Oh. oh. Harry de repente se sentiu extremamente desconcertado. Como explicar isso a um psicopata? Mesmo se o dito psicopata fosse alguém versado em fingir emoções e humanidade como Tom. Estranhamente a situação o fez se sentir um pouco menos enjoado. Ele presumiu que era suspensão de descrença.
Dane-se.
Ele não iria explicar o fato de que talvez, de vez em quando, realmente se importasse com Tom. Especialmente não para Tom. Ele nunca ouviria o fim disso. E Tom não daria a mínima. E...
Ele estava divagando. Em sua cabeça. Isso estava atingindo novos níveis de ridículo.
- Pense nisso.- ele disse, finalmente.- Se você não descobrir, eu não vou te contar.
Tom franziu a testa com sua resposta, sua cabeça inclinada para um lado com uma fluidez felina. Harry poderia dizer que ele não entendeu.
- Você pode parar de me prender contra uma lápide agora?- ele murmurou, desconfortavelmente.- Os flashbacks não são os mais agradáveis.
O olhar de Tom desceu para sua mão ainda pressionada contra o coração de Harry, percebendo a proximidade deles. Ele pareceu surpreso por ela ainda estar lá.
- Responda corretamente então.- Tom disse depois de um momento. Harry reprimiu um suspiro.
- Pergunte a Lestrange, na verdade, melhor não, ele iria distorcer tudo. Pergunte a Zevi o motivo de eu ir com você para um lugar que não guardo boas lembranças só porque você me pediu.
- Eu poderia apenas ler sua mente.- disse Tom, estudando-o. Harry revirou os olhos.
- Ou você pode simplesmente perguntar a Zevi. Ou a Hermione...não, não Hermione. Pergunte a alguém, qualquer um, que não ache que estamos apaixonados um pelo outro e eles dirão a você.
- Por que você não pode?- Tom questionou, começando a suspeitar.
- Porque eu sou um cara.- ele murmurou.
- O que o seu gênero tem haver com qualquer coisa? A menos que você esteja...- as feições do outro se iluminaram.- Referindo-se a algo estereotipadamente feminino, como emoções.- Tom parecia positivamente fascinado agora. Não era como se o idiota não soubesse sobre as maneiras sociais, ele as tinha de sobra quando queria.
- Havia algum outro lugar que você queria visitar por aqui?- Harry questionou, voltando à velha tática de ignorar seus problemas e esperar que eles desaparecessem quando ele não estivesse olhando.
Ele empurrou a mão de Tom para fora do caminho, passando pela outra apenas para Tom agarrar seu braço e fazê-lo parar.
- Você realmente não gosta de mim, né?- Tom questionou, cautelosamente.
Harry teria rido se não fosse tão estranho para ele.
- Não.- ele retrucou.- Pelo amor de Merlin, supere-se! Eu apenas disse para não perguntar a ninguém que pensa...caramba.- ele jogou as mãos para o alto em frustração, encolhendo os ombros para fora do aperto de Tom pelo que tinha que ser a terceira vez naquela noite.- Eu considero você um dos meus amigos, ok? E você me pediu para vir então eu vim. Isso é tudo. Salazar, você deveria ser um gênio!
Tom ficou muito quieto com a proclamação.
Aqueles intensos olhos escuros estavam cravados no rosto de Harry, imóveis. Harry resistiu à vontade de limpar a garganta. Ou comentar sobre o tempo.
Era oficial. Ele odiava este cemitério.
Tom não estava reagindo.
De forma alguma.
Era enervante.
Ele fugiria, mas Tom tinha a chave de portal. Maldito inferno. Era como convidar Cho para o Baile de Inverno de novo...e essa era uma analogia ruim também.
- Ok...- ele disse, com uma falsa determinação.- Estarei na colina fora do cemitério. Venha me buscar quando estivermos saindo.- ele passou pelas sepulturas, a náusea estava aumentando novamente, seus olhos fixos em qualquer coisa, menos onde ele estava.
Ele já havia chegado na saída quando ouviu passos atrás dele, uma faísca de magia fechando o portão antes que Harry pudesse passar por ele.
Ele se virou novamente, tentando manter seu rosto inexpressivo.
- Já vamos embora?- ele perguntou, automaticamente.
- Essa é a segunda vez que você nos descreve como amigos.- afirmou Tom. Oh, como é divertido manter conversas com psicopatas misantrópicos...
- Sinceramente, não contei.- respondeu ele.
- Na primeira vez, eu apenas pensei que você queria saber o que havia no memorial.- Tom continuou dando-lhe um olhar minucioso.- Mas...amizade...os sentimentos mútuos de confiança e afeição e o comportamento que tipifica as relações entre amigos...- Tom parecia estar pensando consigo mesmo, profundamente.
- Isso soa como uma definição de dicionário.- Harry disse, provocando, tentando colocá-los de volta no terreno normal. Bem, normal para eles. Toda essa situação era muito incomum.
- É.- disse Tom com desdém, ainda estudando-o. Harry ergueu as sobrancelhas com a resposta. Tom cruzou os braços.
- Acho que podemos ser amigos.- o herdeiro da Sonserina disse, finalmente.- Temos sentimentos de confiança mutuamente e você é simpático o suficiente quando não está sendo irritante.
Harry piscou.
- Eu o quê?- ele perguntou.
- Sim, podemos ser amigos, de certa forma.- disse Tom, soando como se estivesse concedendo uma honra a Harry.
Harry estava, entretanto, bastante certo de que ele não tinha realmente perguntado a Tom 'você quer ser meu amigo?' ou qualquer coisa assim durante a conversa. Na verdade, ele achou que ambos já eram amigos.
- Oh.- ele disse, pensando distraidamente que deveria dar uma resposta mais eloqüente.- Ok, legal.
O que acabou de acontecer?
Tom o encarou por um momento, antes de se virar abruptamente e voltar para o cemitério.
- Isso não significa que vou te carregar no colo se você desmaiar.- ele gritou por cima do ombro.- Fique aí fora e faça algo útil, Vá até a aldeia e me traga um café.
Harry ficou boquiaberto observando as costas do outro, antes de desviar rapidamente o olhar quando avistou as lápides.
A aldeia realmente parecia uma boa ideia no momento.
Tom poderia pegar seu próprio maldito café, no entanto.
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O Favorito do Destino
FantasyExistem muitas histórias em que Harry volta ao tempo de Tom Riddle, então fica ou é mandado de volta. E esse é o fim. A menos que ele tente mudar Voldemort. Mas e se as coisas fossem diferentes? E se, apenas uma vez, alguém seguisse um viajante do t...
Capítulo 59
Começar do início