Oito: Paraíso

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O mais surpreendente foi que ambos conseguiram realmente só dormir. Argentina não era tão absurdo, ele vinha se sentindo mais satisfeito do que nunca nos últimos dias, mas Brasil? Ele devia estar mesmo muito cansado dos dias seguidos na praia para não ter cedido ao tesão pelo último orgasmo frustrado, e nem tentado nada.

Assim que Brasil acordou, ainda abraçando forte a cintura do loiro, ele grunhiu, e disse cansado:

— Dia de descansar. Porque hoje mais tarde vamos pra festa. — De algum modo ele já sabia que o outro estava acordado, como se já conhecesse até a respiração dele.

— Você só está com preguiça — Argentina murmurou, deslizando a mão pelo antebraço do Brasil. Ele queria treinar, sentia todo seu corpo arder e doer, mas queria continuar. Só que ele tinha noção de que não adiantava insistir com o Brasil, para alguém que reclamava tanto que ele era teimoso, o moreno era muito seguro das suas decisões às vezes.

— Correto — ele concordou, sorrindo malandro. — Quero ficar aqui, assim, na cama, o dia todo.

Argentina não achou forças em si mesmo para reclamar do aperto instantaneamente, apenas deixou Brasil esmagar o corpo dele, ronronando contra o cabelo loiro. Minutos mais tarde, ele se deu por satisfeito.

— Vai me esmagar o dia todo também ou só até umas 3 da tarde? — ele perguntou, com a voz embolada, e Brasil riu, mas soltou.

— Sabia que você não ia aguentar — ele provocou.

— Claro que aguento! Pode me apertar à vontade! — Argentina rebateu, irritado, olhando por cima do ombro. Ele odiava quando Brasil agia condescendente assim, odiava que achassem que ele não era capaz de alguma coisa. Ele notou o erro assim que viu o olhar maroto do outro. Brasil apertou a bunda dele forte, e ele saltou para longe de susto. — ¡Díos mio! Por que você é assim?

Ele bufou, ouvindo a gargalhada gostosa do Brasil, e, aproveitando que já tinha praticamente levantado, se arrastou para fora da cama. Brasil era confortável demais, quentinho, rígido, mas macio na medida certa, e ele temia realmente não ser capaz de deixar a cama o dia todo se não aproveitasse logo a oportunidade.

***

Mesmo descansando (o que eles fizeram assistindo filmes, como velozes e furiosos 4, para a infelicidade do Argentina), o calor fez com que os dois continuassem cansados o dia todo. Mesmo à noite, Argentina ainda estava mal humorado e se sentindo lento. Já Brasil pareceu ligar no 220 assim que o clima deu uma refrescada. Pronto para a farra, como de costume.

Festa dos países sempre significava bagunça, mesmo com poucos, os dois sabiam que as coisas iam facilmente sair de controle.

No caminho para o endereço que os amigos passaram para eles, Argentina deitou no ombro do moreno e dormiu, dando como justificativa que o vidro era duro, e Brasil não, portanto a escolha era óbvia. Já Brasil ficou batendo papo com o Uber, sua voz suave embalando o sono do loiro.

Não era muito longe, e pouco depois ele já o acordou, dizendo que estava perto. Se deliciou, como sempre, com a expressão dengosa que Argentina só se permitia mostrar quando ainda estava confuso pelo sono.

Quem abriu a porta foi um Uruguai claramente já bêbado (e não só bêbado, a julgar pelos seus olhos vermelhos). Ele abraçou Brasil apertado, e então fez o mesmo com o Argentina, acrescentando uma mão meio boba na bunda dele que não passou despercebida por nenhum dos três (e surpreendeu um pouco até o próprio Uruguai que não estava em suas plenas faculdades mentais).

Antes que alguém pudesse reclamar do toque indecente, Colombia apareceu na porta sorrindo.

— Estão esperando o que para entrar? A festa já começou sem vocês.

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