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Capítulo 2:
TROVOADAS E RELÂMPAGOS

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DE ACORDO COM O DECHRAU, QUATRO POVOS HAVIAM sido criados pelos halainn, antes que a contenda caísse sobre eles e dividisse-os entre Dìonadair, Guardiões, e Gruamach, Sombrios. Esses povos eram conhecidos como "Quatro Grandes", pois foram concebidos pela labuta de todos os halainn em união, e eram eles os Feéricos, os Feiticeiros, os Humanos, e os Anões, que há quase mil anos são considerados extintos.

Os feiticeiros, assim como os feéricos, eram imortais, não sendo atingidos pela velhice ou por doenças, embora pudessem escolher abandonar a vida após tristezas e sofrimentos extremos, com seu espírito deixando o corpo. Determinadas lâminas enfeitiçadas e algumas poções venenosas, não muito conhecidas entre os mortais, também poderiam levá-los à morte.

Feiticeiros viviam em Swynwir, uma terra selvagem e perigosa, e estavam sempre em conflitos; alguns conseguiam fugir usando magia e suas habilidades únicas de mudar de forma, e costumavam ser chamados entre os humanos de "Feiticeiros em Exílio".

Lyra conhecia vários que viviam escondidos, Myrddin sendo um deles, e visitava-os em segredo, pois não eram bem vistos entre os humanos e costumavam ser temidos e até mesmo hostilizados. Nesse desconhecido ruivo havia sentido uma enorme escuridão, e precisou lutar com ela para curá-lo completamente, estando agora esgotada; certamente ele era mestiço, parte Feérico e parte Feiticeiro.

Suspirou, ainda caída no chão, sentindo o corpo trêmulo pela energia gasta; ainda assim precisava levantar e foi o que fez, lentamente. Para sua surpresa, seus joelhos não cederam e conseguiu manter-se firme sobre os pés. Isso significava que os treinos com Seren e Brigit nas artes da cura estavam começando a dar resultados, pois suas forças retornavam aos poucos.

Olhou para o desconhecido ruivo desacordado sobre a cama. A espada presa em sua cintura poderia incomodá-lo, então a retirou com cuidado e colocou no canto, onde havia jogado a sua junto com o restante de suas coisas. As vestes estavam rasgadas e sujas, o rosto e pescoço eram uma mistura de suor e sangue; ele estava pálido e com as sobrancelhas franzidas.

Ela foi até a cozinha de Myrddin e preparou uma mistura de ervas e ferveu água. Com a água morna limpou a pele do feérico feiticeiro, tirando o suor, sangue, e a terra de suas mãos e unhas. Ele usava um anel no dedo indicador da mão direita; a joia era relativamente simples, de ouro e com apenas uma grande pedra levemente azulada que parecia um diamante. Resolveu deixá-lo com o anel, e passou a mistura de ervas em seus cortes, com cuidado.

Observou-o por um tempo, antes de sair do quarto e voltar a cozinha. Havia salvado sua vida e sabia o que isso significava: ele agora devia sua vida à Lyra, não podendo feri-la ou matá-la, e nem mesmo mentir para ela. Essa era a Grande Lei, que fora feita pelos dois clãs de deuses, e não poderia ser quebradas nem mesmo por eles. Agora um laço a unia àquele desconhecido, e ele a ela. Talvez por isso não sentisse medo.

A Canção de Sombras e Estrelas Where stories live. Discover now