E assim, abaixou sua cabeça, encostando-se na direção do carro.
E chorou.
- Como? Como, em tão pouco tempo? Como você é idiota, Vanessa! Que merda! De novo, Vanessa? De novo? Você sabia - repetia em meio ao choro para si mesma.
Sentada na cama de seu quarto, encontrava-se Palloma olhando para o chão, mais uma vez, sem saber o que fazer.
Mais uma vez estava naquela situação.
Seus olhos se encheram de lágrimas por um momento. Mas Palloma recusou sua vinda.
Respirando fundo, levantou da cama e pegou as chaves do carro.
Parou em frente a casa.
Pegou seu celular, logo digitando uma mensagem.
''Tá em casa, né?''
''Tô.''
''Tô aqui fora, vem.''
''Indo.''
Leu a resposta e respirou fundo, aguardando.
Ouviu uma batida de leve na janela do carro. Logo destrancou-o.
- Ué... Veio me procurar? Depois daquilo tudo?
- Foi mal. Você me conhece.
- Conheço. Mas você não é assim - Palloma bufou com a resposta.
- Bruna, não vim aqui pra ouvir besteira. Quer ficar comigo, ou não? - olhou-a.
Bruna sorriu.
- Quando que eu digo não pra você, meu amor?! - indagou, se aproximando de Palloma e a beijando rapidamente.
Vanessa adentrava em seu quarto, correndo para sua cama. Lágrimas ainda escorriam por seus olhos involuntariamente.
Assim que a viu, Sofia levantou-se rapidamente, deixando seus livros caírem de sua cama. Logo estava abraçando sua amiga, tentando acalmá-la.
Ela já sabia o motivo.
- Esquece essa menina.
No dia seguinte, Sofia acordou sua amiga, que ainda estava mexida com o ocorrido do dia anterior.
- Vai, levanta!
- Hoje quero ficar deitada... Quieta.
- E quem disse que pobre pode fazer isso? Trabalho, Vanessa! - ao ouvir, Vanessa fez uma careta, levantando da cama.
- Te busco no hospital hoje, nós vamos sair.
- Não!
- Sim. Vamos pra casa da Manu, e vamos fazer alguma coisa.
Vanessa a encarou por uns segundos.
- A Manu? - já sabendo o que ia ouvir, Sofia sorriu.
- A Manu.
- Eu não vou ficar com ela.
- Por que não?
- Não quero.
- Bem, você não é obrigada a ficar. Mas nós vamos.
Vanessa bufou, revirando os olhos.
Palloma estava deitada ao lado de Bruna, em sua casa. Tinha passado o dia com ela, e dormido na casa dela.
A Bruna ainda dormia com seu braço por cima de Palloma. Totalmente nua, apenas coberta com o edredom.
Aquele não era seu lugar. Só o abraço dela que era seu lugar. Era onde ela devia estar. Só o abraço dela tinha cheiro de casa.
Palloma se afastou lentamente, não querendo acordá-la.
Olhou para o teto.
Seu pensamento estava nela.
Apesar do medo, apesar da insegurança, apesar de tudo, havia uma força que fazia com que Palloma quisesse ficar perto dela. E ela realmente queria. Mas não podia.
Não importava a Palloma se ela fizesse a Bruna sofrer, ou qualquer outra garota nesse mundo inteiro. Tanto faz as outras. Mas importava, se fosse ela. Ela.
''Sinto sua falta, morena. Mas não posso deixar que isso aconteça.''
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We Love Tonight
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Branca Como A Neve
RomancePalloma, com seus 24 anos, não concluiu a faculdade e está a procura de um trabalho. Sendo de família rica, mas pé no chão. Homossexual assumida para quem quiser ouvir ou ver. Ela não sabe o que te espera. Ainda. Depois de ter passado por vários a...
Capítulo 37 - Não posso
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