38: Aparência normal?

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- Obrigada, senhora Malfoy. - Sorri olhando para baixo. - Se simbolizar algo importante dos Black, acho que não posso usar...

- Nada disso, criança. Por isso mesmo que você deve usar. - Passou a mão em minha cabeça. - Agora, melhor se trocar, seus pais devem estar impacientes.

Foi o que eu fiz, não era louca de desobedecê-la. Guardei bem guardado o acessório, morrendo de medo de perder. Regulus conversava com Narcisa enquanto Lucius mantém o mesmo semblante de chatonildo no canto.

- E aí, Potter?

- E aí, Zabini?

Sim, eu poderia ter dito outra coisa, mas eu não sabia o que eu deveria e permaneceria no neutro. Draco entrou no nosso meio, colocando os braços em nossos ombros com um olhar de quem poderia saber o que estava acontecendo.

- Quando vocês vão confessar, ein?

- Confessar o quê, Draco?

- Vocês sabem... - Se afastou e começou a beijar o ar de forma tão constrangedora, que nem parecia ele. - Exagerei?

- Com certeza...

Eu ri da forma que o Blaise revirava os olhos e ficava fazendo caretas para si mesmo. Senti um empurrão, dando de testa com o nariz do meu amigo, enquanto o Malfoy ria atrás.

- Malfoy! Vou te caçar quando voltarmos para Hogwarts.

- Nhe nhe nhe.

- Relaxa, Potter, ele está com inveja.

- Então quer dizer que tem alguma coisa, Zabini?

- Exatamente... o que está acontecendo aqui? - Perguntou o meu irmão e então lembrei que estávamos em público com toda a família, merda.

- Nada, Hazz. - Forcei um sorriso e peguei em seu braço, beliscando-o. - Até Hogwarts para os dois e vê se não empurra mais ninguém, por favor.

Obviamente saí o mais rápido da loja, eu estava com uma puta vergonha do que tinha acontecido em público graças aos cinco minutos de insanidade do Malfoy. A minha família nem estava me olhando e julgando, com razão. A sorte era que o meu irmão é bem lerdo, provavelmente não vai ter entendido nada. Uma coisa muito estranha, tinha quase esquecido do meu olho, até porque ninguém tinha me perguntado sobre.

- Hum... antes de irmos, quero conversar com você, Marie Lily. - Disse Walburga na casa dos meus pais. - A sós.

- Claro! Só me acompanhar, senhora Black.

Subi até o meu quarto, enquanto listava se tinha deixado tudo arrumado e não uma bagunça, virado de cabeça para o ar. Puxei a cadeira da minha penteadeira para ela poder se sentar, felizmente estava tudo em seu devido lugar, e me sentei na cama.

- Marie Lily, por que ainda está usando esse tampão? O olho dói com a luminosidade?

- Não... É só que eu pareço um monstro com esse olho vazio e branco. - Subi os ombros, tentando esconder meu incômodo.

- Posso? - Concordei e ela tirou a bandagem, me olhando nos olhos enquanto segurava o meu queixo. - Não tem nada de monstruoso. A única coisa que eu vejo é uma bruxa única e corajosa, que não se importa com o que os outros digam.

- Eu não sou nada disso mesmo... sempre escutei do meu pai e do meu tio que sonserina era a casa dos covardes.

- Eles tem inveja, querida. - Subiu o meu queixo mais um pouco. - Você será a maior bruxa de todo o século, não é alguns adultos com vários traumas e sem filtro que irão ditar como você será.

- Mas...

- Quando você se sentir confiante o bastante, tire-o, não precisa se provar para ninguém. Eu vou voltar para casa, se quiser pode vir comigo.

- Acho melhor eu ficar aqui um pouco, meus tios e minhas tias estão aqui.

- Não precisa se explicar. Qualquer coisa, a minha casa também é a sua casa. E, obviamente, boas aulas adiantado.

