Capítulo 2

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PAULO ANDRÉ

Ao chegarmos no hospital um enfermeiro um tanto atrevido atendeu a Jade.

- Prontinho! - disse o enfermeiro segurando sua mão já medicada e enfaixada - Agora tome mais cuidado com os gatos que a senhorita brinca. Alguns são inofensivos e outros não.

O enfermeiro olhava fixamente para Jade, eu estava de pé, logo atrás, com raiva e de braços cruzados desacreditando no que estava vendo e ouvindo.

- Ok então! Se o senhor já terminou nós vamos indo... - disse num tom grosseiro.

- Senhorita Jade, se precisar de algo ou caso se sinta mal pode me ligar. - estendeu a mão entregando a receita com os remédios e atrás o seu número de telefone.

- Obrigada! - ela disse observando o número.


***

- Eu não acredito que aquele enfermeiro estava dando em cima de você - disse quando já estávamos dentro do carro.

- O que? Não... Dando em cima de mim?

- Ele estava te comendo com os olhos Jade!

- Ele só estava sendo gentil.

- Gentil? - soltei uma risada sarcástica - Quando aquilo for gentileza eu volto a ser um... Enfim, aquele enfermeiro não é um profissional. Flertando com pacientes no local de trabalho? Francamente! Sem o mínimo de respeito.

Jade ria da situação achando graça da minha indignação.

- Degê vai para o condomínio da senhorita Picon, por favor.

- Sim, senhor Paulo André. - respondeu olhando pelo retrovisor

- Para minha casa?

- Sim, você não trabalha mais por hoje.

- Não Paulo, nós temos reunião com o conselho e não posso ir para casa.

- Eu sei lidar com o conselho Jade, você está de atestado médico e não vai trabalhar nessas condições.

- Estou ótima! Foi só uma mordida de gatinho, filhote ainda.

- Não discuta comigo, tenho certeza que o enfermeiro concordaria comigo e ainda viria cuidar de você pessoalmente. - fui irônico.

- Mas Paulo...

- Está decidido! Eu sou seu chefe e estou dispensando você por hoje e não discuta, você sabe que odeio ser contrariado.



- Douglas, vai até a farmácia e compre os remédios que a Jade precisa. - disse saindo do carro

- Não é necessário, obrigada! Eu mesma posso ir comprá-los. - ela olhava me desafiando

- Jadee... - já estava impaciente

- Ok... Senhorita Picon me desculpe - Douglas ia pegando a receita de sua mão

- E não se atreva em protestar. - eu olhava sério pra ela

- Olha só, nós não estamos na empresa e aqui você não é o meu chefe só para te lembrar. - respondeu desaforada entrando em casa e eu indo logo atrás.

- Sim, eu sei.

- Quer beber algo?

- Não, obrigada. Você deveria descansar.

- Estou bem, fique a vontade. Não estamos na empresa, mas sinta-se em casa.

Jade respondeu dando as costas para o chefe indo em direção a área de serviço retirando o paletó emprestado e colocando na maquina de lavar. Ficando somente de "top" rendado que marcava bem seu corpo.

My Boss - Jadré Where stories live. Discover now