— Irei convidar Pierre.

— Meu marido eu não acho que...

— Se não tem nada de útil para dizer, melhor que se cale Edithe. - A mulher calou-se quase que imediatamente.

— Não tenho certeza se ele vai ceder. Quero dizer, Thomaz nem se quer me olha. - Mariana comentou inquieta.

— Minha cara menina, homens são somente homens. Não importa o tamanho do amor, sempre vai haver quem o possa destroçar. Agora vamos. Edithe  e  eu temos um jantar para planejar.

       《《》》《《》》《《》》《《》》

    Emma permanecia calada. Todo o trajeto apenas se resumiu em ela concordar com um comentário de sua mãe aqui e outro ali. Thomaz sabia que a mente de sua noiva estava longe da conversa sobre os preparativos que sua sogra alegremente planejava. Em sua percepção imaginava o que prendera tanto a atenção da jovem, mas, suas convicções se resumiam a isso, meras suposições.

— Acho que um lindo vestido azul, um certo decote e ah por Deus! Temos que convidar muitas pessoas. O que acha meu amor?  - Marie questionou animada. – Emma meu amor? Eu estou falando com você. - Thomaz apertou levemente o braço da amada que despertou do transe no qual se encontrava.

— Podemos falar sobre isso depois?

— Oh minha querida é  importante que decida isso o mais rápido possível e...

— Eu não QUERO! - Emma ergueu a voz para mãe e logo pode-se ver o arrependimento em seus olhos.

— Emma! Não fale assim com a mamãe. Ei! Espere.

A moça se soltou de Thomaz e correu para o bosque e seus movimentos foram seguidos de perto pelas pessoas que passavam. Não era de hoje que o temperamento  da jovem Solpel era motivo de falatório pela cidade.

— O que deu nela? - Lola questionou.

— Acho que sei o que se passou. - Marie comentou.

— Também acho que sei o motivo. Se me dão licença vou atrás de minha futura esposa. Minha sogra, prometo leva-la em segurança.

— Confio em você. - Thomaz deu um singelo beijinho na mão de sua sogra e partiu atrás de Emma.

     Emma só parou de correr quando chegou as margens do rio. Por ironia ou não, foi ali que ela encontrara seu amado tantas vezes, quando criança e agora já adulta. 

Recostou-se na grande pedra e tentou recuperar o fôlego que tanto lhe faltava.

— Emma Solpel fugindo que nem um rato assustado? - Aquela voz lhe causou  tédio imediato.

— Agora não é  hora Pierre. Aliás, para você, nunca é hora. Me deixe em paz.

— Por que faria isso? Acho uma graça quando fica brava.

— Vai achar mais engraçado quando eu lhe chutar aonde o sol não bate. Pare de ser inconveniente e me deixe em paz. - Emma se afastou da pedra e tentou criar o máximo de espaço entre ela e Pierre.

— Não terminamos de conversar. Solpel! - Pierre puxou seu braço na intenção de dete-la.

— Não encoste em mim. - O movimento rápido de Emma resultou em um tapa que deixou o rosto do Jovem marcado.

— Vadia! - Pierre a empurrou com força o que a fez desequilibrada e torcer o pé ao cair. – Acho que ninguém vai te ouvir gritar aqui princesa.

— O mesmo serve pra você seu pirralho maldito.

Além Da EternidadeWhere stories live. Discover now