Capítulo 1

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Todo o império é forjado em sangue, luta, suor, sorte e quem sabe vitórias, dessa carnificina um governante vai sobressair e vai mudar o curso da história, mas para isso, outro deve cair...

O princípio de tudo é o grande sonho de Otoman, que vê que uma lua surge do seio do santo e vem afundar em seu próprio seio, uma árvore brota de seu umbigo e sua sombra cerca o mundo, sob essa sombra há montanhas e córregos e correm ao pé de cada montanha. Algumas pessoas bebem dessas águas correntes, outras regam os jardins, enquanto outras causam o fluxo das fontes...

Acordando, Otoman conta seu sonho ao homem santo, que revela que Alá deu um cargo imperial a ele e seus descendentes e imediatamente lhe dá a sua filha como consorte.

Assim como Alá promete soberania a Otoman e seus descendentes, também está assegurado o seu dever como monarca de proporcionar prosperidade aos seus súditos.

Otoman mostra ser um bravo guerreiro, tanto quanto seu pai, Kagan, honrando assim sua memória, suas primeiras conquistas reais foram ocupar as fortalezas de Esquiceir e Kulucahisar, capturando seus territórios e formando a primeira capital Otomana em Yenisehir.

Aconselhado por seus homens de confiança, Otoman estabelece para si o harém, trazendo as mais belas jovens dos territórios recém conquistados para lhe servir como concubinas, escolhe novas Kadins, que são esposas, Ikbals, as afortunadas, e as Godzes, que são as favoritas e mantém a filha do homem Santo como sua consorte.

Anos mais tarde, Otoman junta seus homens para derrotar a força bizantina perto de Niceia e estabelece suas forças mais perto dos Bizantinos, deixando-os alarmados com a crescente influência dos Otomanos, forçando-os a fugir para a área rural de Anatólia, enquanto tentam controlar a expansão dos turcos, embora seus esforços tenham sido desorganizados e ineficazes.

Durante todos esses anos, seguem-se sucessivas disputas no harém pela atenção e preferência de Otoman, sendo que algumas de suas esposas ficam relegadas ao esquecimento, tendo apenas a função de cuidar da educação de seus muitos herdeiros.

Otoman segue durante todo seu reinado expandindo seu controle em todas as direções e por muitos territórios, atingindo seus objetivos, sendo a sua última campanha contra a cidade de Bursa, que foi vital para os Otomanos, porque a cidade era controlada pelos Bizantinos em Constantinopla.

Logo depois dessa campanha, o grande Otoman expira, deixando o império ao controle de seus descendentes, seu sucessor se torna Ozan I, herdeiro de sua primeira consorte, que governa por longos trinte e oito anos sem produzir grandes feitos ou conquistas aos Otomanos e quando finalmente expira, é seguida a linha de sucessão para Murad I, que passa a governar com mãos de ferro.

Murad decide tornar o estado Otomano em um império de fato, estabelecendo o título de Sultão para si e todos os líderes pelos anos seguintes.

Desperta cedo e vai ao quarto de banho, é despido e entra na tina, aproveita para relaxar na água quente e perfumada, sai e é enrolado no tecido felpudo e macio e enxugam sua pele com cuidado, Alp, o seu servo de confiança vem ajudá-lo com as vestes reais, outros serviçais auxiliam com as joias e logo está pronto para a refeição matinal.

Segue ao salão onde são servidos os banquetes e nota que toda a família o espera, conversam por alguns momentos e se retira para a sala do trono, onde já estão todos os convocados.

Constitui reformas administrativas e judiciárias e decide transferir a capital Otomana de Bursa para Adrianópolis, preferindo dividir todo o império em duas províncias apenas, Anatólia, que seria a parte Asiática e Rumélia, a parte do velho mundo.

Estabelece o exército do Janisários, que são os órfãos de guerra, capturados das nações conquistadas, que são criados como turcos Otomanos, convertidos ao Islamismo e transformados em guerreiros dessa tropa de elite, que é a espinha dorsal do império.

Todas essas transformações e seu governo duram vinte e sete anos.

Orgulhosamente deixa para seu sucessor Berkant I um império com o dobro de tamanho que recebeu de seu pai Ozan, relativamente pacificado nos Balcãs, embora instável nas fronteiras de Anatólia.

Murad I é assassinado por um nobre sérvio que o ataca a traição com um punhal envenenado, logo após a vitória em uma guerra em mil trezentos e oitenta e nove.

Berkant I assume o trono jurando na sala do trono, diante do corpo sem vida de seu pai, que como sua primeira medida como Sultão Otomano, será vingar a sua morte, assassinando todos os prisioneiros sérvios capturados na guerra do Cozovo, apesar disso, acaba conquistando a paz com a Sérvia.

Certo dia, em uma reunião com seus conselheiros, expressa o desejo de conquistar Constantinopla e é orientado a levar seu exército e atacá-la. Então manda o general preparar tudo e marcham confiantes em direção à cidade, Berkant I impõe um cerco à Constantinopla, mas acaba derrotado.

Algum tempo depois, ocorre uma guerra civil Otomana, um período de caos, onde o Sultão Berkant é derrotado, tendo governado apenas por treze anos, então o Sultão Mahmut I é declarado vencedor, mas os irmãos dele se recusam a reconhecer sua autoridade e reivindicam o trono para si, resultando em mais uma batalha que dura por mais alguns anos, quando Mahmut I surge novamente como vencedor, restaura a paz e passa a governar por onze anos e expira.

É o seu filho, Murad II, seu sucessor que assume o trono.

Murad II está governando há alguns anos e declarou algumas guerras, sitiou Constantinopla, mas acabou por abandonar o cerco, capturou vastos territórios nos Balcãs, conseguindo anexar a Sérvia e vencer e batalha de Varna.

Derrotou a coalizão cristã na segunda batalha de Kozovo, mas dois anos mais tarde, liderando seu exército na Albânia sitiou sem sucesso o castelo de Kruje, na tentativa de derrotar a resistência do inimigo.

Certo dia, em uma das reuniões da sala do trono.

— Sultão, me permita dizer, que o período de seu reinado é um tempo de grande importância para o império Otomano, para o desenvolvimento econômico, aumentou o comércio e expandindo as cidades. – Altan, um dos homens de confiança do Sultão, diz.

 – Altan, um dos homens de confiança do Sultão, diz

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