Renato: Ih rapaz.- se levantou e foi para o outro banheiro.

Eles se arrumaram, todos nós tomamos café e então eles foram trabalhar. Ajudamos a arrumar o apartamento, me despedi da Mari e do Pietro e fui pra minha casa levar a Clara. Assim que deixei ela lá, levei Samuel para a casa dele, e fui para a casa do meu namorado.

Como ele está trabalhando, entro com a minha chave, tranco o portão e entro em casa.

Laura: Oi Lully!- falo usando aquela voz de boba com a minha cachorrinha.- Papai colocou comida pra você?- perguntei e fui olhar a vasilha dela.- Pelo jeito não.- vejo a vasilha de água que estava seca.

Coloquei comida e água para ela, limpei a sujeira, passei um pano para ficar cheirosinho e deitei no sofá.

Resolvi ligar para o Lucca, pois quero fazer surpresa pra Liz e meus tios. Contei tudo o que o pessoal e eu planejamos, e ele amou a ideia.
Na hora do almoço, fui para minha casa almoçar, e contar para a minha mãe sobre a ideia, e também convencer ela de deixar a Clara ir comigo.

Ficamos horas falando sobre, e no fim ela concordou em deixar eu ir. Quando deu seis da tarde, peguei algumas coisas minhas em casa, e voltei para a casa do Otávio.

Fui o caminho todo ensaiando como eu contaria para ele, e assim que cheguei, encontrei ele fechando o portão de carro.

Otávio: Oi amor.- sorriu ao me ver descer do carro, e logo abriu o portão para mim.- Onde estava?- beijou meu rosto.

Laura: Minha casa.- entrei.- Preciso falar com você.- esperei ele trancar o portão.

Otávio: Tá tudo bem?- me olhou e entramos na casa.

Laura: Sim...- respiro fundo e coloco a bolsa no sofá.- É sobre Londres...- olhei para ele.

Otávio: De novo isso, Laura?!- revirou os olhos e foi para a cozinha.

Laura: Me ouve por favor?- fui atrás dele.- Amor, eu preciso ir pra dar apoio pra minha família...

Otávio: Sua família tá aqui, Maria Laura.- bebeu um gole de água.- Você quer ir lá porquê acha que vai começar uma vida perfeitinha dos seus sonhos!

Laura: Não vai ser perfeita, eu sei que não... Mas é uma chance de estudar o que eu mais quero. Sem contar que vou dar força pra minha prima que está numa situação difícil.

Otávio: Situação difícil com o namoradinho britânico?!- riu sarcástico.- Eu já disse pra você que eu não vou.

Laura: Você não disse que queria uma vida comigo? Tava falando em casar ano que vem, temos uma cachorrinha juntos e eu tô morando aqui com você praticamente!- respiro fundo.

Otávio: Claro que quero, amor! Mas aqui!- me olhou.- Minha família, meu trabalho, meus amigos, tudo meu tá aqui!- disse alto.- Não quero ir pra outro lugar começar uma vida, e não quero que você vá também!

Laura: Não vai comigo nem passar um tempinho?

Otávio: E o meu trabalho? Em?!- respirou fundo.- Como fica? Eu perco ele se eu sair daqui.

Laura: Vida, minha família precisa do meu apoio, e eu preciso do seu...- senti minha garganta arder.

Otávio: QUE CARALHO DE FAMÍLIA, MARIA LAURA?! JÁ FALEI QUE SUA FAMÍLIA TÁ AQUI- gritou.

Laura: O MEU TIO ESTÁ COM CÂNCER!- gritei de volta e meus olhos se encheram de lágrimas.- Meus tios moram lá, esqueceu? A minha prima que veio pra cá aquela vez... Ela precisa de mim. Somos como irmãs, a minha tia e ele são como pais pra mim, e o meu primo precisa de alguém que entenda ele.

O Idiota do Meu VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora