「 𝟒𝟐 」𝐏𝐎𝐍𝐓𝐀 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐄𝐒𝐓𝐀𝐃𝐄 𝐄𝐌 𝐑𝐔𝐈́𝐍𝐀𝐒

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O príncipe, por sua vez, engoliu em seco.

— O Lorde Baratheon deve ter sido informado que dois dragões pousaram em suas terras, — começou Aemond, ocultando o nervosismo em sua voz — Provavelmente, já nos aguarda. Não é cortês o deixar esperando.

Com um aceno, Rhaenys acena, e logo ambos descem de seus dragões. Aemond sente as pequenas pedrinhas sob suas botas assim que seus pés tocam o chão.

Ele suspira, encara os guardas que guardam o portão do castelo de Ponta Tempestade.

— Eu sou a Princesa Rhaenys Targaryen, e trago uma notícia para o meu primo, Lorde Borros Baratheon — disse Rhaenys, referindo seu parentesco com a sua parte materna Baratheon — Acompanhada do Princípe Aemond Targaryen, desejo uma audiência.

Os guardas simplesmente se viraram, sem dar quaisquer palavras, e os guiou até o interior do castelo. Lá, Rhaenys e Aemond puderam ver o tal Lorde Baratheon, sentado sob seu trono de pedra.

Ao lado direito da sala de audiências, quatro ladys se mantinham caladas. Aquelas eram as quatro filhas do Lorde Borros Baratheon.

Ao lado direito havia um homem, no qual Aemond não reconheceu de imediato. Ele possuía cabelos castanhos, uma cicatriz chamativa que ia do começo de sua mandíbula, descendo pelo pescoço e o fim era ocultado por suas vestes. Pelo porte, provavelmente era um guerreiro. Seu rosto demonstrava a experiência de um homem entre quarenta a cinquenta anos.

Entretanto, o que mais atraía a atenção em sua aparência eram os olhos violeta chamativos. Algo que, no momento, o príncipe não prestou tanta atenção, mas denunciaria sua ascendência valiriana.

— Lorde Borros, primo — cumprimentou Rhaenys, de forma cortês — Peço perdão pela visita repentina, mas eu e o Príncipe Aemond Targaryen estamos aqui em nome da Princesa Alyssa Targaryen. Herdeira do Trono de Ferro e filha da Rainha Rhaenyra Targaryen.

O Lorde encara os dois recém chegados, seus olhos se recaem sob Aemond e o príncipe enrijece seu corpo ao encarar de volta.

— Ainda hoje mais cedo recebi um emissário do rei — falou o Lorde Borros, em resposta — Qual dos dois será? Rei, ou Rainha?

De escanteio, Aemond encara o homem ao lado esquerdo da sala, por um mísero segundo.

— A Casa do Dragão parece não ter decretado isso ainda — finalizou Borros Baratheon, em tom de zombaria. Uma risada quase maldosa saiu dos lábios do mesmo — Qual é a mensagem de sua Princesa?

Por debaixo das mangas de suas roupas, Aemond retira um pergaminho bem apresentado. Ele o entrega para um dos guardas ao seu lado, que o leva até o Lorde Borros.

Assim que apanha o pergaminho, Lorde Borros suspira e observa com certo incontentamento a sala.

— Onde está o maldito Meistre?! — profanou o Baratheon.

Um dos homens ao lado das Lady's saiu rapidamente para chamar o Meistre que ficava no castelo. Poucos minutos depois, o velho chegou e assim que terminou começou a sussurrar conspirações no ouvido do Lorde.

— Lembrar a mim do juramento de meu pai? — questionou Borros, ofendido — O Rei Aegon pelo menos tinha uma proposta! Minhas espadas e vassalos em troca de um pacto de casamento!

— Um casamento, primo? — Rhaenys caçoou — Com qual membro da Casa do Dragão? Aegon que já está casado? Helaena que está morta? Ou Aemond, que desertou?

As últimas palavras de Rhaenys acertaram Aemond em cheio, mesmo que o próprio ocultasse tais sentimentos com facilidade. Entretanto, quando Lorde Borros riu após ouvir Rhaenys, o príncipe sentiu um arrepio subir por seu corpo e quase não foi capaz de esconder sua dúvida.

PRINCESS OF CHAOSWhere stories live. Discover now