No segundo seguinte, duas pessoas, estavam segurando cada um de seus braços, mantendo-o de pé. Ele nem podia enxergar direito, cego pela agonia.

Ele sabia que mal tinha começado. Voldemort estava chateado. O lorde das trevas sabia agora que tinha sido enganado. Harry já esperava que ele fosse descobrir rapidamente. Voldemort ainda se originou de Tom, e Tom era um gênio.

Ele olhou para cada um de seus lados, Rony e...Draco? Se ele estivesse em um estado mais coerente, teria comentado que milagres poderiam acontecer, pois os dois inimigos jurados estavam trabalhando juntos.

No momento, ele apenas se concentrou em manter seus pés se movendo um na frente do outro, tentando não sucumbir e cair na mente de Voldemort, para não quebrar a barreira completamente. Estava desmoronando rapidamente, ele podia dizer isso. A próxima onda dobrou seus joelhos, enquanto Harry tropeçava para se apoiar contra a parede.

- Harry?- a voz de Rony estava alta de pânico.

- Tudo bem.- ele murmurou, cerrando a língua. Havia cobre em sua boca.

Por alguns segundos, tudo o que ele percebeu foi o frio das superfícies ao seu redor, pressionando contra seu corpo. Ele estava deitado no chão agora, sem se lembrar de quando exatamente isso tinha acontecido, mas ele não se importava. O chão parecia tão bom e gelado contra sua pele.

- O que nós fazemos?- Draco estava repetindo.- Harry, o que você quer que façamos?

Ele gemeu, enrolando-se em si mesmo, sem responder.

Ele podia ouvir gritos torturados, foi apenas alguns minutos depois que ele percebeu que eram seus. Uma lágrima escorregou humilhantemente de seu olho, mas ele riu loucamente. A barreira ainda estava segurando, e Voldemort estava com raiva. Eles atingiram um nervo.

- Harry, por favor.- Rony disse, sacudindo-o levemente.- Precisamos chamar Madame Pomfrey? O que está acontecendo? É ele?

- Pelo amor de Salazar, não o sacuda, ele já está com dor.- Draco retrucou.

- Eu sei que ele está com dor, seu idiota.- Rony rosnou de volta.- O que você sugere que façamos então? Se você é tão inteligente!- Harry estremeceu com o volume alto. Tom. Ele queria Tom.

- O que é que foi isso?- no segundo seguinte, Rony estava se inclinando para mais perto, quase em seu rosto.- Riddle? Por que diabos você quer ele? Se ele fez isso com você...- Rony começou perigosamente, protetoramente.

- Claro que ele não está fazendo isso.- Draco zombou.- Honestamente, você nunca viu os dois juntos? Você sabe em que aula ele está, Harry?

Mais dor, tão intensa que ele não conseguia se concentrar em mais nada.

Ele podia sentir aquela presença das trevas ainda mais claramente agora. Tom era bom em Oclumência...mas a Legilimência dele, e como extensão a de Voldemort também, era ainda mais forte. Rachaduras estavam começando a aparecer em suas defesas, pequenas fissuras que ele podia sentir a mente invasora abrindo ainda mais. Parecia que sua cabeça estava sendo dilacerada.

Ele não conseguia pensar...ele...ele não sabia quanto tempo havia passado...ele...ele achava que não havia sentido em chamar Tom, não era como se ele pudesse fazer alguma coisa se o paradoxo estivesse falhando, isso seria ainda mais humilhante...e ainda assim...

- Harry?- era uma nova voz.

Vozes altas e familiares estavam sendo caladas e substituídas. Essa nova voz era misericordiosamente suave e silenciosa.

Tom. Era Tom. Ele realmente veio. Harry não entendia...Tom podia sentir suas emoções. Chegar tão perto iria doer, mesmo que não fosse tanto quanto Harry estava sentindo.

O Favorito do DestinoWhere stories live. Discover now