Mais palmas das três escolas. Harry olhou para os seus aliados que viraram amigos em alguns anos, então para os amigos, e se prometeu que não olharia mais para trás. Era agora, o grande momento, e ele não se permitiria distrações. Tudo daria certo. Bagman continuou falando:

- Então, quando eu apitar, Harry e Cedric! Três -- dois -- um...

O bruxo soprou com força o apito e Harry e Cedric correram para a entrada do labirinto, e o mundo se desfez, existindo somente eles naquele momento.

As sebes altaneiras lançavam sombras escuras sobre a trilha e, por serem tão densas, pareciam abafar todo o barulho, ou talvez fosse somente o sangue rugindo pelos seus ouvidos. Harry quase se sentiu embaixo da água mais uma vez, nadando em direção a Draco num mundo surdo e escuro, mas não era o seu loiro quem precisava de salvação hoje. Não, era o mundo bruxo, eram seus pais que precisavam de justiça, era ele que precisava da sua vingança. Ele puxou sua varinha e lançou um "Lumos", escutando Cedric fazer o mesmo.

Eles andaram uns cinquenta metros até chegarem a uma bifurcação, onde tomaram o caminho da esquerda. Pouco tempo depois, ouviram o segundo apito de Bagman e sabiam que seus amigos já tinham entrado também.

A trilha que escolheram parecia completamente deserta, e eles não sabiam se isso era obra de Barty ou não, por isso mantinham cautela. Viraram a direita, levantando suas varinhas e tentando iluminar ainda mais do caminho, mas não havia nada; Harry não conseguia relaxar. Tinha a estranha sensação de estar sendo observado, e não sabia se era algo bom.

O labirinto ficava cada vez mais escuro conforme a noite ia tomando conta, a lua brilhando cada vez mais alto com o passar do tempo. Eles chegaram a mais uma bifurcação.

- Me oriente - Cedric sussurrou à varinha, segurando-a deitada na palma da mão. A varinha faz um giro completo e apontou para a direita, para a sebe maciça. Ali era o norte, e eles precisavam seguir para noroeste para chegar ao centro no labirinto. Seria melhor pegar a trilha da esquerda e tornar a seguir para a direita assim que pudessem.

A trilha a frente também estava vazia e quando Harry chegou a uma curva à direita e entrou por ela encontrou mais um caminho livre. Porém, o que eles não esperavam aconteceu.

Harry seguia a frente, com a varinha iluminando o caminho e virou antes de Cedric, que o seguia logo atrás. Porém, quando o moreno passou, as sebes cresceram rapidamente, e o espaço entre eles, em dois segundos, fora preenchido por uma parede do labirinto.

- Porra! - xingou Harry, começando a atacar as sebes desesperadamente, jogando feitiço atras de feitiço tentando derrubar aquela parede, mas nada surtia efeito; parecia feita de rocha. - Cedric?

Mas aquele silêncio assombroso voltou para o assombrar, agora a sua própria respiração e sangue correndo pelos ouvidos sendo o único som que ouvia além o estalar ocasional dos galhos. Harry temeu.

O que fariam agora? Cedric teria que encontrar um caminho alternativo para o centro do labirinto para que eles pudessem dar sequência ao plano, e teria que chegar lá inteiro. O que tinha saído errado? O que Barty estava fazendo?

Sem poder perder tempo, ele seguiu em frente pelo caminho deserto, a falta de obstáculos deixando-o cada vez mais nervoso, sem saber se esse era o objetivo ou era para ele ter uma falsa sensação de segurança antes de ser atacado por uma acromântula ou um occami -- embora ele esperasse que os organizadores do torneio não fossem loucos o suficiente para tal. Então ouviu um movimento bem atrás dele. Ergueu a varinha, pronto para atacar, mas o facho de luz recaiu sobre Fleur, que acabara de sair correndo da trilha do lado direito. Ela parecia abalada. A manga de suas vestes azuis fumegava.

What you did in the DarkWhere stories live. Discover now