Prólogo

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O livro está sendo escrito em primeira pessoa, mas eu gosto de adicionar alguns capítulos em terceira; como esse.

Sem revisão.



O LADO DO MONSTRO

O LADO DO MONSTRO

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O LADO DA GUERRA

O LADO DA GUERRA

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Diamantes, brilhantes, em Bel Air agoraNoites quentes de verão, meio de julhoQuando você e eu éramos eternos selvagensOs dias loucos, luzes da cidadeEu vi o mundo, o ilumineiComo meu palcoE todas as maneiras que eu pude conhecerSeu lindo rosto e sua alma elétricaVocê ainda vai me amarQuando eu não for mais jovem e bonita?Você ainda vai me amarQuando eu não tiver nada além de minha alma dolorosa?Você ainda vai me amar quando eu não for mais bonita?

Lana Del Rey, young and beautful



MILÃO, ITÁLIA

Anos antes


Dante DeRossi aprendeu sobre regras, compromisso e honra desde cedo. Quando jovem, já sabia a hora de falar e o momento de ficar calado. Aprendeu que educação e paciência o levariam aos seus objetivos de formas diferentes das que seus irmãos conseguiam com gritos, violência sem controle e rebeldia desenfreada.

Dante gostava de ternos, gostava de luvas de couro. Adorava a sensação de poder que entrar em um salão lotado da famiglia lhe trazia, porque quando ele escolhesse alguém para dançar, ela se tornaria a garota mais cobiçada da máfia.

E quando ele decidiu que a eleita para estar ao seu lado além de uma dança seria ela, ficou claro ao vê-la dançando com um lixo da família Cincinatti que não podia mais esperar para comunicar a todos de sua escolha.

Alessa Bonucci desfilava pelo salão usando um vestido verde com pedras brancas na cintura. Os detalhes de cristais adornando seu corpo perfeitamente desenhado a faziam brilhar mais do que o normal, e seus cabelos caindo soltos nas costas com apenas um enfeite de diamante prendendo uma mecha do lado direito, deixava Dante com um desejo insano de se aproximar, segurar aquela cortina de fios cor castanho escuro e afastá-la para o lado, assim ele finalmente sentiria seu cheiro. Finalmente tocaria seu pescoço.

Finalmente a faria dele.

Ele queria rosnar para o filho mais velho dos Cincinatti e deixá-lo saber que uma morte lenta estaria reservada pra ele se não tirasse suas mãos indignas de Alessa.

Dante sabia o que queria, sabia que seu foco e seus objetivos nunca se desviavam, e sabia que queria conquistar tudo com ela ao seu lado.

Ele a observou a noite toda, enquanto ela cumpria suas funções sociais e caminhava entre as mesas com sua irmã gêmea, falando com pessoas, dançando com os rapazes de sua idade. Quando se sentou numa mesa no meio do salão para assistir a apresentação de jazz e comeu os aperitivos, bebericando sua taça com Coca diet, Dante se convenceu de que nenhuma mulher podia ser melhor do que ela.

Seus sorrisos brilhantes, a forma como ela parecia inteligente e perspicaz, como ela fazia com que as pessoas andassem apressadamente para alcançá-la.

Ela tinha que ser dele.

— Eu preciso de uma opinião sincera — Luigi disse ao aparecer de repente ao lado dele. Com uma olhada sutil, Dante o viu enfiando um pequeno pedaço da camisa social dentro da calça.

Ele voltou a fitar Alessa.

— O que é?

— Eu vim contra a minha vontade, como todos sabemos e agora preciso de uma distração que faça valer minha noite. Se fosse você no meu lugar, daria uma surra em alguém naqueles jardins ou arranjaria um boquete?

Alessa jogou a cabeça para trás, rindo e seus cabelos deslizaram pelo ombro, revelando um caminho de pintas que se perdia onde o vestido começava nas costas. Dante suspirou. Nunca quis tanto tirar a roupa de uma garota, como queria tirar a dela para ver que formato as pintas formavam.

— Depende do motivo pelo qual você daria a surra e depende de qual garota ia fazer o boquete.

Luigi pareceu pensar no assunto, olhando no salão como se procurasse dois alvos.

— John Trantino para a surra, porque ele será iniciado na semana que vem e é bom pra ir se preparando pra nossa vida.

— Isso não é motivo suficiente.

Luigi abriu os braços, revirando os olhos.

— Certo, então será porque eu quero e porque eu posso.

— E a garota?

Luigi parou para pensar, e quando um sorriso enorme se abriu em seu rosto, Dante sabia que ele tinha tido uma de suas ideias.

— Obrigado, irmão — ele bateu em meu ombro — Você deu sentido a tudo.

Dante segurou o braço do irmão, levemente irritado por perder alguns minutos do que Alessa estava fazendo para lidar com seu irmão mais novo, adolescente e cheio de hormônios idiotas querendo agir.

— Esse é o primeiro evento de Luccare sendo apresentado como o futuro chefe da organização, vê se não vai fazer merda, Luigi.

O mais novo puxou o braço, jogando-o no ombro de Dante em seguida.

— Eu vou comer Carina Trantino, depois vou espancar a cara feia de seu irmão.

Sem esperar pela resposta, Luigi saiu em direção aos jardins, onde todos os adolescentes se encontravam fugindo dos soldados e vivendo como se tomar taças de champanhe escondido os tornasse adultos.

Dante voltou a fitar Alessa, se deleitando com cada um de seus pequenos gestos.

Naquela época, Dante olhava para ela e via uma princesa que apenas um príncipe como ele deveria colocar as mãos. Ele ainda não tinha tido seu coração rasgado em pedaços, e nem viu seu mundo desabar.

Mas ela já tinha experimentado o pior que a vida podia oferecer a alguém.

O que nenhum dos dois esperava, era que nunca foi sobre um príncipe e uma princesa se encontrando, mas sim dois fragmentos lutando para juntar suas peças outra vez.

O Monstro em Guerra - NOVA VERSÃO 2023Onde as histórias ganham vida. Descobre agora