Capitulo 2

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Ajeito meu terno. Respiro fundo e bato duas vezes na porta do quarto.


- Com licença. - Digo entrando e a fechando.


- Oi meu filho, como é bom te ver aqui.- Recebo um abraço bem apertado e caloroso da mamãe. Ela está tão abatida.


- Oi mamãe. - Ah aperto forte em meu peito, não querendo solta-la. Como é bom sentir um abraço da pessoa que mas amo.


Olho minha avó deitada dormindo cheia de fios e aparelhos. Nossa como ela está abatida. Solto todo ar que está em meus pulmões, tento me manter forte.


- Ela está tão abatidinha né meu amor? - Mal sai as palavras de sua boca e se desmancha em meus braços. Coitada ela chora em silencio.

Não é fácil ver minha avó assim, sempre foi uma mulher tão forte, cheia de vida.


- Mãe pode ir para casa, tomar um banho, descansar um pouco. Vou ficar com ela. Ela tenta me convencer a ficar, mas não dou alternativa.

Fico andando de um lado para o outro. Sento na poltrona ao lado. Meus olhos estão pesados de canseira da viajem e caio no sono.

Acordo assustado. Olho para minha avó que está me olhando sorrindo.


-Essa vida viu, olha só o que a vovó te fez!

Coloco meu dedo indicador em seus lábios. - Fez eu vim matar a saudade que estava de você. - Abraço-a me acomodado em seu colo.


- Oh meu filho, e eu pensando que nem iria te ver mais. - Ela acaricia minha cabeça. Ai que saudade do cafune da vovó.


***


A semana passou rápida e corrida. Era de casa para o hospital, do hospital para casa. O trabalho eu acabava levando pro hospital, enquanto ela dormia eu resolvia alguns processos.


Olhei para o relógio em meu pulso que marcavam três e quatorze da manhã. Apertei meus olhos forte. Cansei de ler. Olho para vovó que dorme tão suavemente. Saio do quarto e vou até a cantina pegar um café.

O hospital está em um silencio agradável, gosto disso, gosto de calma, tranquilidade.

Os corredores vazies, a uma ou duas enfermeiras por todas as alas.


Peço um cafe bem forte sem açúcar e me sento no balção. Bocejo, passo a mão pelo rosto.


- Aqui está você. - Me abraça por trás , mordendo minha bochecha. - Eu te procurei pela faculdade toda.


-Clara eu estava só pegando um café, eu mal dormi essa noite. -olho-a.


- Tá, tá. Por acaso onde está seu celular ? - Pego o do bolso. Nove ligações não atendidas.


-Desculpa, é que esta no silencioso.


-É eu percebi. - Faz uma careta e cruza os braços.


Fico em silêncio.


- Sabe o porquê estou aqui ?


Faço um sinal negativo.


- O senhor esqueceu seu Pen drive lá em casa, e como vai fazer a apresentação? - O pega do bolso e coloca em cima do balcão.


-Nossa amor, eu nem tinha me dado conta que tinha deixado lá. - Abro um sorriso. - Meu anjo da guarda. - Abraço-a forte. Ela tenta se esquivar, fingindo está brava. Ah encho de selinhos.


-Assim não vale. -Me beija, acariciando meus cabelos.


- Senhor...Senhor... - Olho para o balcão e a garçonete bate forte na bancada me tirando da lembrança.


- Desculpe. - Digo pegando o café sobre a bancada. Dou um gole deixando o café menos da metade. Respiro fundo e dou outro gole terminando. Deixo a xícara em cima da balcão com o dinheiro ao lado. Me despeço da garçonete com um aceno.


Ando pelos corredores que parecem mais com um caminho sem fim com essas inúmeras portas.

Avisto o doutor que esta cuidando da minha avó e vou ao encontro dele.


Começamos uma conversa sobre a saúde dela e de repente, somos surpreendidos por gritos. o Doutor me olha e sai correndo, sem pensar corro atrás dele. Sei que não sou nenhum médico, mais quem sabe eu posso ajudar.

Era VocêTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon