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Ela caminhou até a biblioteca, hesitante, mas ela precisava vê-lo.

E lá estava ele de novo, os mesmos olhos castanhos olhando com um olhar vazio para o vazio, lábios ligeiramente abertos sussurrando palavras doces, talvez pensamentos, talvez letras de músicas, ou talvez algo que ninguém jamais saberá.

Ao se aproximar dele, um leve sorriso era visível no canto de sua boca, ela mal podia acreditar que era só para ela. A sessão de estudo transcorreu normalmente, mas ela podia sentir o olhar dele em alguns momentos.

"Talvez se eu não fosse covarde eu poderia perguntar ou pelo menos quebrar o silêncio" ela pensou.  Ficou claro que eles terminaram o que tinham vindo fazer, e enquanto eles se preparavam para voltar para seus respectivos dormitórios, ela finalmente quebrou o silêncio e deixou escapar o que queria dizer o tempo todo.

- O que eu disse antes ainda é verdade. Eu te amo.

Seu rosto estava queimando como carvão em uma lareira e ela estava pronta para fugir, mas então uma mão puxou sua manga.

E lá estava ele, olhando para o chão, parado e calado, mas sem largar a manga.  Ela tentou se livrar do aperto, mas apenas segurou mais forte.  Quando ela finalmente teve coragem suficiente para olhá-lo nos olhos, ela podia ver claramente suas bochechas sardentas molhadas com algumas lágrimas.

Ela não conseguia mais manter seus pensamentos em ordem, e então simplesmente largou os livros e o abraçou, sem pensar que ele provavelmente a afastaria.  Alguns momentos se passam e uma voz sussurra:

- Por quê?

- Como assim por quê?

- Por que você me ama? - disse ele, enxugando as lágrimas.

- Preciso de um motivo?

- Sim!  - ele gritou com todo o ar em seus pulmões - Por que eu? O que você vê? Alguém que precisa de proteção? Você tem pena de mim? Apenas diga que sente pena do meu eu patético e me deixe em paz!  - ele gritou, tremendo enquanto mais lágrimas começavam a encher seus olhos novamente.

Ela ficou petrificada quando a percepção finalmente se estabeleceu, mas ela não teve tempo de ficar chocada quando os joelhos dele cederam e ambos caíram.  Nesse ponto, ela sentiu que seria empurrada para longe a qualquer momento, mas em vez disso sentiu os braços dele agarrando as costas de seu suéter.

- Porquê então? Você sabe que eu não posso te amar de volta, então por que você ainda está aqui?

- Porque eu quero estar aqui, não preciso de um motivo.

- Sim, você quer, por que você quer estar em um relacionamento unilateral, e de todas as pessoas, comigo?

- Olhe para mim, querido. Olhe para os meus olhos agora, por favor.

Seus olhos encontraram os dela, ambos nublados pelas lágrimas. Mas enquanto os dele estavam cheios de confusão e tristeza, os dela ainda tinham um vislumbre de resolver essa bagunça.

- Ouça aqui, só porque você diz isso, não significa que você não pode mais amar

- Mas eu não posso, você não entende...

- Pode sim - ela apertou o abraço - Você foi ferido por alguém, e eu sei que é doloroso, mas a verdade é que você pode amar, e mesmo assim deixa as memórias do passado ditarem o seu futuro. Lembre-se do que você me disse: "É um dia ruim, não uma vida ruim. Coisas ruins acontecem, então sorria e mostre a eles que você não tem medo."

Você Ousa Me Amar? (Versão em Português)Where stories live. Discover now