— e aí, pretinha. — o cabelinho se aproximou e brijou a minha testa

Eu tenho um carinho muito grande pelo Victor e considero ele como o meu irmão mais novo. De verdade. Ele sempre foi o que me apresentou para esse mundo de cantores. Era eu, ele e a minha prima sempre. O trio de milhões. Tanto que a gente é padrinhos do Arthur. Por causa dessa loucura de contrato, a gente se distanciou um pouco.

— oi best. — eu disse e passei na frente do casal para caminhar para dentro da casa de novo — fiquem a vontade viu. — eu disse enquanto eles entravam

— e os meus crias? — ele perguntou

— não faço a mínima ideia. — eu neguei com a cabeça devolvendo a chave da garagem no lugar — tão por aí.

— cadê a tia, minha rainha? — ele perguntou e eu revirei os olhos

— tá na cozinha. — eu avisei e vi ele segurar a mão da namorada antes caminhar — e é MINHA tia. — eu disse com o tom um pouco mais alto e eu ouvi risadas

Paguei meu celular e fui até o andar de cima procurar as crianças, já que essa casa estava muito silenciosa.

Entrei no quarto e vi a Melissa dormindo. Estranhei por que já era 12:45 da manhã e ela ainda estava dormindo. Logo ela que gosta de acordar cedo e tudo mais.

— dinda. — eu escutei a voz do Arthur se aproximar e eu olhei em direção da voz vendo o menino correr em minha direção, e eu abaxei para ficar na altura do mesmo — que saudade. — ele me abraçou forte e eu retribui

— cê me viu esses dias, menino. — eu disse cutucando a costela dele fazendo o mesmo rir

— mas deu saudade dinda. — eu separou  o abraço e me olhou todo sorridente

Achei fofo. Muito fofo.

— também fiquei com saudade de você. — eu disse dando o um beijo apertado na bochecha do mesmo

— e o tio Lenô' ?  — ele perguntou passando as mãozinhas pelo meu cabelo

— ele foi fazer show. — eu expliquei

— mas ele não vem? — ele perguntou de novo desviando o olhar para o meu cabelo

— Talvez mais tarde. — eu disse e ele concordou com a cabeça em entendimento — porque sua irmã tá dormindo até agora?

— ela disse que tava com frio, e foi brincar com aquelas bonecas feias dela, só que ela dormiu. — ele disse dando de ombros

— entendi meu jogador. Cê viu quem veio pro seu almoço? — eu perguntei e ele me olhou todo empolgado 

— quem?

— o seu padrinho. — eu disse e ele abriu um sorriso enorme — ele tá lá em baixo, vai lá. — eu disse e ele me soltou para correr em direção das escadas — não corre na escada!

Me deu ouvido? Não. Desceu correndo como se fosse a primeira vez que fosse ver o padrinho.

Voltei a atenção para a Melissa que dormia de coberta e tudo.

Batendo mais de 30° graus no Rio de Janeiro e ela com um cobertor pesado de inverno. Fui tentar chamar a mesma para acordar e quando eu encostei no seu braço que estava de fora, eu senti sua pele super quente.

Febre?

— Mel. — eu balanceio seu corpo devagar e ela resmungou — deixa eu ver um negócio, levanta rapidinho. — eu pedi e ela sentou na cama com os olhos fechados. Coloquei uma das mãos no pescoço dela vendo que chegava arder de quente — você tá ardendo em febre.

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