20 - O Último Passeio a Hogsmeade

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“Ele concluiu o sétimo ano da escola, como seria de esperar, tendo obtido nota máxima em cada exame que prestou. Em sua volta, os colegas de turma estavam decidindo que empregos iriam procurar quando deixassem a escola. Quase todos esperavam feitos espetaculares de Tom Riddle, monitor, monitor-chefe, ganhador do Prêmio Especial por Serviços Prestados à Escola. Sei que vários professores, entre eles Slughorn, sugeriram que ele entrasse para o Ministério da Magia, se ofereceram para marcar entrevistas, apresentarem-lhe contatos úteis. Voldemort recusou todos os oferecimentos. Pouco depois, os professores souberam que ele estava trabalhando na Borgin & Burkes.”

— Na Borgin & Burkes? — Olívia repetiu perplexa. De todos os empregos que imaginara para Voldemort, aquele não era um deles. Harry parecia tão atordoado quanto ela.

— Na Borgin & Burkes. — Confirmou Dumbledore calmamente. — Acho que vocês entenderão as atrações que o lugar lhe oferecia quando entrarmos na lembrança da Hóquei. Esta, porém, não foi a primeira opção de emprego de Voldemort. Muito pouca gente soube, eu era um dos poucos em quem o diretor daquela época confiava, mas Voldemort
procurou o professor Dippet e perguntou se poderia continuar em Hogwarts como professor.

— Ele quis continuar aqui? Por quê? — Perguntou Harry, ainda mais espantado.

— Creio que houvesse vários motivos para isso, embora não tivesse confidenciado nenhuma delas ao professor Dippet. A primeira, e mais importante, creio que Voldemort era mais apegado à escola do que jamais foi a pessoa alguma. Hogwarts era o lugar em que fora mais feliz; o primeiro e único lugar em que tinha se sentido em casa. Segundo, o castelo é um reduto de magia antiga. Sem dúvida, Voldemort penetrara um número muito maior de segredos do que a maioria dos estudantes que passaram por aqui, mas ele talvez tivesse percebido que ainda havia mistérios a desvendar, fontes de magia a explorar.

“E terceiro, como professor, ele teria tido grande poder e influência sobre os jovens bruxos e bruxas. Talvez tenha adquirido esta noção com Slughorn, o professor com quem melhor se relacionava, que lhe mostrara o papel influente que um professor pode desempenhar. Não imagino, nem por um instante, que Voldemort tencionasse passar o resto da vida em Hogwarts, mas acho que viu na escola um valioso campo de recrutamento e um lugar onde poderia começar a reunir para si um exército.”

— Mas ele não conseguiu o emprego, senhor?

— Não, não conseguiu. O professor Dippet lhe disse que era demasiado jovem aos dezoito anos, mas convidou-o a tornar a se candidatar dali a alguns anos, se ainda quisesse ensinar.

— Suponho que ele gostou muito de ser rejeitado. — Olívia opinou.

— Ele ficou muito contrafeito. Eu tinha alertado Armando contra a contratação, não lhe dei as razões que dei a vocês dous, porque o professor Dippet gostava muito de Voldemort e estava convencido de sua sinceridade, mas eu não queria que Lorde Voldemort voltasse a esta escola, principalmente em uma posição de poder.

— Qual era o cargo que ele queria, senhor? Qual era a disciplina que ele queria ensinar?

Mas eles sabiam qual era a resposta mesmo antes que Dumbledore a desse.

— Defesa Contra as Artes das Trevas. Naquele tempo, era ensinada por uma professora antiga chamada Galateia Merrythought, que estava em Hogwarts havia quase cinquenta anos.

“Então Voldemort foi para a Borgin & Burkes, e todos os professores que o admiravam comentaram o desperdício que era, um jovem bruxo brilhante como ele trabalhar em uma loja. Contudo, Voldemort não era um mero balconista. Educado, bonitão e inteligente, logo passaram a encarregá-lo de certas tarefas que só existem em um lugar como a Borgin & Burkes, que se especializa em objetos com propriedades poderosas e incomuns. Voldemort foi instruído a persuadir as pessoas a cederem seus tesouros aos sócios, para venda, e ele era, segundo todos dizem, muito talentoso nisso.”

OLÍVIA POTTER [6]Where stories live. Discover now