— Thomaz! Por favor. Vamos em frente.

Assim que ouviu essas palavra o homem relaxou. A  doçura  na voz de Emma o afetara  de tal maneira que ele apenas seguiu ao lado dela. Marie seguiu na frente tentando esconder o sorriso satisfeito que seu rosto exibia. Estava feliz por ver Thomaz aceitando e defendendo sua filha.

— É  por essas e outras que preferiu ficar em casa. Sempre que saio algo assim acontece. As vezes gostaria que houvesse um jeito de sair sem ser notada. - Emma se pos a falar para por um fim no clima estranho que havia ficado no ar

— Se você usasse calças isso não aconteceria. - Por um momento Thomaz  rio de si mesmo por pensar em algo assim. Deu mais alguns passos e parou ao perceber que a jovem  estava parada sorrindo pra ele. Tinha que admitir que ver ela assim lhe acelerava o coração. – Por que está me olhando assim?

— Thomaz meu amigo, você é um gênio! - Emma disse isso com um brilho único no olhar e logo o homem foi entendo do que ela estava falando.

— Não! Absolutamente não. - Recomeçando a andar.

— Por que não? - Emma o questionou o seguindo.

— Você não pode se vestir de homem Emma. - A jovem lhe deu um olhar indignado e Thomaz Prosseguiu. – Okay. Como vai esconder seus cabelos?

— Fácil. No chapéu e não frequento lugares que preciso tirá-lo.

— Certo... Mas, e quanto ao resto? Quer dizer... Você tem partes bem notáveis que se destacam. Como pensa que vai esconde-las. - Thomaz estava gesticulando de uma maneira que fez Emma rir. — E as roupas? Meu Deus! Aonde irá se vestir?

— Respira. Quanto aos meus...

— Não diga. Tem gente olhando.

— Quanto a isso, uso atadura apertadas. Não será difícil, eles nem são tão grandes assim. — Thomaz tentou evitar a todo custo olhar para aquilo a que ela se referia. — E as roupas e local... - Emma apontou para ele.

— Quer que eu te ajude nisso?

— É meu único amigo. Que custa ajudar? Você me ofereu seu lar como esconderijo lembra?

— Eu vou me arrepender disso. Podemos tentar uma vez. Uma única vez. Se não der certo você desiste. Temos um trato?

— Temos sim. - Emma andou até ele e lhe fez um carinho no rosto, singelo e ainda assim suficiente para deixa-lo zonzo.

— Você é  maluquinha sabia? - Disse rindo quando voltaram a andar.

   No final Emma achou o passeio bem menos irritante do que pensou que seria. Chegou em casa empolgada pensando nas possibilidades do acordo feito.

Thomaz também estava inquieto por vários motivos. Estava começando a sentir algo que pensou que jamais sentiria e isso o confundia.

Mal sabiam que Lorrence arquitetava  algo para impedi-los de se aproximarem ainda mais. Para tanto, o homem não hesitou em buscar a ajuda de sua irmã, Cora, uma mulher tão ruim quanto  ele e de personalidade difícil.

     No dia seguinte, Emma se aventurou a entrar nas terras de Thomaz. Naquela parte do bosque nunca havia estado. Quando mais se aproximava da casa, mais inquieta ficava.

 Ao atravessar  a pequena porção de mata, deparou-se com uma ruela ladeada por grandes árvores de tamarisco. Emma deslumbrou-se com o verde das folhas misturadas com os tons de rosa provenientes de suas flores. Girou várias vezes entorno de si mesma embalada pelo vento que a impulsionava sem em frente.

Estava tão distraída que assutou-se ao se deparar com a imponente mansão a sua frente. Suas escadas que um dia foram brancas agora exibiam um tom cinza. Era perceptível que lhe faltava  cuidados.

Além Da EternidadeWhere stories live. Discover now