CLOUD HAIR, Rill Boismortier.

Capítulo- 1

LEONIER VERMILLION acordou escutando gritos raivosos e murros na porta de seu quarto, já sabendo quem era, respondeu como de costume.

—Leo, se você bater nessa porta mais uma vez, vou te fazer engolir ela de café da manhã.

—Ah é? Eu quero ver você conseguir, sua franga idiota. -murmurou- Fuego disse que se você se atrasar para a cerimônia nunca mais vai te permitir virar uma cavaleira mágica só pra aprender a ter mais responsabilidade. -ele me chamou de franga?

—Do que você me chamou seu aspirante a filhote de leão?!

—Pelo visto, além de irresponsável também é surda. Franga idiota! -disse finalmente saindo da porta do meu quarto.

Pelo que meu irmão idiota falou, hoje é o dia da cerimônia de entrega dos grimórios. Eu não queria começar um dia tão especial como esse com toda essa gritaria e muito menos com esse maldito sonho insistente; nunca fui alguém de sorte mesmo.

Sem ter muitas escolhas, me levantei e fui vestir minha roupa costumeira. Uma calça preta e flexível que me dava toda a mobilidade que eu precisava durante qualquer combate; uma blusa branca social folgada com mangas longas e bufantes, isso a tornava bem ventilada e me trazia muito conforto. E por fim, um corset de cor vinho na área de minha cintura; formando um perfeito "S".

Tentei pela milésima vez arrumar a minha juba mas falhei miseravelmente, vivo em uma luta constante contra o meu próprio cabelo.

—Se você não sair logo desse quarto eu mesmo derrubo essa porta e te puxo pelos cabelos!

—Você não tinha ido embora?! Larga do meu pé, seu inútil.

—Fuego disse que iríamos pegar nossos grimórios juntos, besta. Eu quero o meu grimório e só posso pegar ele quando você resolver sair da merda do seu quarto!

Acho melhor eu sair logo desse quarto, não que eu me importe com as ameaças do Leo, eu tenho medo mesmo é do Fuego aparecer aqui do nada querendo dar mais uma de suas palestras sobre como é importante ter responsabilidade.

—Finalmemte.

—Vamos acabar com isso logo, tenho muita coisa para fazer hoje.

...

Chegamos à torre do Grimório, onde é realizada a cerimônia de aceitação. Uma vez que uma multidão de jovens de 15 anos se reuniram, o mestre da Torre do Grimório começa seu discurso em relação ao seu desejo de pelo menos um dos mago que frequentam a cerimônia para entrar nos esquadrões dos Cavaleiros Mágicos.

A grande maioria das pessoas que querem se tornar Cavaleiros Mágicos já tem um esquadrão em mente, ou ao menos alguma ideia de qual esquadrão vai se esforçar para entrar. Como primeira opção eu tenho os Reis Leões Carmesins, já que é o esquadrão sob o comando do meu irmão mais velho. Mas acho que deixarei essa escolha para o Leopold, por mais que ele seja bem complicado de se lidar eu vejo o quanto ele se esforça para orgulhar a família e para superar Fuegoleon, tudo isso em prol de Clover.

Tem também os Águias de Prata, mas acredito que eu não me daria muito bem com o capitão Nozel Silva, já basta dividir o título de Realeza.

Não tenho interesse algum no Alvorecer Dourado, para falar a verdade, o capitão William me dá um pouco de medo. Ele é alguém forte e reservado, sem falar que está sempre usando uma máscara enfeitada.

Mas não faz diferença nenhuma de qual esquadrão farei parte, eu só preciso me tornar uma Cavaleira Mágica.

A cerimônia começa e vários grimórios da biblioteca começam a brilhar e voam para seus respectivos usuários. Magias de todos os tipos  voam para lá e para cá a todo momento formando um verdadeiro show de luzes dentro da pequena torre, alguns sorriam felizes e outros ficaram decepcionados com seus próprio grimórios. Existiam de todos os tipos, de todas as cores e de todos os tamanhos possíveis.

A minha ansiedade para ter o meu em minhas mão só cresce.

Então um Grimório com uma áurea anil começou a vir em minha direção, ao contrário dos outros o brilho dele não era tão vivo. Era delicado e belo de se observar, assim como os astros.

Ergui um pouco as minha mãos para enfim toca-lo.
Quando o toquei com as pontas de meus dedos foi como se uma pequena onda de choque elétrico atingisse o meu corpo, foi como se todas as minhas células acordassem de uma hora para outra.

Era um Grimório não tão pesado, e os desenhos em sua capa me deixavam meio confusa. Por mais que seu brilho fosse de um azul bem escuro, a sua capa era azul cor-do-céu. Um azul tão claro que quase se tornava branco.

Por toda superfície do livro tinham desenhos com formatos de nuvens delicadas e contornadas por um fino traço prateado. E em algumas das nuvens era possível ver pequenos raios.

Isso era muito estranho. Por que meu grimório teria esses desenhos se minha magia se resume a cura?

Notas...

Oi pessoaaaaal!
Vim trazer uma pequena introdução a essa nova história! Espero que se divirtam lendo.
Qual será o esquadrão que Leonier pertencerá?

Até maissss