Forty Two.

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A campainha soa, o meu pai levanta-se e vai abrir a porta.

- Olá, Mr.Ethan Frost!

- Olá, Anastasia!

- Onde está a Mia?

- Ali! - Ouvi passos rápidos na minha direção.

- O que se passou, Mia? - Ela sentou-se no lugar do meu pai e agarrou-me na mão.

- Raiva e motivos de amanhã. Só isso. - Disse a minha mãe.

- Raiva? Porque?

- A Bea veio cá. - Falei.

- O que? Fazer o que?

- Desejar-me boa sorte.

- Que lata! Que raiva, queres que vá gritar come ela?

- Não é preciso, está tudo tratado. - Disse o meu pai.

- Ai que eu odeio-a tanto! - Disse Anastasia e começou andar de um lado para o outro.

- Se a encontrar ou mata-la! - Ela gritou.

- Vamos esquecer tudo e vamos festejar? - Disse a minha mãe.

- Falta o Jamie.

- Vamos então preparar. - Disse o meu pai.

- Pode ser.

- Nós ficamos aqui. - Disse.

Permanecemos em silêncio. Eu já estava calma.

- Eu nem acredito que te vais embora amanhã. - Ela admitiu.

- Eh, mas vou.

Ela agarrou-me, abraçando-me muito de força.

- Vou ter saudades tuas.

Ri-me.

- Eu também. - Beijei-lhe a testa.

- Isto foi tudo tão rápido, parece que te conheci ontem e que nos demos maravilhosamente.

- Na verdade já me conheces á muito.

- Seis anos, não é muito.

- Seis anos? Eu não acho que seja seis anos!

- Então não sei.

- Nem eu. - Rimo-nos.

- Lembraste quando nos conheceste. A mim, á El e a Bea?

Eu sei que isto não é por mal, mas aqueles nomes fazem uma sensação no meu estomago nada boa.

- Sim. - Respondi num simples 'Sim' neutro.

Ela agarrou nas minhas mãos e olhou-me nos olhos.

- Não deixes que te afetem e não confies na primeira pessoa que te apareça á frente, toda a gente tem o seu lado bom e o outro mau e temos de saber lidar com eles. Encontra a pessoas que tenha os lados equilibrados. Confia na única pessoa que te faz feliz. - Dito, aquilo não sabia o que fazer é tão estranho vir isto da sua boca. A campainha soa, cortamos o contato visual e Ana larga-me a mão.

Levantei para abrir a porta. Olho pelo oculo e vejo o Jamie com mãos nos bolsos e com um ar muito triste. Franzo o cenho e fico preocupada.

Abro a porta, ele de imediato abraça-me.

- Olá, paixão! - Ele diz todo sorridente. Que?

- Olá, Jamie!

- Olá, coisa asquerosa! - Ele brinca com a Ana.

- Olá, rabo de coala! - Ela diz e atira-lhe uma almofada do meu sofá. Pensava que isto ia ser um momento infeliz. Mas estou a ver que é só alegria falsa. Alegria a disfarçar a dor.

- Venham, vamos comer o meu bolo fantástico e depois dizer umas palavras para a minha menina que vai partir em breve. - Olhei para os olhos da minha mãe e vi que estavam inchados e irrigados de sangue, esteve a chorar. Oh não, não, não quero isto!

Caminhamos todos para a cozinha e sentamo-nos.

As fatias de bolo já estavam em pratos. Este é o bolo preferido do Harry. Ele amava-o. Levantei-me e fui ao armário dos 'Efeitos para o bolo do Harry' era assim que eu e ele lhe chamávamos. Peguei no fraco de pepitas que já está ali á nove anos. Acho que não estão estragadas. Encolhi os ombros não me importando. Levei-as para o meu lugar, limpei o pó acumulado no fraco e abriu-o deitando as pepitas em cima da minha fatia. Lágrimas estavam nos meus olhos. E vi que a minha mãe estava a chorar. O Jamie e a Anastasia estavam com o sobrolho franzido não percebendo.

- Bolo do Harry. - Sussurrei.

Tree House. (Concluída) On viuen les histories. Descobreix ara