07. ᴀɴᴛɪ-ᴠɪᴅᴀ

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Fiz sinal para que ele se calasse e apontei para o meu próprio ouvido tentando mostrar pra ele que tinha algo dentro da casa.

Por sorte eu consegui encontrar o auto-falante que estava escondido dentro do alarme de incêndio, sem nenhuma paciência arranquei aquela porcaria fora e joguei dentro do triturador.

Quando desliguei o protetor auditivo eu só consegui ouvir o silêncio.

Soltei um longo suspiro aliviada por finalmente estar em paz.

— Por que fez isso? — Bucky puxou o meu braço para que eu me virasse em direção a ele.

Eu quase tinha esquecido que tinha o deixado surdo.

— Me. Desculpa. — Falei devagar para que ele conseguisse ler os meus lábios. — Prometo. Que. Te. Explico. Tudo.

[...]

— Já está melhor? — Perguntei me sentando ao seu lado entregando um copo de água tentando selar nossa paz.

— Ainda estou escutando um zumbido esquisito. — Bucky respondeu pegando o copo de água e dando um longo gole.

— É normal. — Falei tentando tranquiliza-lo. — Pelo menos é o que dizem.

— Por que fez aquilo?

— Estava tentando te livrar do controle mental do Killgrave. — Falei encostando no sofá. — E algo me diz que é ele quem está controlando esse lugar.

— Por isso os alto falantes? — Bucky perguntou e eu balancei a cabeça concordando.

— Ele tem grana e a persuasão necessária pra manter uma cidade de super vilões sob controle. — Falei sem esconder minha preocupação.

— Por isso está com tanto medo? — Bucky perguntou e eu ousei olhar dentro dos seus olhos.

Ele estava sentado bem ao meu lado no sofá com o braço apoiado no encosto bem atrás de mim.

— Ou você é muito corajoso ou muito burro por não ter medo. — Respondi tentando não demonstrar que aquela aproximação havia me deixado nervosa mas Bucky me olhava de forma tão intensa que parecia que ele conseguia ver através de mim e eu não sabia dizer se ele estava fazendo aquilo para me intimidar ou porque realmente conseguia sentir o que eu estava sentindo.

— Vamos tentar ver pelo lado bom, não é? — Bucky perguntou curvando os lábios em um sorriso.

— Eu... — Antes que eu terminasse de falar alguém tocou a campainha.

Levantei do sofá puxando a arma do meu coldre e Bucky fez o mesmo apontando para a porta onde se podia ver a silhueta de uma pessoa alta através do vidro.

Seja lá quem fosse iria ser alvejado sem pensar duas vezes.

— Podem abrir! Sou eu. — A voz de Gambit me fez rolar os olhos.

Só pode ser brincadeira.

— E se ele estiver sob o controle mental? — Bucky perguntou baixinho e eu fui até a porta vendo através do olho mágico.

Pelo menos ele estava sozinho.

— Vamos descobrir. — Encostei o cano da minha arma na porta ainda com o dedo no gatilho, qualquer gracinha eu iria atirar contra ele.

— Selene... — Bucky tentou me fazer mudar de ideia mas já era tarde.

— Entra. — Falei abrindo a porta e quando ele entrou eu tranquei a porta e apontei a minha arma em direção a sua cabeça.

HOPELESS | BUCKY BARNES Where stories live. Discover now