No mesmo dia, a ilha virou um inferno em poucas horas daquele encontro com a Melina em meu quarto.

No início da noite o som de tiros e muitos gritos preenchia a silenciosa ilha. Estávamos sendo invadidos, peguei meu celular rapidamente, mas um dos seguranças entrou rapidamente no quarto.

– Senhora, precisamos sair. Estamos sendo atacados. – Ele olhava para o corredor atento.

Corri até ele e quando seguíamos em direção oposta à entrada da mansão, Melina surgiu no meio do corredor apontando uma arma em nossa direção.

– Aonde você está a levando? – Sua voz estava calma, porém seu olhar estava sério.

– Preciso tirar vocês duas daqui em segurança agor...

O segurança não conseguiu terminar de falar. Melina atirou várias vezes em sua direção, me deixando em choque.

– É melhor você não reagir Amber para não terminar igual a ele, morto.

O sorriso maldoso que estava no rosto da Melina em minha direção, me fez ter certeza que eu seria a próxima.

– Porque você fez isso? – Eu a olhei incrédula, sem entender a real motivação.

– Entra logo nesse quarto. – Apontando a arma em minha direção, ela ordenou para entrar no quarto que ela tinha saído a pouco tempo atrás.

Entrei no quarto e lá estava o pequeno Henry e sua babá. O menino estava abraçado a moça tentando buscar abrigo e proteção contra aqueles gritos e som de tiros. O mais preocupante é que a pessoa que deveria estar o protegendo era a que mais colocava medo naquele lugar.

Encolhidas e caladas no canto do quarto ficamos em silêncio como foi ordenado pela Melina. O som de tiros e gritos duraram por quase uma hora. Enquanto a Melina encarava a porta, escondi o celular por dentro da calça jeans.

A pergunta que não saia da minha mente era se James já sabia do ataque à ilha.

Escutamos muitos passos vindo na direção do corredor.

– Melina, cadê você?! – Um homem gritava no corredor.

A voz daquele homem parecia muito familiar. Porém eu não conseguia ligar a pessoa a voz, até que minha prima abriu a porta e gritou pelo seu nome.

– Estou aqui, Henry!

Enquanto ela estava no corredor a voz e nome do homem que Melina estava falando era idêntica ao do que eu conheci no Paraíso.

– Ela está ferida? – A voz dele a questionava.

– Não. Ainda não. – Melina falou fria.

– Deixe-a comigo. Não toque em um fio de cabelo dela. Você entendeu? – Sua voz grave ordenava sem deixar brecha para dúvidas.

– Sim.

O que estava acontecendo? Eu precisava sair dali.

Um homem armado surge na porta e fica nos observando, enquanto o som de passos se distancia do corredor.

– Senhora... – A babá do Henry fala baixinho. – O que está acontecendo aqui?

Seus olhos estão cheios de lágrimas, porém tentava manter o controle ao abraçar o pequenino que achou abrigo em seus braços.

– Não sei, mas precisamos nos manter calma para conseguir sair daqui. – Pressionei sua mão.

Ficamos trancadas no quarto com um ogro nos vigiando, até que outro homem armado surgiu com uma bandeja de comida, porém só quem conseguiu comer algo de lá foi o pequeno Henry.

Eu estava enjoada e precisava saber se o James sabia o que estava acontecendo.

– Preciso ir ao banheiro. – Disse ao segurança.

Aponto para a porta do banheiro aguardando-o me liberar para poder sair.

– Sim, mas volte rápido. – Ele responde me encarando.

Entro no banheiro e ligo o celular. Cada segundo que passa o telefone atualizado para ligar meu coração palpita como se fosse sair do lugar.

O celular liga e começa a procurar sinal. Algumas mensagens surgiram.

James: Amber, o que está acontecendo? Porque você não está atendendo minhas chamadas.

Amber: A ilha foi invadida. Precisamos de você, a Melina é aliada deles.

Escuto uma batida na porta e o segurança pedindo para sair logo do banheiro.

– Já estou terminando. – Avisei

Tento ligar para James, no entanto o celular está desligado.

Desligo o meu celular e novamente o escondo, orando a Deus que James esteja bem e que veja a mensagem.

Presa a Você -  O amor em meio ao caosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora