Cap - 13

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Aurora

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Estou sorrindo boba em frente ao espelho enquanto escovo os dentes, lembrando da noite mágica que foi ontem. Amanhã é o segundo jogo do Brasil, espero que Richarlison brilhe como hoje ou ainda mais!

Entro no banho e me deixo ser envolta no calmante que envolve meu corpo ao sentir a água percorrer meu corpo. Cantarolo músicas e de repente me pego cantando a favorita de minha mãe... a que tocava no rádio quando a desgraça corrompeu minha vida, quando o maldito acidente aconteceu...

Minha mente voltou para aquele cenário, minha vista escureceu, minhas mãos começam a tremer e meu coração acelerou repentinamente

O barulho, os corpos, o sangue, a dor...

Minha cabeça lateja, um martelo parece badalar em minha nuca, me deixando tonta. O cheiro de sangue, os gritos, a angústia...

Puxo o ar e volto a mim, meu corpo tremendo, lágrimas manchando meu rosto e a respiração falha

Preciso de ar...

Preciso de comprimidos...

Saio do box e, com a toalha, procuro meus comprimidos. Porém lembro da promessa que fiz a Richarlison e a mim de mesma de que não faria mais isso

Tento controlar a vontade avassaladora de tomar aquela cautela para me acalmar mas sou forte. Visto uma roupa qualquer e penteio o cabelo ainda chorando, completamente desesperada ligando para Richarlison, mas ele não me atende

Onde você está, meu pombinho...

Odeio essas crises de pânico, não consigo me acalmar e fico prestes a desmaiar

Ligo umas mil vezes para Richarlison, mas ele simplesmente não atende, corro até seu quarto, com óculos escuros tentando desfarçar minha óbvia crise, já que minhas mãos tremem junto a meu corpo

Caminho até o restaurante do hotel para tomar café da manhã, já que Richarlison não estava no quarto, bati, bati e o chamei mas a porta não abriu

Imaginei que ele estaria tomando café da manhã e esqueceu o celular no quarto. Acertei, ele estava com os outros jogadores

Mas...

Estava triste, calado, apenas mechendo na comida de seu prato, sem pôr nada na boca

Não consigo me concentrar, minha mente lateja e sinto o ar cada vez mais escasso

Aceno de longe, tentando chamar a atenção dele, mas sua cabeça permanece baixa. Mordo o lábio, faltando respiração, sentindo meu corpo prestes a desmaiar, e vou até ele

Ouço murmúrios de bom dia mas não consigo respondê-los, nem reparo em meu tio

—Richarlison... pre-ci... —Sussurro para ele sem conseguir falar direito por causa da falta de ar, mas ele não me encara

—Depois a gente conversa, Aurora. —Ele diz sem emoção, olhando rapidamente em direção à meu tio e meu coração aperta ainda mais

Perfeitos um para o outro《 RICHARLISON 》Where stories live. Discover now