「 𝟑𝟒 」𝐕𝐈𝐃𝐀 𝐄 𝐌𝐎𝐑𝐓𝐄

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Os homens imediatamente arregalaram seus olhos, eles se viraram com raiva e saíram dos arredores do campo. Aemond fungou com a ação, após revirar o seu único olho.

— Estão olhando o que? — Aemond gritou para os seus próprios soldados, que deixaram de treinar para ver a pequena movimentação — Há algo mais interessante a se fazer do que treinar? Devo lembrá-los que estamos num campo de treinamento?

Todos voltaram ao que faziam antes. Irritado, ele saiu do campo, deixando seus homens treinarem sozinhos.

Caminhando pelos corredores do palácio, ele vê Oldin adentrando no quarto de Alyssa. A dúvida preenche a mente do príncipe, sem saber o que exatamente ele fazia ali.

Bom, Aemond sabia sobre o tratamento do rei. Ele leu sobre no diário que roubou de Alyssa. Mas para Aemond, ele só era feito de noite. Ele se lembra de uma vez que o rei mencionou algo sobre.

Intrigado, o príncipe segue o rapaz, adentrando no quarto vazio de Alyssa logo atrás dele.

— Alyssa me deixou ordens explícitas para ir atrás de você caso não apareça para o tratamento do rei — Aemond falou, surpreendendo o rapaz — Mas pelo o que eu saiba, o horário padrão é pela noite. Então o que você faz invadindo o palácio nessas horas?

Oldin engoliu em seco. Sentindo o saco de moedas por baixo de sua capa pesar ainda mais.

O que diabos Aemond Targaryen fazia ali?

Naquela noite em específico, ele planejava fugir da cidade. Se aproveitaria que Alyssa não estava mais por lá, e que sua farsa não precisaria mais ser mantida intacta.

Oldin sabia que um único dia sem dar o remédio que apenas prolongava a vida do rei, serviria para que ele morresse. E aquela seria a vingança perfeita para Alyssa.

Apesar de não ter motivos explícitos, o peito do rapaz inflava de ódio e ternura sempre que se lembrava da amiga que fez.

Durante anos de sua vida, ele foi usado como forma de prazer por muitas pessoas. Muitos amantes lhe faziam promessas de liberdade, assim como a princesa o fez. E aos poucos, uma mente pode ser destruída com muitas decepções.

Ele odiava a todos. Se livrou de todos os amantes que lhe magoaram. Estava envenenando o dono do bordel que o mantinha, com esperanças de se vingar de uma só vez.

Quando cometeu Alyssa, ela lhe prometia tantas coisas. Dizia que ele estava livre, mesmo se não quisesse fazer o que ela pedirá. Mas como Oldin poderia acreditar? Ele estava tão acostumado a ser visto como um objeto por todos.

O rapaz a seguiu. Fingiu ser seu amigo, planejava se vingar por ela estar supostamente o fazendo de bobo. Ele não podia negar que gostou dos momentos com a princesa, de se tornar seu amigo.

Mesmo com Alyssa sendo quase tão quebrada quanto ele, nunca o contando tudo. Eles eram amigos, de certa forma.

As noites eram boas, e era satisfatório dividir a cama com alguém que não te vê de forma romântica ou erótica. Alyssa o via como um aliado, como um amigo, como alguém bom o bastante para se confiar a vida de um rei.

Era uma pena que Oldin não soubesse mais confiar nas pessoas. E ver Aemond ali era a prova disso.

Ele estava quebrado. E não tinha concerto. Oldin poderia ficar na cidade e continuar dando o remédio que manteria o rei vivo, mas o rapaz não conseguia fazer isso.

— Preciso comprar ingredientes para o remédio — Oldin mentiu, imediatamente, mostrando o saco de moedas que apanhou do quarto de Alyssa — Geralmente, a princesa os comprava para mim. Mas eu planejo continuar com o tratamento, e ela não está aqui para me dar o que eu preciso então...

PRINCESS OF CHAOSWhere stories live. Discover now