Emma assentiu, sentindo-se confiante com Thomaz ao seu lado. Juntos, eles seguiram pelo bosque, com Thomaz segurando-a com cuidado enquanto ela andava com dificuldade. Mesmo com o pé machucado, ela sentiu-se grata por estar ao lado de seu noivo, caminhando em direção ao futuro juntos.

— Quanto ao casamento que minha mãe quer transformar no maior evento que Marselha já viu. - Emma disse se equilibrando para não cair. – Realmente não estou inclinada a isso. Te incomoda ser algo... Menos, bem menos?

Thomaz balançou a cabeça. — Não, de jeito nenhum. Acho que devemos fazer exatamente o que você quer. torná-lo simples e íntimo. Será perfeito.

Emma sorriu para ele, grata por sua compreensão. Ela nunca foi de grandeza ou barulho, e a ideia de um grande casamento a incomodava. Ainda assim, ela queria que o dia fosse especial.

— Eu estava pensando que poderíamos nos casar na vinícola  mesmo. - Disse Emma e Thomaz concordou com a cabeça.

— Isso seria ótimo. E poderíamos manter todo o resto simples também. Apenas família e amigos próximos, boa comida e vinho. ‐ O rosto de Emma se iluminou.

— Sim, exatamente! E talvez pudéssemos ter um pouco de música e dança, como eles fazem na América. Ouvi dizer que está na moda por lá e convenhamos, seu pai irá "amar" esse toque moderno.

Thomaz riu. — Você está sempre tão à frente do seu tempo, meu amor. Mas eu gosto da idéia. Podemos fazer este casamento nosso, um que todos se lembrarão. Se quiser, podemos convidar até os empregados da vinícola, não me importo. Tudo que me interessa é  que você esteja feliz.

— Vamos mesmo matar seu pai de desgosto se fizermos isso. Estou inclinada a aceitar essa ideia tentadora.  - Disse rindo. – Aí!

— Cuidado. Seu pé vai piorar se não tomar cuidado. Venha. Deixe-me te carregar. Sua casa fica logo ali e sua mãe não irá me matar por te auxiliar... Eu acho. - Sem esperar por uma resposta positiva, Thomaz a ergueu delicadamente.

   Os criados da casa de Emma, assim que avistaram o casal correram contar que ela estava sendo carregada. Marie logo apareceu na porta preocupada com a Filha.

— O que aconteceu minha filha? Por que está sendo carregada?

— Calma minha mãe. É  uma simples torção. Deixe-me naquele sofá Thomaz, por favor.

Marie insistiu em saber como aquilo podia ter acontecido e Thomaz lhe contou sobre o que Pierre fez.

— Aquele garoto só pode ter perdido o pouco juízo que tinha. Ah mais isso não ficará assim. - Emma não disse nada. Sabia que a mãe iria fazer algo de qualquer forma então apenas despediu-se de seu amado e guardou repouso. Sabia que esse jantar daria o que falar e pretendia estar preparada para ele.

   O final de semana chegou e Emma estava mental e fisicamente pronta para  o que ela passou a chamar de  pataquada ridícula. Vestiu um lindo e elegante vestido azul marfim e as joias que fora de sua avó. Estava linda. Thomaz ao invés de espera-la na casa de seu pai como manda a tradição, preferiu acompanhar a noiva e sua família. Estava igualmente elegante com vestes azul escuro e seus lindos cabelos perfeitamente penteados.

Emma respirou fundo quando a carruagem parou em frente a casa do futuro sogro. Thomaz lhe deu o braço e assim adentraram a mansão sendo o centro das atrações.

— Ah meu filho. Estava esperando que viesse antes. - Lorrence diz dando um breve abraço no filho.

— Preferi acompanhar Emma. Vejo que o senhor não brincou quando disse que seria um anúncio para toda a sociedade de Marselha.

Além Da EternidadeWhere stories live. Discover now