O Favorito do Destino

Capítulo 65

A pureza do Sangue; a História dos Blacks...Feitiços ofensivos proibidos...Poções mais potentes...O guia completo de criaturas mágicas...Mil runas e rituais...Segredos das artes mais sombrias...Por que a 'Luz' não está certa...espere! O que?

Harry voltou para Segredos das Artes Mais Sombrias...Horcruxes eram muito sombrias, elas estariam nesse livro, certo?

Ele pegou o livro cautelosamente, rezando para que não fosse amaldiçoado ou capaz de queimar seus olhos...não aconteceu nada. Ele olhou ao seu redor, antes de recuar para um local escondido, abrindo o livro no conteúdo.

Magia de sangue, magia de ossos, rituais, necromancia, magia da alma...ele leu a parte de magia da alma, franzindo os lábios com desgosto. Este material era horrível.

A Magia Negra pode não ser má, mas isso era, tinha que ser.

Havia feitiços para torturar uma alma, como prender ou vincular uma alma a outra pessoa por meio de contrato, como invocar a alma de alguém que já morreu, como usar o poder de uma alma para aprimorar sua própria magia e...Horcrux.

Meio incerto se queria ou não ver mais, Harry folheou para a página relevante, olhando sem entender as linhas de escrita emaranhadas...essa magia foi avançada, muito além de sua compreensão em relação ao básico.

Não era tão simples quanto um feitiço, ou mesmo uma poção...havia runas envolvidas, preparações e efeitos posteriores para garantir que o resto de sua alma permanecesse ligada ao seu corpo...era complicado.

Fazia referência a atos imperdoáveis ​​tendo que ocorrer para que a alma fosse dilacerada...como Tom poderia sequer considerar isso?

O livro até dizia que era a mais vil de todas as magias.

A bile subiu-lhe pela garganta, implacável, o estômago revirando.

Uma Horcrux era um bem valioso (era só isso que ele era?) que devia ser protegido.

A única maneira de reverter é através do remorso profundo e genuíno pelas ações de alguém (Voldemort estava ferrado).

Só poderia ser destruída pela mais destrutiva das substâncias...Fogo Maldito e veneno de basilisco. O que diabos era fogo maldito?

E...você não precisava ser uma Horcrux para destruir uma Horcrux? Dumbledore disse que sim...então deve ser verdade, Tom também não falou nada contra isso...que outra razão haveria para ele ser o único a ter que matar Voldemort?

O dono da Horcrux não pode morrer até que todas as Horcruxes tenham sido destruídas, mas ele já sabia disso...pode causar instabilidade emocional...é perigoso ficar muito dependente emocionalmente ou perto de uma Horcr...merda.

O que exatamente isso significava se alguém fosse uma Horcrux viva? Poderia a Horcrux nele...

Gina.

Não poderia ser a Horcrux nele que a estava afetando, caso contrário, teria começado antes de Tom chegar ao seu tempo...não teria? Harry não sabia dizer.

Algumas partes do texto, ele nem conseguia entender. Inferno! A maioria delas nem estavam na porra do inglês.

Ele fechou o livro com força, colocando-o de volta na prateleira e o encarando.

Harry deveria queimá-lo, para que ninguém possa encontrá-lo...merda.

Ele deslizou para uma posição sentada no chão, com a cabeça nas mãos.

Ele era o que ele era. Ele nem era humano, Harry era outra coisa, algo terrível e maligno e...

Ele não estava apto para a sociedade.

**********

Mais alguns dias se passaram.

Rony não fez mais comentários, não teve oportunidade de fazê-lo, Harry não ficou fora de seu isolamento auto-imposto tempo suficiente para que o ruivo tivesse a chance.

Ele sabia que eles estavam preocupados com ele, todos tentaram fazer com que ele saísse e se socializasse...mas ele não podia. Harry precisava de respostas.

Ele precisava...ou era a Horcrux que precisava?

A língua das cobras, assim como uma afinidade com a magia negra...o que mais não pertencia a ele de fato?

Harry não tinha dormido. Ele estava com medo. E se a Horcrux pudesse possuí-lo enquanto ele dormia? Quando ele estava fraco? Quando ele baixou a guarda?

Ele estava ciente de que todos o haviam deixado sozinho agora, grande parte desistindo de obter qualquer tipo de resposta dele.

Rony gritou que ele era um "idiota egoísta em busca de atenção", e coisas do gênero.

Era o máximo de vida que ele vira em Rony desde que seu pai morrera.
Isso foi a ausência de contato com a Horcrux? Ela tinha sua própria personalidade?

Ele estremeceu, dedos apertando firmemente sua cabeça.

Houve um murmúrio de vozes lá embaixo, passos...eles não iriam simplesmente deixá-lo em paz?

Ele enfeitiçou a porta com ofidioglossia para impedir que alguém entrasse e fosse infectado.

Ele também tentou evitar comer...afinal, por que manter vivo algo que ajudaria Voldemort?

Harry olhou melancolicamente para o chão, ainda girando o medalhão entre os dedos. Ele o estudou atentamente.

Era um objeto estranhamente reconfortante, suave em suas mãos...talvez ele devesse guardá-lo para si? Tom realmente não precisava disso, não é?

Um punho esmurrou a porta, mas ele o ignorou, antes que sua cabeça se erguesse com a voz perigosa do outro lado.

- Abra a porta agora mesmo, herói, as pessoas estão se perguntando se você morreu aí dentro! E eu não fui arrastado até aqui para falar com um pedaço de madeira.

O coração de Harry parou.

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