Capítulo 8 - "Só nos seus sonhos, querido"

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Gostaria de poder me conhecer
Mas eu não quero saber
Então eu não precisaria de mais ninguém
Mas você chega perto
Eu gostaria de poder me deixar
Mas não há para onde ir
Então eu não precisaria de mais ninguém
Para chegar perto
Porque eu estou sempre à procura de alguém

Temporary - Verité


Anteriormente em On the top

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—Você me odiar, tudo bem, eu entendo. Mas a parte de querer ficar bem longe de mim... — Ele balança a cabeça. —Essa parte não é verdade.

Eu me ergo na ponta dos pés, igualando nossos olhares. Meu nariz resvala no dele e ele prende a respiração. Molho o lábio inferior bem devagar e Serkan se perde no movimento.

—Eu não sou uma das suas presas fáceis, Serkan. — Sussurro, lutando contra a vontade de beijá-lo aqui e agora.

Serkan encara as suas mãos atrás de mim e as retira. Assim que seu corpo se afasta do meu, eu sinto falta do calor que ele emana.

Mas ao invés de continuar seu caminho, ele se vira de volta pra mim e diz:

—Você não é uma presa, nunca foi. Com você não é um jogo. Se fosse, você ditaria as regras. Eu estou atraído por você e quero mais de você.

Engulo em seco.

—Essa é toda aquela sinceridade sobre a qual falamos?

—Sim, é toda a minha sinceridade. Eu te quero. E se você fosse sincera com você mesma enxergaria que você também me quer... desesperadamente.

Sua voz rouca e a força de suas palavras quase me fazem engasgar. Tento, sem sucesso, disfarçar o que isso causa em mim.

O brilho em seus olhos faz memórias muito indecentes se revirarem em minha mente.

Eu estava errada quando achei que o desejo cessaria. Quero dizer, transamos, essa euforia não deveria ir embora?

Serkan não deveria despertar essas coisas em mim. Mas desperta.

Sou uma safada, concluo. Esse é o meu problema.

Como uma pessoa pode exalar sexo 24 horas por dia como ele faz?

Provavelmente vou me arrepender muito disso depois. Mas é como eu sempre digo: Melhor se arrepender por fazer do que por passar vontade. Foi assim na primeira vez que saltei de um pêndulo entre duas montanhas. Foi assim quando comprei minha moto de alta cilindrada. E foi assim quando entrei numa corrida de rua nos Estados Unidos. Nem sei direito como fui parar no meio daquilo.

E agora com Serkan... a história se repete.

Mas eu não quero pensar. Não quero pensar no que vai acontecer, e principalmente não quero pensar nas consequências disso.

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