Ela me abraçou, porém dessa vez, foi mais demorado, sua respiração estava pesada. Acompanhei-a até a porta e voltei para a sala onde estavam todos reunidos gritando, voando almofadas e tudo, obviamente, os Weasley estavam ali.

- Oi, May! - Gina veio feliz, subindo pelo sofá. - Você viu a notícia que o Sirius vai nos dar aula?

- Claro, só não vai se animando. Grifinório convicto.

- Ah... Será que ele vai tirar pontos da sonserina, então?

- Do jeito que o meu tio é...

- O que tem eu?

- May disse que você vai tirar pontos da nossa casa.

- MAS É CLARO! - Disse com um sorriso de orelha a orelha, mas levou uma almofadada do meu padrinho, irônico. - Se não se comportarem, é claro. Só por essa razão.

- Ih... - Gina arregalou os olhos, começando a rir. - Nisso não sou muito boa.

- Nem eu... Tio você vai perdoar se ver alguma pegadinha, não é?

- Vou pensar no seu caso, sua malandrinha.

- Aliás, May, - Ela sussurrou, mas o orelhudo estava ali. - é verdade sobre o terceiro ano poder participar das festas?

- Acho que é, mas não é todo mundo. Alguém do terceiro para participar tem que estar na lista de um dos mais velhos da casa.

- E você vai?

- Acho que sim, conheço alguns dos mais velhos.

- Festa, Marie Lily Potter? Treze anos e está pensando em festa? - Cruzou os braços e me encarou rindo. - Pontas, é sua filha mesmo.

- Tio!

- Como assim festas? Sabe o que festas significam? Beijar garotos!

- Ou garotas. - Eu falei junto com meus tios e minhas tias.

- Nenhum dos dois.

Eu engoli em seco, rindo interiormente, se eles soubessem. É claro que eu ainda era muito nova para uma festa do nível que era os da sonserina. Ainda não seríamos convidados em todas, mas logo estaremos no quarto ano. Aí... todas as festas estavam liberadas.





Tínhamos decidido dormir na sala, uma grande festa do pijama, todos dormindo um em cima do outro em uma bagunça total. Eu acordei no meio da noite com um pouco de insônia, como sempre. Fui até o espelho do banheiro, encarando o meu reflexo sem parar, então tirei o tapa olho. Eu era um monstro? Era um milagre?

"Você será a maior bruxa de todo o século", repetia na minha cabeça. A minha ambição gritava, querendo que se realizasse. Eu faria de tudo para mostrar como sou a melhor, não só no poder mágico, mas com um equilíbrio para ser a maior. Sabia também que a minha família me seguraria em muitos fatores, com medo de que me torne algo ruim, como esse olhar novo demonstra, porém teria que lembrar de uma valiosa lição de Mark Twain.

"Mantenha-se afastado das pessoas que tentam depreciar sua ambição. Pessoas pequenas sempre fazem isso, mas as realmente grandes fazem você sentir que você, também, pode se tornar grande."

- Olha quem está acordada a essa hora. - Tia Mary bateu na porta aberta, ao lado da minha mãe. - Os seus problemas de insônia nunca passam, não é?

- É coisa minha, tia.

- Marie, eu comprei lentes de contato para você. - Minha mãe mostrou uma caixa, com mais quatro caixinhas dentro. - Assim, não precisa cobrir os olhos, elas deixam você com uma aparência normal.

Aparência normal? Aquelas palavras não foram as certas, provavelmente não queria falar por mal, mas era ruim. Eu sorri de lado e agradeci, depois colocaria para que eu não parecesse um alienígena em Hogwarts.







Eu ia postar essa ontem junto com a outra mas é bom deixar vcs respirarem né ksksksksksksk amanhã n vai ter, infelizmente eu volto ao inferno q chamam de faculdade mas dependendo da ansiedade de vcs, eu adianto

Maverick [Marie Lily Potter]Where stories live. Discover now