𝐍𝐈𝐑𝐀𝐆𝐈

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   -Niragi?...- Você olhou com os olhos trêmulos, as lágrimas caíram de vez após dizer seu nome.
   
Ele imediatamente parou de andar.

"O reconheceu apenas de costas.
Claro, ele era seu amor de adolescência, até o dia em que vocês não poderiam mais ter o amor um do outro.. quando seu amor havia te deixado por pura ignorância.
Suas lágrimas caíram mais e mais após lembrar de antes."

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"Sua risada e de mais duas garotas, eram ouvidas pelo corredor da escola. As três estavam felizes por ter tido a última aula do dia."

-Podemos ir na cafeteria nova que abriu, o que acham?- Uma de suas amigas sugeriu.

-Eu adorei a ideia! E você, S/n?- Pergunto olhando pra mim.

-Hoje eu não posso.- Disse sem animação.

-Ah, então só vai eu e ela.- Apontou para outra menina do seu lado.

-Certo, vejo vocês amanhã!- Acenei pra elas e logo virei pra seguir o caminho de casa.

"O céu estava tão azul, dava pra sentir a vibração dos carros e caminhões quando passava, escutava sua música preferida no fone.
Tinha uma mania de segurar na alça da sua bolsa de escola, estilo carteiro.
Quando chegou perto de uma ponte de concreto feito para os pedestres andarem em cima, onde de baixo passa o trem, que não é tão movimentado. Retirou os fones, e logo ouviu alguém chorando abafado. Teve receio de primeira, mas a curiosidade bateu e então você decidiu ver quem era, e porque se derretia tão doloroso.
Não se surpreende por ver quem era... o Niragi, Suguru Niragi. Seu colega de classe! Nunca tinha falado com o tal antes, era sempre na sua, sempre o via comer sozinho, e andar sozinho pelos corredores."

Nunca tive coragem de falar com ele antes, por mais que tivesse vontade de conhecê-lo.
Parei ao seu lado ainda de pé e o olhava atentamente, esperando que perceba minha presença.

"Até ele olhar pra cima, mas foi rápido. Apenas me olhou e voltou a colocar a cabeça em suas pernas."

Me abaixei ficando dr joelhos, e coloquei minha mochila no chão.

Isso fez com que ele voltasse sua atenção pra mim. Pude ver melhor seu rosto, expressava angústia, dor e medo. Seu nariz estava sangrando. Logo me despertei e fui em direção à bolsa...procurei algo que pudesse limpar seu nariz.

-Achei.- Sinalizei comigo mesma, quando achei um lencinho.

Sentia seus olhos pretos e profundos encarando minhas costas.
Me virei pra ele, com o lencinho em mãos.

-O que vai fazer?- Perguntou observando o que eu fazia.

Não fiz questão de respondê-lo, só continuei o que estava fazendo.
Passei o pano com delicadeza no seu nariz, que não parava de sangrar. Ele reclamava toda vez que encostava na ferida.

-Chega, não preciso de sua ajuda!- Diz agarrando o meu pulso.

"Se levanta limpando o resto do sangue vermelho denso que ainda caia de seu buraco respiratório."

-Mas ainda tenho que terminar!- Digo levantando rápido para ir atrás dele. O menino já estava á sua frente.-Bom, meu nome é S/n.- Entendo minha mão pra ele.

-Tá.- Continuou andando olhando o caminho.

"Você desanimou um pouco.
Lembrou que estava com o lencinho ainda. Abriu sua bolsa e jogou la dentro."

-Pra onde vai?- Perguntou com receio.

-Pra minha casa não é óbvio? - Falou sarcástico me olhando de canto.

O olhei, mas não me aguentei e cai na gargalhada. Cada vez mais que eu ia rindo, ficava fraca.
Decide ficar me apoiando no Niragi.

-Ah! Pare, você é estranha.- Reclamou se esquivando de mim.

-Eu achava que você era tímido, mas é só chato mesmo.- Continuava a rir.

-S/n...

"Quando ouviu ele te chamar, saiu da sua velha lembrança.
Sua voz estava...trêmula? Insinuando que estava prestes a chorar?"

🂱 𝗔𝗹𝗶𝗰𝗲 𝗜𝗻 𝗕𝗼𝗿𝗱𝗲𝗹𝗮𝗻𝗱; 𝐢𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞𝐬Where stories live. Discover now