Fiz sinal para que ele se calasse e apontei para o meu próprio ouvido tentando mostrar pra ele que tinha algo dentro da casa.
Por sorte eu consegui encontrar o auto-falante que estava escondido dentro do alarme de incêndio, sem nenhuma paciência arranquei aquela porcaria fora e joguei dentro do triturador.
Quando desliguei o protetor auditivo eu só consegui ouvir o silêncio.
Soltei um longo suspiro aliviada por finalmente estar em paz.
— Por que fez isso? — Bucky puxou o meu braço para que eu me virasse em direção a ele.
Eu quase tinha esquecido que tinha o deixado surdo.
— Me. Desculpa. — Falei devagar para que ele conseguisse ler os meus lábios. — Prometo. Que. Te. Explico. Tudo.
[...]
— Já está melhor? — Perguntei me sentando ao seu lado entregando um copo de água tentando selar nossa paz.
— Ainda estou escutando um zumbido esquisito. — Bucky respondeu pegando o copo de água e dando um longo gole.
— É normal. — Falei tentando tranquiliza-lo. — Pelo menos é o que dizem.
— Por que fez aquilo?
— Estava tentando te livrar do controle mental do Killgrave. — Falei encostando no sofá. — E algo me diz que é ele quem está controlando esse lugar.
— Por isso os alto falantes? — Bucky perguntou e eu balancei a cabeça concordando.
— Ele tem grana e a persuasão necessária pra manter uma cidade de super vilões sob controle. — Falei sem esconder minha preocupação.
— Por isso está com tanto medo? — Bucky perguntou e eu ousei olhar dentro dos seus olhos.
Ele estava sentado bem ao meu lado no sofá com o braço apoiado no encosto bem atrás de mim.
— Ou você é muito corajoso ou muito burro por não ter medo. — Respondi tentando não demonstrar que aquela aproximação havia me deixado nervosa mas Bucky me olhava de forma tão intensa que parecia que ele conseguia ver através de mim e eu não sabia dizer se ele estava fazendo aquilo para me intimidar ou porque realmente conseguia sentir o que eu estava sentindo.
— Vamos tentar ver pelo lado bom, não é? — Bucky perguntou curvando os lábios em um sorriso.
— Eu... — Antes que eu terminasse de falar alguém tocou a campainha.
Levantei do sofá puxando a arma do meu coldre e Bucky fez o mesmo apontando para a porta onde se podia ver a silhueta de uma pessoa alta através do vidro.
Seja lá quem fosse iria ser alvejado sem pensar duas vezes.
— Podem abrir! Sou eu. — A voz de Gambit me fez rolar os olhos.
Só pode ser brincadeira.
— E se ele estiver sob o controle mental? — Bucky perguntou baixinho e eu fui até a porta vendo através do olho mágico.
Pelo menos ele estava sozinho.
— Vamos descobrir. — Encostei o cano da minha arma na porta ainda com o dedo no gatilho, qualquer gracinha eu iria atirar contra ele.
— Selene... — Bucky tentou me fazer mudar de ideia mas já era tarde.
— Entra. — Falei abrindo a porta e quando ele entrou eu tranquei a porta e apontei a minha arma em direção a sua cabeça.
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HOPELESS | BUCKY BARNES
FanfictionBuscando se encaixar em sua nova vida, Bucky se vê perdido tentando se recuperar das memórias e das lembranças do Soldado Invernal. Enquanto isso ele precisa lidar com a presença de Selene uma agente da S.W.O.R.D e antiga parceira do capitão americ...
07. ᴀɴᴛɪ-ᴠɪᴅᴀ
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