foi apenas por puro reflexo, mas tenho a certeza que vi um par de olhos olhando em direção de cá pela janela.

Percebo que estou olhando fixamente para a janela quando vi dois vultos passar ao meu lado, já sei bem quem são esses pestinhas.

Entro no carro ainda intrigada ao extremo, tia Joana tem os olhos azuis, além de que ela usa óculos, os olhos já estão enfraquecidos e mais fechados, impossível ser ela. Não consegui ver muita coisa, não a ponto de tirar a conclusão se era uma mulher ou um rapaz.

Mas o porquê de tanta curiosidade? E de onde veio essa pessoa? Estou parecendo uma fofoqueira agora.

Se você não ligar essa bagaça a gente não vai sair daqui. - Breno, meu irmão mais novo me disperta dos pensamentos perseguidores.

BryanWhere stories live. Discover now