CAPÍTULO UM | O inferno de Gabriel

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Preparadas para mais essa aventura? 

⭐⭐⭐⭐⭐Vamos lá e não esqueça minha estrela!!


Gabriel andava de um lado para o outro do escritório incapaz de permanecer sentado por muito tempo. Passou a mão pelo rosto, tentando manter o controle sobre si mesmo, sem muito sucesso. E a culpa era toda dela... Maldizia mais uma vez sua maldita sorte: primeiro havia sido forçado a assumir seu posto como homem de confiança do Capo devido à morte prematura do pai. Reconhecia, não se sentia nem minimamente preparado para aquilo e também não havia imaginado ser obrigado a assumir tão cedo aquela posição...

Se fosse sincero consigo mesmo, jamais havia desejado aquela maldita posição; mas a mesma fazia parte dele, assim como seu sangue, sua altura, seus olhos azuis míopes e sua eterna lealdade pela Famiglia. A obrigação e a lealdade eram parte do legado que carregava em seu sangue...

Santoro, seu melhor amigo e agora também seu Capo, havia escapado por pouco da morte, no mesmo atentado que tirara a vida de seu velho e também assumira o posto de Capo di Tuti Capi em meio a uma verdadeira tempestade de ego, ambições e sangue. Para complicar ainda mais sua situação, Santoro retornara para a vida após o coma profundamente obcecado por uma mulher desconhecida e simplesmente rompera o compromisso de casamento de anos com sua irmã, causando outra guerra dentro de sua casa e pior, partira numa jornada que muitos jugavam impossível, para encontrar a tal mulher.

Fruto dessa jornada, Sarina e Valentina surgem em suas vidas. Santoro move céus e terra para atrair Sarina, ocorre aquele maldito casamento de Fabricio, os novos ataques e com eles, surge sua desconcertante atração por aquela mulher proibida... No começo, até tentou a todo custo ignorar o fascínio que ela exercia sobre ele: como seu perfume doce que invadia suas narinas, deixando-o alucinado de desejo; o som harmonioso de sua risada, que o fazia perder a razão e até mesmo esquecer seus compromissos de trabalho. Por causa dela estava perdendo até sua famosa eficiência!

Não parava de sonhar e pensar em seu corpo perfeito e nas graciosas curvas, que o faziam ter fantasias com ela gemendo e gritando seu nome nua debaixo dele...- respirou fundo - a maneira como seu corpo reagia quando, ela lhe endereçava um simples sorriso era tão intensa e desconcertante, que começou a evitar estar no mesmo lugar que ela, mas a nova armadilha do destino o forçara a viver perto dela. Maldição! Ardia por ela, mas sabia que ela estava proibida para ele, mesmo quando ele rompeu seu compromisso de casamento com a irmã de seu Capo.

Ensinado desde sempre qual seria seu lugar no mundo, se esforçava para cumprir todas as obrigações e tentava a todo custo sufocar suas emoções por aquela maldita incrível criatura. Até que, mais uma vez, Fabrício virou tudo de cabeça para baixo e como consequência, num momento de fraqueza seu e dela, eles haviam ido para na cama...

Se antes só por imaginar, já chegava ao limite da razão; agora que tinha provado dela, que havia desfrutado de uma noite de amor intensa, agora que ele sabia como ela podia ser incrivelmente sedutora e apaixonada, jamais conseguiria esquecer... Nenhuma outra mulher seria capaz de despertar nele tamanha intensidade de emoções, ele se sentia completamente perdido!

Pensava nela dia e noite e ansiava por mantê-la em seus braços e em sua cama para sempre! Quisesse ela ou não, enfrentaria o Conselho e a tomaria para si. Mesmo que ela continuasse com aquela estupidez de que ela era "só uma obrigação" para ele... Quando já estava quase tudo decidido e ele via a possibilidade de conquistar para si a mulher que antes considerava impossível para ele, mais um obstáculo surgia a sua frente: o terrível juramento que tinha sido obrigado a fazer a seu Don num momento de profunda pressão e que ele jugara jamais ter que cumprir...

Outro novo inferno explodira em sua cara e ele agora teria que escolher entre seu dever como Consigliere e sua intensa paixão por aquela mulher teimosa e voluntariosa que insistia em lhe roubar toda razão e tomar conta de todos seus pensamentos; mesmo quando deveria se ocupar de assuntos mais urgentes e bem mais difíceis de resolver.

O Destino do Clã Ricceli agora pesava em seus ombros... - Respirou fundo e contou até dez de trás para frente, procurando se controlar. Era hora de dar sua resposta. Do outro lado da porta, Sarina esperava por ele e, no grande salão, lhe esperava o Conselho.

Maldição! Tentou visualizar a si mesmo pendurado no gancho de açougue sendo torturado e esfaqueado duramente. Isso deveria servir para lhe acalmar, se é que alguma coisa poderia ajudar que ele pudesse resolver seu impasse: estava prestes a reivindicar a esposa do melhor amigo como sua esposa e se tornar o novo Don, enquanto se sentia perdidamente apaixonado pela melhor amiga dela, que, inclusive, seria a madrinha daquele casamento!

Quando finalmente conseguiu voltar a seus sentidos e rumou na direção da porta, a mesma se abriu e o objeto de suas noites insones entrou e parou no limiar da porta olhando séria para ele.

_Como ela está? - ele pergunta, realmente preocupado.

_Do mesmo jeito. – diz Valentina olhando de soslaio para o lado de fora de braços cruzados – Só tem a casca. – afirma – Sinceramente; me surpreendeu que ela tenha se dado conta do mundo aqui fora, quando ouviu os rumores sobre o que o Conselho está pensando em fazer – confessava – Quando ela falou a respeito da tal promessa, juramento que você fez a Santoro até pensei que ela estava alucinando... – Valentina olhou de relance para ele, um tanto quanto contrariada e ele chegou a ter algum fio de esperança de que, em parte, aquele ar contrariado dela se devesse ao fato de que nutria algum sentimento por ele e não queria vê-lo ligado a outra mulher, mesmo que por obrigação ou compromisso. – Valentina suspira e cruza os braços – Francamente, não sei o que é pior, a apatia dos últimos três meses ou essa determinação insana... Mas o pior não é isso; é pensar que, por mais louca que seja a ideia, o safado do Santoro conseguiu arrumar uma maneira de manter o controle, mesmo fora de combate – ela dizia com certa admiração – Seu amigo é um bastardo esperto, essa maluquice de "Juramento de Sangue" parece ser o único modo de manter esses abutres do Conselho sob controle.

_Cuidado com o que você diz – Gabriel tentava os maus humores dela, mas não podia culpá-la, fora do estreito ciclo da família, os rumores, boatos e olhares atravessados que Valentina recebia eram o suficiente para tirar qualquer cristão do sério. – Não devemos atrair ainda mais problemas, precisamos nos manter firmes e controlados – ele respirou fundo – Somos os últimos na trincheira aqui, minha querida.

_Não me chame de "minha querida", principalmente agora, que você está prestes a fazer o que vai fazer – ela nem mesmo tinha coragem de dizer aquilo em voz alta - Já percebi que estamos lutando por todos os lados aqui, mas se esse bando de velhos desocupados acha mesmo que vai me calar ou que vou deixar que entreguem minha amiga de mão beijada a qualquer um deles, prefiro que atirem em mim e me joguem no mar! – dizia mal humorada – Como eles podem sequer pensar nisso? Santoro ainda está vivo!


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