「 𝟑𝟑 」𝐏𝐀𝐒𝐒𝐎𝐒 𝐃𝐎 𝐏𝐀𝐈

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— O que diabos está acontecendo aqui, Alicent?! — o rei urrou, assim que viu a situação que a princesa estava — O que seus malditos guardas estão fazendo com minha neta?

A rainha se pôs em frente ao corpo de Alyssa, encarando Viserys com tremor. A mão do rei, Otto Hightower, olhava a situação com desdém.

Aemond não se lembrava do avô demonstrando suas emoções tão abertamente. Mas naquele momento, ele estava em puro desespero.

Com medo que Aegon se tornasse impróprio para o trono agora que perdeu seu braço esquerdo.

— Meu rei! — Alicent gritou, em uma súplica — Ela foi até o Septo de Baelor, resolver um problema político sem a permissão de Vossa Graça. E se seu comportamento ignorante, sem planejamento, tivesse agravado ainda mais o conflito?

Imediatamente, Rhaenyra e Daemon Targaryen adentraram no salão, acompanhados de seus outros filhos.

— Não, Vossa Graça! — Rhaenyra gritou, enquanto Jace e Luke formavam uma barreira em sua frente, protegendo a mãe — Eu permiti que minha filha fosse até lá. Eu sou sua herdeira, meu rei. Assim como minha filha. Ela tem total liberdade para tratar dos assuntos do reino.

Alicent olhou para Rhaenyra com um olhar de indignação. O gosto de sangue preenchia seus lábios, o ódio se inflamando em seu corpo.

A princesa, por outro lado, rugiu de dor quando um dos soldados, que estavam com o emblema da casa Tully - na qual a noiva de Aegon pertencia - apertou seu braço. Enquanto um soldado ao lado puxou os fios prateados de seu cabelo para trás, erguendo sua cabeça.

Aemond se inclinou bruscamente, querendo avançar nos guardas que agarravam Alyssa sem se importar com as consequências. Mas o cavaleiro juramentado a sua mãe, Criston Cole, o impediu.

— Sua filha? Ela é uma criminosa! — Alicent gritou ao responder Rhaenyra, revoltada.

— Como uma criminosa? — Viserys repetiu as palavras da rainha, enojado — Ela é minha neta, Alicent!

— E eu sou seu filho! — Aegon adentrou no salão em seguida.

Os olhos de todos se chocaram ao ver um curativo que cobria o corte que separa seu antebraço do corpo.

Não havia nada depois da linha do cotovelo, onde a faixa branca manchada de sangue estava.

Aemond vidrou seu olho em Alyssa. Um sorriso maquiavélico surgiu nos lábios da princesa, um que somente Aemond era capaz de ver.

— A-Aegon — Viserys mal pode chamar o nome do filho — Pelos Deuses, como isso aconteceu?

Joffrey Velaryon, de apenas onze anos, sentiu a bile subir por sua garganta. Ele deveria estar com a Ama, que cuidava dos seus irmãozinhos Aegon III e Viserys II, filhos do casamento de Rhaenyra e Daemon.

Mas o pequeno saiu correndo junto dos adultos quando viu que sua querida irmã fora arrastada para o salão do trono.

A carne ao redor do ferimento de Aegon, que apesar de tratada e enfaixada, ainda estava inchada e grotesca.

O príncipe cheirava a sangue, leite de papoula e mijo, pois assim que Alyssa saiu voando com Meraxes para longe do Septo, ele voltou aos gritos, tropeçando em fossas de urina pelas ruas de Porto Real. Os curandeiros jogaram leite de papoula pelo ferimento, sabendo que aquilo sequer tiraria a dor de Aegon, que deveria beber o remédio ao invés de passá-lo na pele.

Mas Alicent impediu, pois precisava do filho consciente para falar com o rei.

— Foi ela, pai! — Aegon gritou, com a voz chorosa — Eu apenas queria resolver a situação. Mas minha própria sobrinha foi capaz de me ferir!

PRINCESS OF CHAOSWhere stories live. Discover now