— Que droga! Como você consegue ser fofo assim sempre?! – Perguntou retoricamente, no entanto, estava realmente indignado com a beleza e ternura do menino. Não era justo com seu coração. — Eu vou te morder qualquer dia desses, fica esperto.

Os dois se renderam ao riso, e aquilo se intensificou tanto, que já nem sabiam porque estavam rindo tanto. A gargalhada estava entalada na garganta há muito tempo, a felicidade transbordando em abundância em cada sorriso, os corações batendo juntos e em perfeita harmonia.

Quando os sorrisos, enfim, se cessaram, Jungkook se pôs a falar.

— Eu sou uma pessoa muito difícil de lidar. Hyung…quero que saiba que estou disposto a fazer isso dar certo, mesmo. 

Ele parou de andar, para ficar de frente para Park. Seu olhar caiu para a pelúcia que estava no outro braço dele. E respirando fundo, prosseguiu:

 — Nunca estive em um relacionamento e não sei como funciona. Sou inexperiente em todas as áreas. Sou um pouco mimado e muito sensível, às vezes sou um pouco egoísta, mesmo sem querer. Não saio para festas, não gosto de beber, fumar, e nunca transei com alguém. – Chegou um pouco mais perto, quase unindo as testas, mas não o fez, apenas chegou perto o suficiente para conseguir encarar os olhos alheios com propriedade. Sentia a respiração quente do outro ir de encontro com sua face. — Eu preciso que seja um pouco paciente nessa área, hyung. Eu sei que não me pediu em namoro por causa disso, mas…eu confio em você, você é meu namorado agora, não quero me lembrar daquele homem quando você tocar no meu corpo, quero sentir desejo…porque é você, hyung. Vai ser difícil pra você, tem certeza que quer isso? – A pergunta saiu como um sussurro. — Você disse que perdeu sua adolescencia porque teve que cuidar da sua mãe…me desculpa por tocar em um assunto tão sensível e bater nessa mesma tecla toda vez, mas é que eu tenho tanto medo de fazer você perder parte da sua juventude para cuidar de mim.

— Jungkook, eu vou cuidar de nós. Não vou perder nada cuidando de você. A gente vai viver juntos, não só eu, não só você, mas os dois. Você cuidando de mim e eu cuidando de você, tá? – Ele sorriu, para lhe passar conforto, sabia das inseguranças de outro e estava disposto a fazer qualquer coisa por eles. — Eu vou ter paciência assim como você teve paciência de me esperar...não lembra? Não lembra de todas as cartinhas que você me enviava? Você não foi paciente, Goo? Eu vou ser do mesmo jeito, não é um fardo, é algo que estou disposto a fazer por nós, porque eu cansei de ficar de braços cruzados vendo a minha vida passar, eu quero viver. Você me mostrou que é bom viver, então não faz sentido eu continuar sem você. Jungkook, eu te amo…e quando eu digo que te amo, estou dizendo a verdade. Demorei pra me confessar porque queria ter certeza, e agora que eu tenho a certeza, quero confessar todos os dias. Eu te amo.

— Poxa…você falando assim me deixa sem palavras… – Confessou, tímido, colocando as duas mãos no ombro do mais velho, ainda sem se familiarizar com o "eu te amo" vindo de Jimin. — Eu te amo, tá bom? Obrigado por tudo, hyung. 

Jimin deixou um selinho nos lábios bonitos, e, enquanto tomava a boca de Jungkook com a sua, o barulho que a pulseira deles fazia toda vez que Kook movia as mãos em seu ombro para descontar o que estava sentindo em alguma coisa, fez Jimin, de repente, se recordar de algo importante que tinha se esquecido.

Se obrigou a interromper o beijo deles, e Jungkook soltou um murmúrio descontente, tentando se aproximar de novo para continuar aquilo que tinham começado.

— Não para assim do nada, hyung… – Reclamou. — Você tem que deixar alguns beijinhos no final, como sempre faz. O que aconteceu?

Jimin sorriu, se aproximando para distribuir os últimos três selinhos, como costumava fazer para encerrar o beijo, Jungkook, por sua vez, assentiu com a cabeça, feliz quando sentiu os selares serem depositados.

Um Inquilino e Meioحيث تعيش القصص. اكتشف الآن