twenty-five.

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maratona da madrugada: (3/3)

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Algumas semanas haviam se passado. Caroline acostumava-se novamente com a rotina estressante do hospital: medicações, agulhas, noites mal dormidas, fisioterapias. Argh, as fisioterapias. Todo dia ela tinha vontade de desistir, odiava as sessões de fisioterapia, costumava dizer que era uma forma de os médicos a torturarem por ela está dando tanto trabalho.

- Hoje eu não quero, a gente pode só ficar aqui atoa, conversando, alguns beijinhos talvez, o que acha? Hum? - Caroline estava deitada enquanto Rosamaria estava em uma poltrona rindo da cena.

- É uma ótima ideia, mas infelizmente hoje é o dia da tortura, como você gosta de falar.

A loira apenas jogou a coberta sobre a cabeça, escondendo seu rosto.

- Eu sei que é horrível, e eu odeio ter que ver tanta mulher colocando a mão na minha mulher.

Caroline rapidamente tirou a coberta de seu rosto e olhou para Rosamaria, não acreditando no que ela havia acabado de falar.

- O QUEE? - começou. - Rosamaria com ciúmes... é isso mesmo?

- Eu quis dizer: tanta mulher torturando a minha mulher.

- Aham... - Caroline estava sorrindo meio boba. -Pensando por esse lado eu até gosto das fisioterapias, nunca tive tanta mulher colocando a mão em mim, não sei quando terei outra oportunidade. A gente tem que abraçar as oportunidades que a vida nos dá.

Carol começou a rir, riu até ficar vermelha. Rosa jogou uma almofada dela.

- Ai. - reclamou, ainda rindo. - Você precisava ver sua reação. - a loira tentava se recuperar da crise de risos.

- Mamãe! - Helena entrou correndo pelo quarto.

- Oi, meu amor. - Carol ainda estava vermelha da crise.

- Por que estão rindo? - perguntou.

- Eu não estou rindo. - disse Rosamaria, revirando os olhos para Caroline.

- É claro que não. - provocou a loira.

- Sua mãe tentou contar uma piada onde só ela achou graça. - disse Rosamaria.

- Eu quero ouvir.

- É, Caroline. Conta de novo, quem sabe a Lena ache engraçado. - disse Rosa, levantando uma sobrancelha.

- Meu bem, outra hora eu conto. - disse, ainda rindo.

A avó de Helena aproximou-se e depositou um beijinho no alto da cabeça de Carol. Perguntou como a loira estava, a atualizou sobre as reformas que estavam sendo feitas e por fim lhe entregou um envelope.

- Obrigada, você tem sido um anjo na minha vida. - agradeceu a loira.

Caroline fez um sinal para que Rosa se aproximasse, Helena sentou-se em sua mesa no cantinho do quarto e começou a desenhar.

- Você com ciúmes é uma graça. - provocou a loira.

- Uh, você é uma palhaça, Caroline Gattaz. - disse, revirando os olhos.

- Nenhuma delas faz o meu tipo. - disse Carol, sussurrando.

- E você tem um tipo?

- Na verdade, nenhuma delas é você, boba!

Rosamaria olhou de canto de olho para Helena antes de depositar um beijinho nos lábios de Carol.

- Isso aqui é pra você. - Carol lhe entregou o envelope. - Mas quero que vá em casa descansar.

Um Porto Seguro | RosattazWhere stories live. Discover now