Tom acenou com a mão de maneira desdenhosa.

- Eu sempre posso usar império no proprietário para nos deixar jantar de graça.

Harry o encarou, imediatamente começando a se levantar de seu assento, apenas para seu braço esquerdo puxá-lo de volta para baixo novamente.

- Oh, relaxe, menino de ouro.- Tom falou lentamente.- Eu estou pagando. Peça o que quiser e não seja tão moralmente tenso.

- Sabe, você realmente precisa parar de fazer isso.- disse Harry. Tom apenas arqueou as sobrancelhas, parecendo divertido.

- Para que propósito você estava pensando que eu iria usá-la?

- Amigos não devem tentar controlar o outro para seus próprios fins nefastos.- Harry apontou.

- Bem, isso não estava na definição.- disse Tom, soando levemente perturbado.

- Tente um dicionário diferente.- Harry sugeriu.

- Ou podemos simplesmente queimar o dicionário para fazer uma fogueira.- respondeu Tom.- Muito mais divertido. Além disso, eu nunca disse que seria um bom amigo para você...o que você vai querer? A garçonete está vindo.

Harry rapidamente olhou para o cardápio, apressadamente tentando encontrar a refeição mais barata.

- Er, sopa de peixe.- disse ele, em pânico, sem saber por que estava contando isso a Tom.

Era chato, mas ele nunca tinha realmente feito a coisa toda do restaurante antes...ele nunca precisou, e os Dursleys certamente nunca o levaram. Qual era o tipo de peixe? oh deus...era linguado. Ai credo.

Seu nariz enrugou ligeiramente. Ele deveria ter verificado isso.

- O que posso fazer por vocês dois, rapazes?- a mulher trouxa perguntou alegremente, jogando seu cabelo castanho sobre um ombro, olhando para ambos.- Vocês estão prontos para fazerem os pedidos?- Os olhos de Tom brilharam brevemente com desgosto, mas quando ele respondeu não havia nada além de charme.

- Duas lasanhas de vegetais e o vinho da casa.- disse Tom, confiante. A cabeça de Harry virou para encará-lo.

- Ah...- disse a garçonete.- Posso ver sua identidade? É política verificar.

Para o choque de Harry, Tom simplesmente entregou um cartão, encontrando o olhar da mulher diretamente.

- Devo ficar ofendido ou lisonjeado por você não achar que tenho dezoito anos?- Tom questionou, sorrindo. A garçonete corou levemente, parecendo atordoada.

- Não sei.- ela respondeu, devolvendo a identidade.- O que você acha? Duas lasanhas de vegetais e um vinho da casa chegando.

Com um olhar tímido para trás, a garçonete se afastou novamente. Tom guardou o cartão no bolso com desdém.

Harry lançou-lhe um olhar, exigindo uma explicação.

- Você odeia linguado.- Tom declarou.- Onde nós estávamos?

- Você tem uma identidade falsa?- Harry ficou boquiaberto. Tom o favoreceu com uma expressão de pena.

- Não, era um pedaço de cartão em branco. Usei uma compulsão não verbal.

Harry piscou.

- Uma compulsão? Você a controlou?- ele gritou.

- Fale baixo.- disse Tom, sorrindo.- Há pessoas aqui que podem ter uma ideia errada.

- Você não pode simplesmente fazer isso!- Harry sibilou.

- Acabei de fazer.- disse Tom.- Você precisa de óculos novos? De qualquer forma, eu disse para você parar de ser tão moralmente tenso. Está ficando irritante. Relaxe e aproveite. Você está arruinando meu bom humor.- Harry não afrouxou sua postura nervosa. Tom revirou os olhos.- Não a machucou. Desista da rota da negação e finja que era uma identidade falsa, se isso não perturbar tanto suas delicadas sensibilidades. Honestamente...

Harry estreitou os olhos, mas quando Tom simplesmente olhou para ele categoricamente, completamente sem remorso, ele decidiu deixar isso de lado por enquanto. Ele supôs que tinha sido inocente o suficiente.

Ele desviou o olhar, bastante certo de que deveria estar jogando conversa fora ou algo assim agora.

Harry odiava conversa fiada. Especialmente com Tom, porque ele sabia que o outro também achava um exercício bastante chato.

Com a sensação de estar sendo observado, ele olhou na direção de Tom novamente, nem remotamente surpreso ao encontrar aquele olhar perfurando seu crânio, como se procurasse uma maneira de dissecá-lo. Se ele se importasse em pensar, isso provavelmente também não era socialmente aceitável.

Eles acabaram conversando, Harry tendo o cuidado de manter a conversa longe de qualquer coisa desconfortável, enquanto Tom considerava suas tentativas com um semblante irritantemente conhecedor.

O herdeiro da Sonserina não forçou o assunto, o que o surpreendeu. Harry supôs que ainda não havia aprendido completamente a prever a reação de Tom a qualquer cenário, ele provavelmente nunca aprenderia...isso tornava todo o relacionamento deles bastante emocionante.

Salazar.

E se ele fosse um masoquista?

Ele ficou feliz quando a comida chegou, dando-lhe a desculpa de evitar a avaliação.

Tom serviu o vinho com um pequeno sorriso de contentamento, antes de erguer sua taça e leva-la na direção de Harry. Ele não tinha certeza se a ação era zombeteira ou não.

- Pelas velhas e novas memórias.- disse Tom.

Impulsivamente, Harry retrucou com um brinde próprio, imaginando distraidamente se iria se arrepender, mas incapaz de se importar.

- Para queimar o dicionário.

Tom sorriu.

Foi muito mais tarde que eles chegaram a Hogwarts, reconhecidamente, apenas um pouco não sóbrios.

Ok, talvez um pouquinho mais do que um pouco, mas não muito.

Ele podia andar em linha reta e pensar de forma relativamente coerente. Tudo estava agradavelmente zumbido.

Os professores atravessaram o terreno para encontrá-los.

- Onde diabos você esteve?- Snape exigiu, o rosto contorcido em um rosnado, parecendo pronto para agarrar Harry pelo colarinho e estrangulá-lo.

Hermione saiu correndo, jogando os braços ao redor dele, apesar do professor tentar impedi-la.

- É o Sr. Weasley...ele foi atacado por uma cobra gigante!

Merda.

O Favorito do DestinoWhere stories live. Discover now