13. Em Busca da verdade

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Love Story - Indila

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      Nossa, que vergonha! O que tinha dado em mim? Eu não era de ser grossa e direta assim com ninguém, porque sempre me sentia mal depois. Claro que não foi diferente dessa vez, mas eu achava que Rodrigo precisava mesmo ouvir aquilo. Ele estava começando a achar que era meu dono ou que podia se importar com a minha vida, mas precisava saber que não iria ser assim. Era preciso cortar o mal pela raiz, antes que fosse tarde demais.

Lorran soltou a roupa de Rodrigo depois que este ficou calado após meu sermão. Obviamente Lorran e eu parecíamos dois adultos durões dando uma bronca numa criança, e isso já era motivo de vergonha suficiente para Rodrigo, eu só esperava que ele enxergasse isso e não estendesse aquela discussão.

- Então é isso, Mari? - Rodrigo perguntou, se afastando de Lorran com cara feia para nós dois. - Deixamos de ser amigos? Não posso mais brincar com você ou saber nada da sua vida?

- Ah, que absurdo! - indignado, Lorran deixou sair - Como é que você pode brincar com um assunto desse, rapaz?

- Para de me chamar assim, cara. - Rodrigo falou, em tom de aviso - Meu nome é Rodrigo, eu sou adulto e exijo mais respeito.

- Rodrigo! - com os nervos já exaltados, chamei sua atenção - Você não está em condições de exigir respeito aqui depois de ter me desrespeitado primeiro. Vamos embora pra casa agora e acabar com essa palhaçada.

- Eu não vou deixar você ir com ele, Mari. - para minha surpresa, Lorran anunciou - Eu vou te levar até em casa. Meu carro está estacionado aqui pertinho, bora.

- Ela não vai com você! Eu vim atrás dela e ela vai pra casa comigo.

- Chega, Rodrigo! - eu praticamente gritei dessa vez. Meu primo estava passando de todos os limites e eu é que não iria admitir uma coisa daquela - Você não manda na merda da minha vida. Os dois estão agindo como se fossem meu dono, mas saiba você, primo, que entre quem me trata como um objeto me desrespeitando e quem me trata como uma posse me defendendo, eu ainda escolho quem me defende. E só porque não quero ir a pé, senão também não iria com você. - e terminei meu discurso fuzilando Lorran.

Então saí andando na frente, principalmente para afastar aqueles dois um do outro. Nunca vi um encontro tão pouco amigável como aquele.

E eu só disse aquilo, na verdade, porque estava estourada na hora, mas no fundo do meu coração eu estava muito feliz por Lorran ter me defendido assim e ter mais uma vez demonstrado sua afeição e carinho por mim, se oferecendo para me levar até em casa. Eu sinceramente não queria ir na companhia (e na moto) de Rodrigo. E assim que chegamos em casa (nós logo depois de Rodrigo, já que ele disparou feito bala na nossa frente), na hora de nos despedirmos, ainda dentro do carro, Lorran foi mais uma vez carinhoso, e mais uma vez psicólogo:

- Por favor, Mari, nunca mais repita que sua vida é uma merda. - ele falou de repente. Eu fiquei instantaneamente surpresa por ele ter reparado em cada palavra que falei naquele ataque de estresse - Sua vida é preciosa.

Ele tirou as mãos do volante, virou-se mais para ficar de frente comigo, levou meu cabelo levemente para trás da orelha e me olhou fundo nos olhos, para acrescentar:

- Pense em tudo que ela é. Na família e amigos que ela te trouxe. Pense no quanto ela está melhorando. Em como você mesma está reavivando. - ele fez uma pausa enquanto me encarava, parecendo se comover a cada palavra dita, assim como eu. - Você não tem uma vida ruim, Mari. Por favor, aceite que sua vida é incrível e está linda. Porque o mais importante de tudo é que você ainda respira e ainda pode criar o cenário perfeito para seguir em frente.

Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Apr 28 ⏰

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